SS Principessa Mafalda

Transatlântico italiano

SS Principessa Mafalda foi um transatlântico italiano, batizado com este nome em homenagem à segunda filha do Rei Vítor Emanuel III, Mafalda de Saboia.

SS Principessa Mafalda
SS Principessa Mafalda
   Bandeira da marinha que serviu
Estaleiro Cantiere Navale di Riva Trigoso
Lançamento 22 de outubro de 1908
Porto de registro Gênova
Estado Naufragado
Destino Afundou em 25 de outubro de 1927
Características gerais
Deslocamento 9 210 t
Comprimento 141 m
Boca 17 m
Propulsão Dois motores a vapor de tripla expansão
dois hélices
Velocidade 18 nós (33 km/h)
Passageiros Primeira classe: 180
Segunda classe: 150
Terceira classe: 1 200
Capacidade total: 1 530

Foi lançada ao mar em 22 de outubro de 1908. O navio ficou marcado na história pelo naufrágio ocorrido em 24 de outubro de 1927 na costa do estado brasileiro da Bahia.[1]

O naufrágio

editar
 
Operação de abandono do navio, 25 de outubro de 1927.

O transatlântico, partiu do porto de Gênova (Itália) no dia 11 de outubro, e fez uma primeira escala em Barcelona (Espanha), conforme previsto, e partiu para a América do Sul. A maior parte dos passageiros tinha como destino final a cidade de Buenos Aires (Argentina), no Rio de Janeiro iriam desembarcar 26 passageiros e para o porto de Santos seguiam outros 85.

Um problema mecânico a bordo surge e o navio realiza uma escala não programada na Ilha de São Vicente, em Cabo Verde. Uma vez resolvida a avaria, o barco continuou o seu curso. Em 24 de outubro, é identificado um defeito mecânico em um dos eixos do navio e mesmo após solucionado o problema, a embarcação passa navegar com velocidade reduzida.[2]

Na tarde do dia 25 de outubro, o Principessa Mafalda sofre uma forte trepidação originada do rompimento do tubo telescópico do eixo do hélice direita. O hélice rompe o casco do navio, e rapidamente a embarcação é tomada pelas águas e as caldeiras são apagadas. A tripulação fez um pedido de S.O.S que foi atendido por varias embarcações entre elas os vapores Voltair, Formosa, Empire Star, Mosella e Piauhy.

Dos 968 passageiros e e 287 tripulantes que estavam no navio, 350 passageiros perecerem além de 32 tripulantes, o capitão Simone Guli fazia parte desta lista.[3]

O navio mergulhou de popa.

Curiosamente, a família Bergoglio – os avós, pai e tios do Papa Francisco – havia comprado passagens para migrar para a Argentina no Principessa Mafalda, mas precisou trocar os bilhetes devido à demora na venda do café que mantinham em Turim. Giovanni Angelo Bergoglio, Rosa Margarita Vasallo di Bergoglio e seus seis filhos deixaram a Itália apenas em novembro, a bordo do Giulio Cesare.[4]

Referências

  1. Veja os principais naufrágios dos últimos cem anos Arquivado em 19 de janeiro de 2012, no Wayback Machine., com galeria de imagens
  2. «Principessa Mafalda, a Princesa dos Mares». Naufrágios. Consultado em 7 de setembro de 2012 
  3. Maurício Cravalho (junho de 2009). «Pânico e mistério». Revista Mergulho, edição nº155. Consultado em 27 de fevereiro de 2011 
  4. IVEREIGH, Austin (2014). The Great Reformer: The Making of a Radical Pope. New York: Picador. 3 páginas 

Ver também

editar

Ligações externas

editar
  Este artigo sobre tópicos navais é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.