Romano I de Tamatarcha
Romano I (em russo: Роман Святославич; romaniz.: Roman Svyatoslavich; ca. 1052 – 2 de agosto de 1079), também conhecido como Romano, o Belo, foi príncipe de Tamatarcha nos territórios russos. O ano que seu reinado começou é incerto, mas reinou ali desde cerca de 1073 ou 1079. Seu antigos aliados, os cumanos, mataram-o após sua fracassada campanha conjunta contra seu tio, Usevolodo I.
Romano I de Tamatarcha | |
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Príncipe de Tamatarcha | |
Reinado | 1073 ou depois — 1079 |
Antecessor(a) | Olegue I (?) |
Sucessor(a) | Olegue I |
Nascimento | ca. 1052 |
Casa | ruríquida |
Pai | Esvetoslau II |
Mãe | Cecília |
Vida
editarRomano era filho do príncipe de Czernicóvia Esvetoslau II e sua primeira esposa Cecília.[1] A ordem da senioridade dos quatro filhos de Esvetoslau com Cecília é incerta: Romano pode ter sido o segundo ou quarto entre eles.[2] Segundo Martin Dimnik, nasceu cerca de 1052[3] e foi batizado em honra do nome santo do tio de seu pai, Bóris.[4]
Os primeiros anos do reinado de Romano em Tamatarcha não podem ser determinados com certeza.[5] Segundo Martin, parece que sucedeu seu irmão Olegue I que mudou-se para Vladimir após seu pai tornar-se grão-príncipe de Quieve em 1073. Porém, nenhuma fonte faz menção ao reinado de Olegue ou Romano em Tamatarcha nesse período.[6]
A Crônica de Nestor fala que Bóris I "fugiu para junto de Romano em Tamatarcha"[7] após reinar em Czernicóvia por 8 dias em maio de 1077.[8] Em menos de um ano, o irmão de Romano, Olegue, também assentou-se em Tamatarcha.[9] Bóris e Olegue aliaram-se com os cumanos contra seu tio Usevolodo, que havia tomado Czernicóvia.[10] Contudo, foram derrotados em 25 de agosto.[11] No verão de 1079, Romano fez uma aliança com os cumanos contra Usevolodo. Eles avançaram tão longe quando a confluência dos rios Sula e Dniepre, mas Usevolodo fez a paz com os cumanos, forçando Romano a se retirar. Enquanto retornava para Tamatarcha, os cumanos assassinaram-o em 2 de agosto.[12][13]
“ | Romano avançou com forças [cumanas] tão longe quando o Voin, mas Usevolodo permaneceu próximo de Pereslávia e fez a paz com os [cumanos]. Romano regressou para casa com eles, mas mataram-o em 2 de agosto. Os ossos do filho de Esvetoslau e neto de Jaroslau ainda estão lá mesmo nesse dia. | ” |
Nenhuma fonte menciona o casamento ou descendentes de Romano, implicando que nunca casou-se e morreu sem filhos.[15] O Conto da Campanha de Igor menciona-o como "belo Romano, filho de Esvetoslau".[16]
Referências
- ↑ Dimnik 1994, p. 38-39.
- ↑ Dimnik 1994, p. 38, 40.
- ↑ Dimnik 1994, p. 40.
- ↑ Dimnik 1994, p. 125.
- ↑ Dimnik 1994, p. 75, 93.
- ↑ Dimnik 1994, p. 93.
- ↑ Cross 1953, p. 165 (ano 6585).
- ↑ Dimnik 1994, p. 135.
- ↑ Dimnik 1994, p. 142.
- ↑ Dimnik 1994, p. 147, 150.
- ↑ Dimnik 1994, p. 147.
- ↑ Franklin 1996, p. 262.
- ↑ Dimnik 1994, p. 155.
- ↑ Cross 1953, p. 167–168 (ano 6587).
- ↑ Dimnik 1994, p. 41.
- ↑ Zenkkovsky 1974, p. 170.
Bibliografia
editar- Cross, Samuel Hazzard; Sherbowitz-Wetzor, Olgerd P. (1953). The Russian Primary Chronicle: Laurentian Text (Translated and edited by Samuel Hazzard Cross and Olgerd P. Sherbowitz-Wetzor). Cambridge, Massachusetts: Medieval Academy of America. ISBN 978-0-915651-32-0
- Dimnik, Martin (1994). The Dynasty of Chernigov, 1054–1146. Ontário: Pontifical Institute of Mediaeval Studies. ISBN 0-88844-116-9
- Franklin, Simon; Shepard, Jonathan (1996). The Emergence of Rus 750–1200. Londres: Longman. ISBN 0-582-49091-X
- Zenkkovsky, Serge A. (1974). «The Lay of Igor's Campaign». Medieval Russia's Epics, Chronicles, and Tales: Revised and Enlarged edition. Londres: Penguin Books. ISBN 0-452-01086-1