Sofia de Schönburg-Waldenburg
Sofia Helene Cecília de Schönburg-Waldenburg (Potsdam, 21 de maio de 1885 — Fântânele, 3 de fevereiro de 1936) foi uma nobre alemã e esposa do Guilherme de Wied, príncipe eleito da Albânia.
Sofia de Schönburg-Waldenburg | |
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Nascimento | 21 de maio de 1885 Potsdam |
Morte | 3 de fevereiro de 1936 (50 anos) Hemeiuș |
Cidadania | Império Alemão, Principado da Albânia, Reino da Romênia |
Progenitores |
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Cônjuge | Guilherme |
Filho(a)(s) | Carlos Vítor, Maria Leonor da Albânia |
Irmão(ã)(s) | Günther, 4th Prince of Schönburg-Waldenburg, Otto Victor II, 3rd Prince of Schönburg-Waldenburg |
Ocupação | cantora de ópera, compositora |
Instrumento | voz |
Título | Princesa, princesa |
Biografia
editarFamília
editarNascida em Potsdam, Brandemburgo, Império Alemão, Sofia Helena Cecília era filha de Vítor, príncipe hereditário de Schönburg-Waldenburg (1856-1888) e de sua esposa, a princesa Lúcia de Sayn-Wittgenstein-Berleburg (1859-1903). Membro da antiga dinastia Schönburg, ela tinha alguma ascendência albanesa remota, sendo descendente da princesa Elena Callimachi, filha do príncipe Scarlat Ghica, príncipe da Moldávia e da Valáquia (1715-1766). Ela também descendia da princesa Ruxandra Ghica, filha de Grigore I Ghica, príncipe da Valáquia (1628-1675). Embora 'oficialmente' romena, a família principesca Ghica tem raízes albanesas.[1]
Os pais de Sofia morreram quando ela era jovem, então ela passou grande parte de sua juventude no Castelo Hemius, uma propriedade em Fântânele, na Moldávia, que pertencia a seus parentes maternos.[2]
Casamento
editarEm 30 de novembro de 1906 em Waldenburg, Sofia casou-se com o príncipe Guilherme de Wied, filho de Guilherme, Príncipe de Wied (1845-1907) e da princesa Maria dos Países Baixos (1841-1910). O marido de Sofia, o príncipe Guilherme, era parente de imperador Guilherme II da Alemanha, sendo seu primo em segundo grau. Eles tiveram dois filhos:
- Maria Leonor (1909–1956), casada com o príncipe Alfredo de Schönburg-Waldenburg em 1937, ficou viúva em 1941 e se casou com Ion Octavian Bunea;
- Carlos Vítor (1913–1973), príncipe hereditário da Albânia; casado com Eileen de Coppet.
Princesa da Albânia
editarA princesa Sofia era próxima da tia de seu marido, a rainha Isabel da Romênia, que ela conhecia desde que se mudou para a Romênia após a morte de seus pais. Ela e a rainha cantavam, pintavam, compunham e tocavam instrumentos musicais juntas.[3] A rainha Isabel desempenhou um papel importante na obtenção do trono albanês para o marido de Sofia, o príncipe Guilherme, ao pedir ao primeiro-ministro romeno Take Ionescu que persuadisse as grandes potências a selecionar Guilherme.[4] Sofia e Isabel trabalharam juntas para superar a relutância de Guilherme em aceitar o trono.[2]
Finalmente, e em 21 de fevereiro de 1914, Guilherme concordou e ele e Sofia receberam uma delegação de notáveis albaneses e ítalo-albaneses em seu castelo em Neuwied, onde o príncipe aceitou formalmente o trono. A delegação albanesa e ítalo-albanesa então visitou Waldenburg, Saxônia, onde prestaram suas homenagens à família da princesa Sofia.[2]
Sofia e seu marido chegaram à Albânia em 7 de março de 1914, em Durrës, a capital provisória. Ela e Guilherme não foram populares na Albânia: eram estranhos à cultura e buscavam introduzir hábitos que eram normais para a realeza na Europa Ocidental, mas desconhecidos na Albânia. Sofia não demonstrou interesse em política. Seus deveres de representação e desinteresse em assuntos de estado eram considerados ideais para uma consorte real na Europa Ocidental e modelados após sua mentora, a rainha Isabel da Romênia.[5] Edith Durham, que os conheceu em Durrës, os descreveu:
“ | "Eles são muito reais – ambos [...] mantêm uma corte e mantêm as pessoas de pé em sua presença. É tudo ridículo [...] o único pensamento dela [Sofia] é brincar de dama generosa, distribuir flores, colocar medalhas nos feridos e fazer pequenas blusas de bordado nativo."[5] | ” |
Sua 'aventura' albanesa teve vida curta. Em 3 de setembro de 1914, com o país em turbulência, Sofia e marido deixaram a Albânia, para nunca mais retornar.[6] No entanto, ela permaneceu oficialmente a princesa da Albânia até 31 de janeiro de 1925, quando o país foi declarado uma república.
Em 3 de fevereiro de 1936, a princesa Sofia morreu em Fântânele, na Romênia.[4]
Mistério
editarEm 11 de julho de 2019, o Vaticano abriu dois túmulos com base em uma dica de que a adolescente desaparecida, Emanuela Orlandi, havia sido enterrada lá. Um túmulo era da duquesa Carlota Frederica de Meclemburgo-Schwerin e o outro era de Sofia. Ambos os túmulos foram encontrados vazios e o paradeiro dos restos mortais da princesa e da duquesa e da adolescente desaparecidos continuam a ser mistério para as autoridades.[7]
Referências
- ↑ http://www.ghika.net/Histoire/Question_Orient.pdf
- ↑ a b c Heaton-Armstrong, Duncan (2005). The Six Month Kingdom: Albania 1914. [S.l.]: I.B.Tauris. p. 12-14. ISBN 1-85043-761-0
- ↑ Edinburgh, Marie of (1971). The story of my life. [S.l.]: Ayer Publishing. p. 541, 542. ISBN 0-405-02761-3
- ↑ a b Pearson, Owen (2006). Albania in the Twentieth Century: a history. [S.l.]: I.B.Tauris. p. 50, 377. ISBN 1-84511-013-7
- ↑ a b Tanner, M. (2014). Albania's Mountain Queen: Edith Durham and the Balkans. [S.l.]: Bloomsbury Publishing. p. 192. ISBN 978-0-85772-374-1
- ↑ Hall, Richard C. (2000). The Balkan Wars, 1912–1913: Prelude to the First World War. [S.l.]: Routledge. p. 131. ISBN 0-415-22946-4
- ↑ Matranga, Anna (11 de julho de 2019). «Vatican opens 2 graves in hunt for missing teen girl Emanuela Orlandi today, but only finds another mystery - Live updates - CBS News». www.cbsnews.com (em inglês). Consultado em 29 de setembro de 2024