Silva na cultura popular galega

A silva é uma árvore bem presente na cultura da Ibéria do Noroeste.[1][2][3][4][5][6][7][8] Emprestou seu nome a sobrenomes (português brasileiro) ou apelidos (português europeu) como Silva e Silveira.

Amora-Silvestre, fruto da Silva ou Silveira

Locuções

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São expressões usadas na fala popular. Compilaram-se vários exemplos a seguir:

  • Advogado das silveiras: aplica-se a quem, sem ter o título de advogado, presume saber de leis. Também, a quem costuma actuar de má fé para provocar disputas e pleitos dos que tirar algum proveito.
  • Filho de trás as silveiras: filho de solteira.[1]
  • Ser como uma ovelha atada a umha silva: mostrar pouca disposição.[2]

Refraneiro

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Vários refrãos se compilaram. Alguns exemplos a seguir:

  • Ano de amoras, ano de choras.[3][4]
  • Pouca lá e pôlas* silveiras.[9]
  • Se San Joám chora, a silveira nom* dá mora.[5]
  • Se San Joám chora, a silveira nom dá moras.[10]

Referências

  1. a b Garcia 1985.
  2. a b Cervinho 2013.
  3. a b Real Academia Galega 1913, s. v. ano.
  4. a b Eladio Rodrigues Gonçalves, s. v. ano
  5. a b Soto 2013.
  6. Jaquim Lorenço Fernandes, 47.
  7. Rivas 1978.
  8. Ramón 1982, p. 217.
  9. Equivale a eramos poucos e pariu a avoa.
  10. Eládio Rodrigues Gonçalves, s. v. Sam Joám.

Bibliografia

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  1. Bouza Brey, Fermín (1929). "Cantigas populares da Arousa". Arquivos do Seminario de Estudos Galegos (III): 153-204 .
  2. Cerviño Ferrín, Mª Victoria (2013). "Fraseoloxía e paremioloxía de Sebil, 2". Cadernos de Fraseoloxía Galega (15): 441-462.
  3. García Gonzalves, Constantino (1985). Glosario de voces galegas de hoxe. Col: Verba, anexo 27. Universidade de Santiago de Compostela.
  4. Ramón Fernandes-Oxea, Xosé (1982). "Santa Marta de Moreiras". Cadernos do Seminario de Sargadelos nº 41. Sada: Ediciós do Castro.
  5. Rivas Quintas, Elixio (1978). Frampas, contribución al diccionario gallego. Salamanca: CEME.
  6. Rodrigues Gonzalves, Eladio (1958-1961). Diccionario enciclopédico gallego-castellano. Vigo: Galaxia.
  7. Soto Arias, Mª Rosario (2013). «Notas para un estudo dos refráns haxiocronolóxicos». Cadernos de Fraseoloxía Galega (15): 347-370.