Stygichthys typhlops
Stygichthys typhlops, chamada de piabinha-cega,[1] é uma espécie de peixe troglóbio da família Characidae (comumente chamados de "tetras").[2]
Stygichthys typhlops | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Dados deficientes | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Stygichthys typhlops Brittan & Böhlke, 1965 |
É endêmica da bacia do rio São Francisco, no Brasil.[3]
Histórico e características
editarSeu nome científico deriva do submundo da Mitologia Grega: "peixe (ichtys) do Estige". Sua descrição derivou de um único espécime capturado durante a abertura de um poço, a 30 m de profundidade, em local não precisado do estado de Minas Gerais (definido como sendo em "Jaíba", entre as cidades de Januária e Janaúba), no dia 16 de maio de 1962 por Joseph A. Tosi, Jr., ecologista do Instituto de Agricultura da Organização dos Estados Americanos. Somente em 2004 vinte e cinco novos exemplares voltaram a ser capturados por pesquisadores do Instituto de Biociências e do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo.[1]
Como muitas espécies cavernícolas, é totalmente despigmentado e sem olhos visíveis. Atinge até 50 mm de comprimento. Sua dentição indica alimentação vegetariana, embora esse tipo de dieta seja impossível no habitat desprovido de luz, de forma que esta talvez seja um caractere denominado relictual. Foi constatado canibalismo. Ao contrário do tetra troglóbio do México, na piabinha-cega brasileira não foi possível localizar qual a forma ancestral que lhe deu origem.[1]
Segundo registrou o pesquisador Aldemaro Romero, "o caracídeo cego brasileiro possui uma série de características típicas dos Tetragonopterinae. Mais especificamente, pode estar relacionado ao complexo Hyphessobrycon - Hasemania , devido à redução dos ossos circunorbitais desse grupo; no entanto, isso pode ser apenas uma coincidência, visto que a redução desses ossos é uma característica convergente entre os peixes cavernosos. Eles também diferem de outros Tetragonopterinae pelo grande número de dentes internos pré-maxilares e maxilares, bem como pelo pequeno número de raios anais que são incomuns para este grupo de caracídeos".[1]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c d Aldemaro Romero. «Stygichthys typhlops Brittan & Böhlke, 1965, Brazilian blind characid, in: Guide to Hypogean Fishes» (em inglês). clt.astate.edu. Consultado em 6 de abril de 2024. Arquivado do original em 26 de agosto de 2007
- ↑ «The IUCN Red List of Threatened Species». IUCN Red List of Threatened Species. Consultado em 5 de outubro de 2019
- ↑ Hugo P. Godinho; Alexandre L. Godinho (30 de janeiro de 2001). «Lista de peixes nativos da bacia do São Francisco». Peixes e pesca no Rio São Francisco. Consultado em 3 de abril de 2024. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2023