Sancha Rodrigues de Briteiros
Sancha Rodrigues de Briteiros (c.1230 - c. 1295) foi uma rica-dona portuguesa.
Sancha Rodrigues de Briteiros | |
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Rica-dona/Senhora | |
Nascimento | c.1230 |
Morte | c.1295 (65 anos) |
Sepultado em | Mosteiro de Salzedas, Tarouca, Viseu, Portugal |
Cônjuge | Pedro Ponces de Baião |
Dinastia | Briteiros |
Pai | Rui Gomes de Briteiros |
Mãe | Elvira Anes da Maia |
Religião | Catolicismo romano |
Biografia
editarSancha Rodrigues era filha do célebre rico-homem e trovador Rui Gomes de Briteiros e de Elvira Anes da Maia, uma das não menos conhecidas herdeiras do magnate João Pires da Maia[1], e cujo "rapto" se tornou alvo do escárnio trovadoresco. Graças ao prestigiado casamento do seu pai, a família de Briteiros conseguiu ascender na intrincada sociedade nobiliárquica medieval, ao ponto de Rui Gomes ter conseguido, embora muito brevemente, a mordomia-mor (1248).
Sancha terá nascido, portanto, na década de 30 do século XIII, uma vez que o rapto acontece provavelmente por volta de 1230. Órfã de pai desde 1249, a mãe, viúva, tornou-se a gerente dos bens familiares do esposo, até à sua morte, ocorrida em 1258, e mais especificamente antes de 19 de junho, pois neste dia, em Guimarães, fez-se a partilha dos bens por entre os irmãos, cabendo-lhe, entre outros bens, a quintã de Onda[1].
Sabe-se que desposou Pedro Ponces de Baião, senão antes, pelo menos no ano de 1258[2], uma vez que já se encontrava casada quando se deu a partilha dos bens entre ela e os restantes irmãos[3].
Sabe-se que o casal detinha uma capela no Mosteiro de Salzedas, cenóbio ao qual o casal fez generosas doações. Do casamento, apesar de frutífero a nível de bens, não o foi em termos de descendênciaː sem herdeiros, Sancha foi declarada pelo marido como a principal herdeira dos seus bens, mas esta desfez-se deles em 1290, doando "tudo quanto havia no reino de Portugal" ao Mosteiro de Salzedas[2][4].
Sancha continua documentada até 1295, tendo falecido provavelmente pouco depois dessa data. Foi sepultada junto do marido, no Mosteiro de Salzedas[4].
Referências
- ↑ a b Sottomayor-Pizarro 1997, p. 297-298.
- ↑ a b GEPB 1935-57, vol.22, p. 393-394.
- ↑ Ventura 1992.
- ↑ a b Reis 1934.
Bibliografia
editar- D. António Caetano de Sousa, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Atlântida-Livraria Editora, Lda, 2ª Edição, Coimbra, 1946, Tomo XII-P-pg. 147
- Sottomayor-Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325). I. Porto: Universidade do Porto
- Manuel José da Costa Felgueiras Gayo, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. vol. X-pg. 322 (Sousas).
- Reis, Baltasar dos (1934). Livro da fundação do Mosteiro de Salzedas. Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa
- Ventura, Leontina (1992). A nobreza de corte de Afonso III. II. Coimbra: Universidade de Coimbra