Saúde na Argentina
A Saúde na Argentina melhorou muito nos últimos 20 anos, com um investimento público de cerca de 10% do PIB e uma população de mais de 42 milhões de habitantes, os argentinos vivem mais e melhor, porém houve um significativo deterioro do sistema público de saúde e empobrecimento da população com a crise econômica recente.[8]
Saúde na Argentina | |
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População (2014)[1] | 42.669.500 hab. |
Natalidade (2014) | 16,88 por cada mil habitantes[2] |
Mortalidade (2014) | 7,57 por mil habitantes por ano (2014)[3] |
Crescimento natural (2012)[4] | 10,2 a cada mil habitantes por ano |
Mortalidade infantil (2016) | 10.6 a cada mil nascidos vivos por ano (2016)[5] |
Taxa Global de Fecundidade (2015) | 2,11 filhos por mujer.[6] |
Expectativa de vida (2010)[7] | 75,34 anos (72,08 homens - 78,81 mulheres) |
Mortalidade materna (2016) | 3,7 por 10.000 nascidos vivos[5] |
Fontes | INDEC e Ministerio de la Salud Argentina |
O perfil epidemiológico é similar ao de países desenvolvidos, com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elevado, caracterizado por um crescente predomínio de doenças não transmissíveis, progressiva erradicação de doenças infecciosas, envelhecimento da população e redução da natalidade. No entanto, infecções comuns, desnutrição e assistência precária continuam frequentes nas populações mais marginalizadas.[8] Cerca de 92% da população vivem em zonas urbanas, sendo um terço dela região da grande Buenos Aires. A principal causa de mortalidade são as não-transmissíveis, especialmente as doenças cardiovasculares, câncer, DPOC e diabetes.[9]
Sistema de saúde
editarNa Argentina os serviços de saúde são providos três subsistemas que coexistem[8]:
- Sistema de saúde público: É universal e gratuito, usado por cerca de 37% da população, possui hospitais e clínicas amplamente distribuídos por todo território nacional. Fornece vacinas, medicamentos, consultas, serviços de emergência, cirurgias e reabilitação, gratuitamente, inclusive a estrangeiros. Também inclui universidades para formação, treinamento e reciclagem de profissionais de saúde. É financiado pelo governo nacional, provincial e municipal. É usado principalmente pelas classes mais humildes ou por qualquer pessoa durante emergências.
- Obras sociales: Um sistema misto, com investimentos públicos, dos trabalhadores, dos empregadores, dos pensionistas e dos aposentados. Se consolidou na década de 70 e atualmente é usado por cerca de 52% da população. Quando um trabalhador registrado necessita um serviço de saúde o Estado paga parte e o trabalhador paga outra parte, seja a clínica pública ou privada. Aposentados e pensionistas usam o Programa de Assistência Médica Integral (PAMI).
- Sistema privado de saúde: Quando uma pessoa quer usar o serviço de uma clínica privada, mas não possui uma obra social, ela pode pagar integralmente o valor dos serviços no momento da consulta ou mensalmente com um serviço de Medicina Prepaga. Existem mais clínicas privadas do que públicas, mas apenas 8% da população possui um plano de Medicina Prepaga. A maioria dos serviços se concentram na Grande Buenos Aires(GBA).
História
editarEsforços governamentais para melhorar a saúde pública na Argentina pode ser traçados desde o primeiro tribunal médico de 1780 do Vice-rei da Espanha Juan José de Vértiz. Logo após a independência, o estabelecimento da Escola de Medicina da Universidade de Buenos Aires em 1822 foi complementada pela da National University of Córdoba em 1877. O treinamento de milhares de médicos e enfermeiras treinados nestas e outras universidades públicas gratuitas permitiu um rápido desenvolvimento das cooperativas de tratamento de saúde.[10]
A ampla disponibilidade e aumento na eficácia e eficiência dos tratamentos de saúde ajudou a reduzir a mortalidade infantil na Argentina de 89 a cada 1000 nascimentos em 1980 para 12,9 em 2006[11][12] e aumentou a expectativa de vida ao nascer de 60 anos para 76.[13][14]
Ver também
editarReferências
- ↑ Instituto Nacional de Estadística y Censos (INDEC) Estimaciones y proyecciones de población 2010-2040.: total del país (Fuente: INDEC. Estimaciones y proyecciones elaboradas sobre la base de resultados del Censo Nacional de Arquivado em 12 de setembro de 2014, no Wayback Machine. Población, Hogares y Viviendas 2010) PAG.28. Arquivado em 12 de setembro de 2014, no Wayback Machine.
- ↑ http://www.indexmundi.com/g/g.aspx?c=ar&v=25&l=es
- ↑ http://www.datosmacro.com/demografia/mortalidad/argentina
- ↑ Estadísticas vitales 2012 - Arquivado em 11 de janeiro de 2014, no Wayback Machine. Ministerio de Salud de la Nación, Secretaría de Políticas, Regulación e Institutos. Dirección de Estadísticas e Información de Salud.
- ↑ a b Férnandez, Marcela (1 de janeiro de 2017). «La tasa de mortalidad infantil bajó y la materna subió». La voz del Interior
- ↑ http://www.diariouno.com.ar/pais/la-tasa-fecundidad-la-argentina-cayo-forma-abrupta-los-ultimos-anos-20151028-n27543.html
- ↑ Proyecciones y estimaciones de población 2010-2040. Pag. 14. INDEC (archivo excel)
- ↑ a b c Florencia Grande. «Sistema de salud de la Argentina», disponível em: [1]
- ↑ «INDEC y Ministerio de Salud de la Nación Argentina, año 2004». Consultado em 9 de julho de 2018. Arquivado do original em 13 de setembro de 2014
- ↑ Facultad de medicina de la Universidad de Buenos Aires
- ↑ «DEIS» (PDF). Consultado em 17 de fevereiro de 2009. Arquivado do original (PDF) em 24 de fevereiro de 2009
- ↑ UNData[ligação inativa]
- ↑ UN Demographic Yearbook. Historical Statistics. 1997.
- ↑ «CIA - The World Factbook - Argentina». Consultado em 17 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 13 de maio de 2009