Sistema de alerta de proximidade ao solo

O Sistema de alerta de proximidade ao solo (ground proximity warning system, ou GPWS), é um sistema para alertar pilotos sobre a proximidade da aeronave ao solo em uma situação de perigo, algum obstáculo e/ou na aproximação final.[1]

Sistema de alerta de proximidade ao solo
Ground Proximity Warning System (GPWS)

Alarme GPWS de um Boeing 757
Portal Tecnologias da informação

A Administração Federal de Aviação estadunidense define o GPWS como:

Um tipo de sistema de alerta e proximidade do terreno (TAWS, na sua sigla em inglês).[1]

Pode, ainda, ser designado por GCWS (ground-collision warning system, ou sistema de alerta de colisão com o solo). Sistemas mais avançados, introduzidos em 1996[2], são conhecidos como sistemas de alerta de proximidade ao solo melhorados (EGPWS).

Histórico

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Don Bateman, um engenheiro canadense inventou e desenvolveu o GPWS nos anos 60, após vários acidentes em voos controlados terem causado centenas de vítimas.[3]

Antes do surgimento deste sistema, por ano aconteciam cerca de 3,5 acidentes em voos controlados. No início da anos 70, este número desceu para dois acidentes por ano. A partir de 1974, a FAA, exigiu que todas as grandes aeronaves fossem equipadas com o GPWS, o que levou ao fim dos acidentes dos voos controlados, nos EUA. Desde 2000, a exigência da presença deste sistema chegou às aeronaves de menor porte, sendo vigente às aeronaves fabricadas após 29 de março de 2002.[4]

A Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), recomendou a implementação do GPWS em 1979.[5]

Aviação comercial

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A Administração Federal de Aviação estadunidense[6] têm especificações detalhadas para quando certos alertas devem soar na cabine de pilotagem.

O sistema monitoriza a distância da aeronave ao solo, tal como indicado pelo altímetro, enquanto um computador vai controlando aquelas indicações. Essas leituras são analisadas, nomeadamente a tendência (rate, em inglês, ou taxa, em português), que a aeronave está seguindo (a subir/descer, e qual o ângulo e velocidade dessa tendência), e os pilotos são alertados, visual e auditivamente, conforme as configurações de voo programadas (modes). Esses modos são:

  • Taxa de descida excessiva. Aviso: Pull up/Sink rate
  • Taxa de excessiva de proximidade do solo. Aviso: Terrain/Pull up
  • Perda de altitude após a Decolagem. Aviso: Don't sink
  • Configuração insegura da aeronave dada a proximidade do solo. Aviso: Too low/Terrain - Too low/Gear - Too low/Flaps
  • Desvio excessivo abaixo do ILS. Aviso: Glideslope
  • Protecção de ângulo de viragem excessivo. Aviso: Bank angle
  • Protecção contra Cisalhamento do vento. Aviso: Windshear
  • Desaceleração da aeronave próxima ao solo. Aviso: Retard

Incidentes

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Um diagrama mostrando as trajetórias de duas aeronaves, a menor destas acionaria o GPWS

Em operações de aviação comercial, existem procedimentos legalmente necessários a serem cumpridos após o acionamento de um alerta GPWS/EGPWS. Ambos os pilotos devem agir adequadamente após o acionamento do alerta. Em 2007 na Indonésia o capitão do Voo Garuda Indonesia 200 foi processado por homicídio culposo por não seguir tais procedimentos.[7]

Paralelamente, em 2015, o voo Air France 953 (com uma Boeing 777-200ER) não caiu no solo, pois o EGPWS detectou o Monte Camarões no trajeto da aeronave. O piloto voando reagiu imediatamente ao alerta inicial do EGPWS.[8]

Referências

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