Roberto Dias Baptista
Roberto Dias Baptista (Apiaí, 1811 — Sorocaba, 13 de julho de 1885) foi um capitalista e fazendeiro brasileiro, considerado o maior produtor de algodão da província de São Paulo.
Roberto Dias Baptista | |
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Nascimento | 1811 Apiaí |
Morte | 13 de julho de 1885 Sorocaba |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | agricultor |
Nasceu numa tradicional e terra tenente família paulista, que mantinha a posse secular da terra. Filho de Inácio Dias Batista, o lendário Capitão Apiaí, grande latifundiário e de dona Flávia Domitila Monteiro. Neto por parte paterna de Tomás Dias Batista e de Rita de Oliveira Rosa. Pela mãe é neto de Manuel da Ressurreição Monteiro e de Inácia da Fonseca Teles.
Herdou de seu pai a Fazenda Rio Pardo e mais tarde implantou a Fazenda Salto do Pirapora, onde foi um dos precursores da cultura do algodão na província de São Paulo, que posteriormente foi chamado de "ouro branco".
Roberto Dias Baptista em 1884, foi eleito pela Loja Maçônica Perseverança III, sócio honorário, pelos grandes serviços prestados a entidade.[1]
O produtor de algodão
editarEra considerado um grande produtor de algodão da província de São Paulo, quando conheceu Luís Mateus Maylasky, austro-húngaro, que era engenheiro e consertou uma maquina de descaroçar algodão de sua fábrica.[2] Tornaram-se amigos e Maylaski, que chegou em Sorocaba sem nada, tornou-se sócio de Roberto Dias Baptista.[3]
Estrada de Ferro Sorocabana
editarJunto com Luís Mateus Maylasky, Roberto Dias Baptista funda a Estrada de Ferro Sorocabana, que tornou Sorocaba, na época, da "Capital do Algodão".[4] Roberto participou da inauguração da Estrada de Ferro Sorocabana, tendo sido um dos seus primeiros acionistas,[5]
Participação política
editarRoberto Dias Baptista foi membro do Partido Liberal durante o Brasil imperial, tendo disputado o cargo de juiz de paz desde a década de 1860, sendo eleito apenas em 1883.[6] Desligou-se do partido em 1876, após a rejeição, por parte da diretoria do Partido Liberal, da proposta de candidatura de Maylasky para a câmara de Sorocaba.[7]
Bibliografia
editar- Enciclopedia Sorocabana on line, biografia de Roberto Dias Baptista, citando o discurso de Posse de Claudio Dias Batista em setembro de 1995, ("Roberto Dias Baptista, o amigo fiel"), no Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba.
Referências
- ↑ Cássia Maria Baddini (2000). «Sorocaba no Império: comércio de animais e desenvolvimento urbano». Editora Anablune/Fapesp - ISBN 85-7419-278-3/ Cadastrado no Google Books. Consultado em 19 de janeiro de 2014
- ↑ Rui Albuquerque (24 de junho de 2012). «Dias Baptista e Sorocaba». Jornal Ipanema. Consultado em 19 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 1 de fevereiro de 2014
- ↑ João Márcio Dias de Souza. «Tipologias arquitetônicas nas estações da Estrada de Ferro Sorocabana». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 19 de janeiro de 2014
- ↑ Sul, Cruzeiro do (27 de agosto de 2018). «Especial de aniversário: Sorocaba ganha indústrias e trens». Cruzeiro do Sul. Consultado em 26 de maio de 2022
- ↑ «A iniciativa dos agricultores». Correio Paulistano, Ano XVII, nº 4019, página 1 / Repúblicado pela Biblioteca Naciopnal-Hemeroteca digital brasileira. 12 de fevereiro de 1870. Consultado em 19 de janeiro de 2014
- ↑ Francisco Ignácio Xavier de Assis Moura (1884). «Juízes de Paz». Almanaque administrativo, comercial e industrial da província de São Paulo-Republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca digital brasileira. Consultado em 19 de janeiro de 2014
- ↑ Luís Mateus Maylasky (3 de agosto de 1878). «Explicações necessárias». A Gazeta de Sorocaba- Republicado por A Província de São Paulo, Ano IV, número 1034/Republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca digital brasileira. Consultado em 19 de janeiro de 2014