Serra do Jambeiro

Formação montanhosa localizada no leste do estado de São Paulo

A Serra do Jambeiro é a denominação de uma das diversas formações montanhosas que compõem o complexo da Serra do Mar. Localiza-se nas bordas do vale do rio Paraíba do Sul, cruzando os municípios paulistas de São José dos Campos, Caçapava, Jambeiro e Redenção da Serra.[1]

Serra do Jambeiro
Localização
Coordenadas 23° 15' S 45° 45' O
Localização São Paulo
País(es) Brasil
Sopé São José dos Campos (SP), Jambeiro (SP), Caçapava (SP) e Redenção da Serra (SP)
Características
Altitude máxima 1 097 m
Cumes mais altos Pedra do Ombro, Morro das Torres
Geologia Rochas cristalinas

Descrição

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Pegadas de onça parda deixadas sobre a lama em trecho da Serra do Jambeiro.

A serra do Jambeiro abriga uma rica biodiversidade, com mata atlântica parcialmente preservada e diversas espécies de flora e fauna. A vegetação é predominantemente composta por árvores de grande porte e gramíneas típicas da região.

O relevo montanhoso da serra do Jambeiro oferece paisagens visualmente atrativas, com alguns picos que proporcionam vistas panorâmicas da região.[2] Em seus pontos mais elevados, esta formação supera os 1000 metros de altitude em relação ao nível do mar, apresentando encostas relativamente íngremes e vales bem encaixados no relevo.[2]

Esta serra é fonte de importantes recursos hídricos, com nascentes alimentando rios e córregos que cortam a cidade de São José dos Campos e também municípios vizinhos.[2] Dentre os principais corpos d'água que nascem nessa área, destacam-se o rio Pararangaba, o ribeirão Vidoca e o ribeirão Putins, afluentes do rio Paraíba do Sul.[1]

Geologia

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Sua origem está diretamente ligada aos mesmos processos geológicos que deram origem à Serra do Mar. Ao longo de milhões de anos, a erosão e o intemperismo esculpiram o relevo, dando origem às formas características de seus cumes e vales. Seu embasamento é composto principalmente por rochas cristalinas de origem ignea, principalmente granitos[3] e por algumas formações metamórficas (gnaisses), as quais dão origens a solos bem desenvolvidos e com elevado grau de mineralização.[4]

Referências

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  1. a b Prefeitura municipal de SJC. «PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS» (PDF). São José dos Campos 
  2. a b c RUZISKA, Aparecida Alves; SUGUIO, Kenitiro (2008). «IMPACTOS AMBIENTAIS SOBRE OS RECURSOS HÍDRICOS PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL)» (PDF). UNG. Revista UnG – Geociências. 7 (1) 
  3. Marconato; Turra; Salvador; Chieregati; D'Agostino; Perrotta; Cunha Lopes (2006). MAPA GEOLÓGICO DO ESTADO DE SÃO PAULO: BREVE DESCRIÇÃO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS AFLORANTES NO ESTADO DE SÃO PAULO (PDF). Rio de Janeiro: CPRM 
  4. Diniz, Hélio Nóbile; Euzebio, Bianca Aimar; Grando, Priscila; Mercês, Viviane das (11 de setembro de 2005). «COMPARAÇÃO ENTRE O POTENCIAL DE RECARGA DAS ÁREAS CONTENDO ROCHAS CRISTALINAS E BACIA SEDIMENTAR DE TAUBATÉ, NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP». Águas Subterrâneas. ISSN 2179-9784. Consultado em 18 de setembro de 2024