Rukshana Kapali
Rukshana Kapali (em neuari: रुक्शना कपाली ; nascido em 1999) é uma ativista da etnia Newar que vive no Nepal. Kapali faz campanha pelos direitos intersexuais e LGBT e pela proteção da cultura e da língua do povo Newar. Defendeu judicialmente, o direito de se identificar como mulher e não como terceiro género, no Supremo Tribunal do Nepal e, em Novembro de 2023, o tribunal decidiu a seu favor.
Rukshana Kapali | |
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Nascimento | 1999 Patan |
Cidadania | Nepal |
Ocupação | ativista LGBTQIAPN+ |
Distinções |
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Página oficial | |
https://minchyaameyju.wordpress.com/ | |
Biografia
editarRukshana Kapali nasceu em 1999 em Patan, no Nepal. [1][2] De etnia Newar, Kapaldi cresceu falando a língua Newar (Nepal Bhasa) em casa, em vez do Nepali. [2]
Kapali foi designada do sexo masculino à nascença mas durante a escola mudou de nome e o género para feminino. Quando estudou para o Bachelor of Arts em Linguística e Sociologia no Tri-Chandra Multiple Campus em Katmandu, teve dificuldades em inscrever-se nos exames devido à mudança de nome e o que a levou a tornar-se ativista dos direitos dos transexuais e dos direitos humanos. [3][4]
Adoptando uma abordagem interseccional, Kapali fez campanha sobre questões intersexuais e LGBT e sobre a proteção da cultura e da língua do povo Newar. Fundou o Queer Youth Group com outras pessoas do Vale de Katmandu. [2] Criou um blogue sobre o seu ativismo e escreve sobre Pessoas de Orientação Sexual, Identidade de Género, Expressão de Género e Caraterísticas Sexuais Marginalizadas. [5] Os seus protestos foram cobertos por meios de comunicação social, entre eles, o The Kathmandu Post. [4][6]
Em 2021, Kapali recorreu ao Supremo Tribunal do Nepal para fazer valer o seu direito de se identificar como mulher e não como terceiro género, como tinha sido obrigada a fazer pelas autoridades. Em Novembro de 2023, o tribunal disse a Kapali que ela tinha razão, antes de publicar a sentença por escrito. [7]
Reconhecimento
editarEm 2023, ela apareceu na lista das 100 mulheres da BBC, ao lado de Amal Clooney e Michelle Obama. [8][9][10] No ano seguinte, em 2024, Kapali foi incluída na lista TIME 100 Next dos líderes emergentes mais influentes do mundo. [11]
Veja também
editar- Direitos LGBT no Nepal
Referências
editar- ↑ Malagodi, Mara (2009). «Constitutional Developments in a Himalayan Kingdom: The Experience of Nepal». SSRN Electronic Journal. ISSN 1556-5068. doi:10.2139/ssrn.1638138. Consultado em 16 de janeiro de 2025
- ↑ a b c «From where I stand: "I identified challenges in both activisms, in terms of acknowledging intersectionality" | UN Women – Asia-Pacific». web.archive.org. 17 de novembro de 2023. Consultado em 16 de janeiro de 2025
- ↑ «How a transgender student is fighting for her right to education - OnlineKhabar English News». web.archive.org. 6 de novembro de 2023. Consultado em 16 de janeiro de 2025
- ↑ a b «Tribhuvan University system doesn't recognise transgender student». web.archive.org. 2 de junho de 2023. Consultado em 16 de janeiro de 2025
- ↑ «Interview with Rukshana Kapali | Blog-Pride Month | Rolling Nexus». web.archive.org. 4 de junho de 2023. Consultado em 16 de janeiro de 2025
- ↑ «Tribhuvan University system doesn't recognise transgender student». web.archive.org. 2 de junho de 2023. Consultado em 16 de janeiro de 2025
- ↑ Lau, Holning; Malagodi, Mara (2023). «Legal Gender Recognition in Nepal and Comparative Context». University of Pennsylvania Journal of International Law (em inglês)[ligação inativa]
- ↑ «Transgender Activist Rukshana Kapali on BBC's 100 Women - The Buzz Nepal». thebuzznepal.com (em inglês). 22 de novembro de 2023. Consultado em 16 de janeiro de 2025
- ↑ «Trans human rights activist named on BBC's 100 Women list». web.archive.org. 27 de novembro de 2023. Consultado em 16 de janeiro de 2025
- ↑ «BBC 100 Women 2023: Who is on the list this year? - BBC News». News (em inglês). Consultado em 16 de janeiro de 2025
- ↑ Guzman, Chad de (2 de outubro de 2024). «2024 TIME100 Next: Rukshana Kapali». TIME (em inglês). Consultado em 16 de janeiro de 2025