Sebastian Brant (ou Brandt) (145710 de maio de 1521) foi um humanista e satirista germânico, nascido na Alsácia, mais conhecido por seu poema satírico A nau dos insensatos (Das Narrenschiff), publicado em 1494.[1]

Sebastian Brant
Sebastian Brant
Альбрэхт Дурэр. Сэбастыян Брант, каля 1520
Nascimento 1458
Estrasburgo
Morte 10 de maio de 1521 (62–63 anos)
Estrasburgo
Cidadania Alemanha
Cônjuge Elisabeth Bürgis
Filho(a)(s) Onophrius Brant
Alma mater
Ocupação poeta, letrista, poeta advogado, filósofo, escritor
Empregador(a) Universidade de Basileia
Obras destacadas Stultifera navis, Freidank, Ship of Fools, Thesmophagia, Esopi appologi sive mythologi, Beschreibung etlicher gelegenheyt Teutsches lands, Hymnus 'Pange lingua gloriosi'
Movimento estético Renascimento na Alemanha
Religião Igreja Católica
Ilustração da capa de Narrenschiff, por Albrecht Dürer (1494).
Margarita Decretalium, 1496

Nascido em Estrasburgo, estudou em Basileia (Suíça) e formou-se advogado em 1489; depois de formado, ainda em Basileia, ensina jurisprudência por algum tempo. De volta a Estrasburgo, é nomeado prefeito da cidade e lá permanece até o fim de seus dias.

Em 1485 casa-se com Elisabeth Burgis, de Basileia, filha de um cuteleiro. Têm sete filhos. Cioso em dar alta educação ao menos ao filho mais velho, Onophrius, ensina-lhe latim ainda no berço e o encaminha a uma universidade aos sete anos.

O que primeiro o atraiu às ciências humanas foi a Poesia Latina; editou vários textos jurídicos e eclesiásticos. Mas seria mais conhecido por seu famoso poema satírico A Nau dos Insensatos (Das Narrenschiff); publicado na cidade de Bergmann, em 1494, logo se tornando popular e influente para além da Alemanha. No poema, uma alegoria, um navio ladeado e lotado de parvos ruma para o Paraíso dos Tolos, a Narragonia. Brant expõe aqui com vigor ímpar as faquezas e vícios do seu tempo. É aqui que ele concebe Saint Grobian, retratando-o um patrono, o santo da vulgaridade e das pessoas grosseiras.

De volta a Estrasburgo em 1500, Brant encaminha várias petições ao Imperador Maximiliano para que este trabalhasse em repelir os Turcos e 'salvasse o Ocidente'. Porém, ao perceber que o Imperador não demonstra interesse pela tarefa, discute a situação com seu colega humanista Konrad Peutinger, este em Augsburgo, expondo sue preocupação pela incapacidade da Alemanha em assumir seu papel na História. Com o mesmo espírito, em 1492, Brant exaltava o rei Fernando de Aragão, a vencer os Mouros e unificar a Espanha. Fervoroso defensor do cultura nacionalista germânica, acreditava na necessidade de uma reforma moral para a segurança do Império frente às hordas turcas.

Embora essencialmente conservador em sua visão religiosa, como a maioria dos humanistas germânicos, Brant não fazia vistas grossas aos abusos da igreja, e a Nau dos Insensatos se tornaria a mais efetiva preparação para a Reforma Protestante. 'Navio dos Tolos', de Alexander Barclay (de 1509) é uma imitação do poema alemão; houve também uma versão em Latim por Jacobus Locher (1497), bem menos popular que o original alemão.

A correspondência que se manteve demonstra a existência de conversas com Peter Schott, Johann Bergmann von Olpe, Imperados Maximiliano, Thomas Murner, Konrad Peutinger, Willibald Pirckheimer, Johannes Reuchlin, Beatus Rhenanus, Jakob Wimpfeling e Ulrich Zasius.

Referências


  Este artigo sobre um(a) escritor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Sebastian Brant