Suiriri-da-chapada

espécie de ave
(Redirecionado de Suiriri affinis)

O suiriri-da-chapada (Guyramemua affine) é uma espécie de ave da família dos tiranídeos. Foi descrito recentemente em 2001.[2] Era anteriormente colocado juntamente ao suiriri-cinzento no gênero Suiriri, até ser movido para seu próprio gênero, denominado de Guyramemua, em 2017 com base em um estudo filogenético molecular.[3][4]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSuiriri-da-chapada

Estado de conservação
Quase ameaçada
Quase ameaçada (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tyrannidae
Género: Guyramemua
Lopes et al., 2017
Espécie: G. affine
Nome binomial
Guyramemua affine
Burmeister, 1856
Distribuição geográfica

Sinónimos
Suiriri affinis

Descrição

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É muito semelhante ao suiriri-cinzento, distinguindo-se dessa espécie pela ponta clara da cauda mais pronunciada, pelo bico ligeiramente mais curto e pelo canto diferente. Tem também uma exibição de parada nupcial diferente do suiriri-cinzento.[5]

Distribuição e habitat

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Esta espécie é encontrada em zonas de cerrado e chapada, na região centro-sul do Brasil e em regiões adjacentes da Bolívia.[1]

Reprodução

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O suiriri-da-chapada nidifica em setembro-dezembro. O ninho em forma de cesto é feito de fibras vegetais, ornamentado com líquens e folhas secas. O ninho é colocado numa ramificação de uma árvore ou arbusto. A fêmea põe 1-2 ovos de cor creme-claro que são incubados exclusivamente pela fêmea durante cerca de 15 dias. As crias saem do ninho 17,5-19 dias depois de eclodirem.[6]

Estado e conservação

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Esta espécie está classificada como quase ameaçada devido ao declínio populacional da ordem dos 30% observado nos últimos 10 anos. As principais ameaças são a perda de habitat devido à conversão de zonas de cerrado em eucaliptais e pinhais, à urbanização e à expansão da criação de gado.[1]

Referências

  1. a b c BirdLife International (2021). «Suiriri affinis». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2021. Consultado em 6 de julho de 2022 
  2. Zimmer, K.J.; Whittaker, A.; Oren, D.C. (2001). «A cryptic new species of flycatcher (Tyrannidae: Suiriri) from the Cerrado Region of Central South America» (PDF). 1. The Auk. 118: 56–78. JSTOR 4089758. doi:10.1093/auk/118.1.56  
  3. Kirwan, G.M.; Steinheimer, F.D.; Raposo, M.A.; Zimmer, K.J. (2014). «Nomenclatural corrections, neotype designation and new subspecies description in the genus Suiriri (Aves: Passeriformes: Tyrannidae)». 3. Zootaxa. 3784: 224–240. PMID 24872051. doi:10.11646/zootaxa.3784.3.2 
  4. Lopes, L.E.; Chaves, A.V.; Mendes de Aquino, M.; Silveira, L.F.; dos Santos, F.R. (2017). «The striking polyphyly of Suiriri: convergent evolution and social mimicry in two cryptic Neotropical birds». 2. Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research. 56: 270–279. doi:10.1111/jzs.12200  
  5. Gill, Frank; Donsker, David (2019). International Ornithologists' Union, ed. «Tyrant flycatchers». World Bird List Version 9.2. Consultado em 6 de julho de 2022 
  6. Lopes, Leonardo Esteves; Marini, Miguel Ângelo (2005). «Biologia reprodutiva de Suiriri affinis e S. islerorum (Aves: Tyrannidae) no cerrado do Brasil central». Papéis Avulsos de Zoologia (12): 127–141. ISSN 1807-0205. doi:10.1590/s0031-10492005001200001. Consultado em 6 de julho de 2022