Solar Gomes Leitão
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Março de 2010) |
O Solar Gomes Leitão, construído em Jacareí, é um exemplar da arquitetura residencial da aristocracia cafeeira do Vale do Paraíba.
Solar Gomes Leitão | |
---|---|
Informações gerais | |
Estilo dominante | Colonial com elementos do neoclássico |
Construção | 1857 |
Estado de conservação | SP |
Património nacional | |
Classificação | Condephaat |
Data | 6 de dezembro de 1978 |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Jacareí |
Coordenadas | 23° 18′ 23″ S, 45° 58′ 22″ O |
Localização em mapa dinâmico |
História
editarJacareí, cujo povoamento iniciou-se em meados do século XVII, na região do Vale do Paraíba, era um importante ponto de parada para a penetração bandeirista. A cidade passou por um grande período de desenvolvimento no século XIX impulsionado pela economia cafeeira.
Um dos personagens mais importantes deste período na cidade era o alferes João da Costa Gomes Leitão, participante ativo da vida política local e um dos maiores traficantes de escravos da província. Em 1857, mandou construir o edifício conhecido por Solar Gomes Leitão.
O solar permaneceu com a família Gomes Leitão de 1857 a 1895, com o objetivo inicial de ser a "casa de festas" da família. João da Costa Gomes Leitão foi um personagem de muita influência devido a quantidade de propriedades que possuía além de suas atividades como banqueiro, ele montou uma casa bancária que oferecia empréstimos mediante hipoteca de terras, escravos e animais[1].
O Solar foi vendido após a morte de Josephina Eugenia Leitão Guimarães(em 1879) para a Fazenda do Estado de São Paulo, que o tornou a primeira escola estadual de Jacareí e também a primeira em aceitar meninos e meninas[1]. Conhecido na época como “Grupão”, depois tornou-se a Escola Estadual Coronel Carlos Porto, que ali ficou sediado desde 1895 até 1980. Durante este período, várias reformas foram realizadas na edificação, uma delas inclusive foi supervisionada pelo escritor e engenheiro Euclides da Cunha[2].
Atualmente, nele encontra-se instalado o Museu de Antropologia do Vale do Paraíba.
Arquitetura
editarO Solar Gomes Leitão mistura as tradições coloniais e elementos do neoclássico, utilizando as técnicas da taipa de pilão e pau-a-pique. Com planta retangular e implantada em lote de esquina, o Solar possui, no interior, paredes e forros com pinturas decorativas e artísticas. Na edificação do Solar, foram utilizados o trabalho de escravizados, supervisionados e orientados por arquitetos ingleses e decoradores franceses.
Na porta principal, encontra-se a inscrição do ano e iniciais do proprietário (JCGL)[2].
Museu de Antropologia do Vale do Paraíba
editarA ideia de ter um museu de antropologia iniciou no ano de 1976, com seguidas reuniões entre 1977 até início da década de 1980, porém o momento político postergava a criação. Em 1992, o museu foi enfim inaugurado[3].
Em seu acervo encontram-se objetos que retratam a trajetória do povo do Vale do Paraíba e suas formas de expressão. Está organizado com as seguintes categorias: Arte Sacra; Arte Popular; Pinacoteca; Armaria e Numismática; Arqueologia e Etnografia[2]. Possui um grande acervo de quadros com valores históricos, ao todo são quarenta e três, além de pratarias e as “Paulistinhas”, que são santos feitos de barro branco, recebe este nome pois este barro é encontrado apenas na região do Vale do Paraíba[1].
Tombamento
editarFoi tombado pelo Condephaat em 1978 (processo nº 20546/78).
Referências
- ↑ a b c «Exposição marca 160 anos de construção do Solar 'Gomes Leitão'». Prefeitura Municipal de Jacareí. 22 de novembro de 2017. Consultado em 7 de abril de 2021
- ↑ a b c «MAV». Fundação Cultural de Jacarehy. Consultado em 7 de abril de 2021
- ↑ Papera, Cesira. «Inauguração do MAVP». www.arqueologiajacarehy.com. Consultado em 7 de abril de 2021