Rosângela Santos

atleta brasileira

Rosângela Cristina Oliveira Santos (Washington, D.C., 20 de dezembro de 1990) é uma velocista brasileira, recordista sul-americana dos 100 m rasos e primeira brasileira a correr a distância em menos de 11 segundos, com a marca de 10.91 conquistada na semifinal do Campeonato Mundial de Atletismo de 2017, em Londres. Foi também medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, integrando o revezamento 4x100m feminino do Brasil.

Rosângela Santos
Rosângela Santos
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Atletismo
Modalidade 100 m
Nascimento 20 de dezembro de 1990 (33 anos)
Washington, D.C., Estados Unidos
Nacionalidade Brasil brasileira
Medalhas
Jogos Olímpicos
Bronze Pequim 2008 4x100 m
Jogos Pan-Americanos
Ouro Guadalajara 2011 100 metros


Ouro Guadalajara 2011 4x100 metros


Ouro Lima 2019 4x100 metros

Carreira

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Filha de pais brasileiros que tinham ido trabalhar nos Estados Unidos, Rosângela Santos veio para o Brasil com um ano, porque teve uma pneumonia muito forte. Foi criada em Padre Miguel e, com nove anos, começou no atletismo.[1] Seu avô, Orozimbo de Oliveira, foi um dos fundadores da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.[1] Começou a treinar na Vila Olímpica mantida em Padre Miguel pela prefeitura do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]

Com 17 anos de idade foi finalista olímpica no 4x100 m nas Olímpiadas de Pequim em 2008, onde o time brasileiro ficou em quarto lugar, a apenas 0,10s do bronze olímpico, que ficou com a Nigéria.[2][3] Em 2016, o Comitê Olímpico Internacional retirou o ouro do revezamento da Rússia por causa de doping; com isso, o time brasileiro passou a ser o vencedor da medalha de bronze.[4]

No Mundial de Atletismo de Daegu em 2011, Rosângela foi à final do 4x100m, ficando em oitavo lugar – com recorde sul-americano de 42s92 na preliminar.[carece de fontes?]

Integrando a delegação que disputou os Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, no México,[5] ganhou a medalha de ouro nos 100 metros rasos, batendo seu recorde pessoal com o tempo de 11,22 segundos. Foi apenas a segunda brasileira da história a ganhar esta prova em Jogos Pan-Americanos.[6] Ganhou ainda o revezamento 4x100 metros ao lado de Vanda Gomes, Franciela Krasucki e Ana Cláudia Lemos da Silva, com a marca de 42s85, quebrando o recorde sul-americano da prova.[7]

Nas Olimpíadas de Londres em 2012, Rosângela passou para as semifinais dos 100 metros rasos com a marca de 11,07s, que só não foi homologada como recorde sul-americano devido ao vento de +2,2 m/s (o máximo permitido para homologação de recorde é +2,0 m/s).[8] Na semifinal, ficou em 3º lugar na sua bateria (perdendo para Carmelita Jeter e Veronica Campbell-Brown, que avançaram à final e ganharam, respectivamente, a prata e o bronze da prova), obtendo a marca de 11s17, ficando em 12º lugar geral. Foi a primeira brasileira a conseguir vaga na semifinal olímpica desta prova.[9]

Ainda em Londres 2012, o time brasileiro do revezamento 4x100m rasos feminino, composto por Ana Cláudia Lemos, Franciela Krasucki, Evelyn dos Santos e Rosângela Santos, quebrou o recorde sul-americano nas eliminatórias da prova, com o tempo de 42s55, se classificando à final em sexto lugar.[10] Na final, fizeram o tempo de 42s91, terminando em sétimo lugar.[11]

No Campeonato Mundial de Atletismo de 2013 em Moscou, o time composto por Ana Cláudia Lemos, Evelyn dos Santos, Franciela Krasucki e Rosângela Santos bateu o recorde sul-americano na semifinal dos 4x100m femininos, com a marca de 42s29.[11] Porém, estranhamente e sem explicação oficial, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT) realizou uma bizarra mudança de atleta para a final, colocando Vanda Gomes (que nunca havia corrido o revezamento) no lugar de Rosângela Santos, para fechar a prova. Na final, o Brasil vinha em segundo lugar, quase empatado com a Jamaica e com grande possibilidade de ganhar a medalha de prata, e bater novamente o recorde sul-americano quando, na última troca de bastão, Vanda, que fora colocada "no fogo" numa final de mundial e sem treinamento suficiente para receber o bastão, acabou deixando o mesmo cair.[12]

Em março de 2017, nove anos depois de Pequim 2008, graças à desclassificação do revezamento russo naquela prova por doping de uma de suas integrantes, constatado depois de testes mais precisos e modernos feitos nas amostras de urina e sangue dos atletas guardadas desde aqueles Jogos, Rosângela recebeu a medalha de bronze olímpica como integrante do revezamento 4x100 m brasileiro, junto com as companheiras Lucimar Moura, Rosemar Coelho Neto e Thaissa Presti.[13]

Sem conseguir uma grande participação na Rio 2016, no Mundial de Londres 2017 Rosângela tornou-se a primeira brasileira a correr os 100 metros em menos de 11s, marcando 10.91 na semifinal da prova, novo recorde sul-americano.[14] Ela terminou em 7º na final, com o tempo de 11s06 (se tivesse repetido o tempo de 10s91, teria ganho a medalha de bronze no Mundial).[15]

Ver também

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Referências

Ligações externas

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