Super Xuxa contra Baixo Astral

Super Xuxa Contra Baixo Astral é um filme brasileiro de 1988 do gênero fantasia escrito e dirigido por Anna Penido.

Super Xuxa Contra Baixo Astral
Super Xuxa contra Baixo Astral
 Brasil
1988 •  cor •  82 min 
Género
  • musical
  • infantil
  • aventura
  • fantasia
Direção Anna Penido
Produção Diler Trindade
Roteiro Anna Penido
História Anna Penido
David Sonnenschein
Elenco Xuxa Meneghel
Guilherme Karan
Jonas Torres
Música Michael Sullivan
Paulo Massadas
Anna Penido
Cinematografia Nonato Estrela
Edição Vera Freire
Carlos Cox
Companhia(s) produtora(s) Dreamvision
Movies Rio
Diller & Associados
Distribuição Alvorada Filmes (São Paulo e Centro-Oeste)
Grupo Severiano Ribeiro (Rio de Janeiro, Norte e Nordeste)
Wermar (Sul)
Lançamento 30 de junho de 1988 (1988-06-30)
Idioma português

Sinopse

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Xuxa convoca as crianças para colorir muros pichados na cidade, promovendo um espírito de criatividade e união. Enquanto isso, Baixo Astral, um ser demoníaco mal-humorado que vive nos esgotos, decide se vingar dela sequestrando seu cachorro, Xuxo. Em sua busca para resgatar o amigo, Xuxa acaba entrando em uma dimensão paralela chamada Alto Astral.

Entre os personagens dessa aventura, encontramos Rafa, um garoto que também é sequestrado por Baixo Astral e se vê no centro dos planos do vilão. Titica e Morcegão, os capangas de Baixo Astral, sentem ciúmes da atenção que Rafa recebe. Junto a Xuxa, está Xixa, uma lagarta cigana e preguiçosa que, durante a jornada, se transforma em uma borboleta. Por último, Vovó Cascadura, uma cágada especialista em literatura, adiciona sabedoria e humor à história, ajudando Xuxa em sua missão.[1]

Elenco

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Dubladores dos bonecos

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Crianças no clipe Arco-Íris

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Produção

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Produzido em 1988 pela Dreamvision, em coprodução com a Diler & Associados e a Movie Rio, e com produção executiva de Lael Rodrigues — conhecido por seu trabalho em Bete Balanço — o filme marcou o início da parceria entre o produtor Diler Trindade e Xuxa, que resultou em sucessos como Lua de Cristal (que atraiu 5 milhões de espectadores em 1990) e, mais recentemente, Xuxa Gêmeas. Lançado nos cinemas em 30 de junho de 1988, o filme teve distribuição pela Luís Severiano Ribeiro e Columbia Pictures, com 93 cópias em exibição.

Dirigido por Anna Penido, o filme contou com a colaboração de David Sonneschein como codiretor, embora seu nome não tenha sido creditado. Penido também escreveu o roteiro com a ajuda de Antonio Calmon. O filme enfrentou controvérsias, sendo acusado de plágio em relação a Labyrinth, de Jim Henson, lançado dois anos antes. Este foi o último trabalho creditado de Lael Rodrigues, que faleceu de pancreatite aguda no ano seguinte.

Trilha sonora

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Recepção

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Bilheteria

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O filme estreou durante as férias de inverno de 1988 e recebeu uma resposta entusiasmada do público. Para sua estreia, formou um dos maiores circuitos exibidores do Brasil, com cerca de 90 cinemas em todo o país.[2] Na primeira semana de exibição (de 30 de junho a 6 de julho), segundo a Dreamvision, o filme arrecadou Cz$ 106,040 milhões, atraindo 482 mil espectadores.[3] Essa performance o colocou como o terceiro filme mais visto de 1988, com um orçamento estimado em US$ 1 milhão.

Critica

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A resposta crítica ao filme foi mista. Alguns elogiavam sua criatividade, enquanto outros apontaram um excesso de merchandising e uma narrativa fraca. A Folha de S.Paulo destacou que "[a] história é fantasiosa e maniqueísta".[4] Três anos após o lançamento, o filme foi incluído no guia Vídeo Infantil da coleção Guias Práticos Nova Cultural, onde recebeu uma estrela, indicando uma avaliação "fraca". A resenha mencionou: "Recheada de efeitos especiais, esta aventura inspirada em A História Sem Fim fez sucesso graças à presença de Xuxa, que encanta as crianças".[5]

Anos depois, o site britânico The Spinning Image, que se dedica a resenhas de filmes obscuros e cult, trouxe uma visão mais positiva. Andrew Pragasam comentou que, embora o filme seja simplista (considerando que é uma produção infantil), a mensagem central de que a educação é fundamental para que os jovens superem a opressão e alcancem a verdadeira liberdade é "tão potente quanto entusiasmante". Ele acrescentou que a entrega dessa mensagem na forma de uma música pop interpretada por uma carismática supermodelo é um bônus.[6]

Lançamento internacional

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O filme foi lançado na Argentina sob o título Super Xuxa Vs. Bajo Astral. Nos Estados Unidos, cópias não autorizadas foram exibidas em festivais de cinema underground com o nome de Super Xuxa Vs. Satan (Super Xuxa Versus Satanás).[7]

Legado

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De acordo com o historiador gaúcho Bruno de Oliveira da Silva, autor do estudo intitulado "O Brasil em 'Baixo Astral': o Cenário Nacional da Década de 1980 Retratado por 'Super Xuxa'", publicado na Revista Temática do Núcleo de Arte, Mídia e Informação Digital (NAMID) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o filme teve um orçamento de 1,5 milhão de dólares. Com a inflação do dólar em janeiro de 2020, esse valor equivalia a aproximadamente R$ 14,7 milhões reais, tornando-o a produção cinematográfica brasileira mais cara da década de 1980.[8]

O estudo também destaca que as reflexões promovidas pelo filme permanecem relevantes mesmo após três décadas. Um exemplo é a questão da caça ilegal dos botos-cor-de-rosa, que, após anos de exploração intensa, levou a espécie a ser incluída na lista vermelha de espécies em risco de extinção da IUCN (International Union for Conservation of Nature). Além disso, o estudo menciona a situação da desinformação no Brasil, que, embora tenha reduzido o número total de pessoas analfabetas, ainda conta com 38 milhões de analfabetos funcionais, segundo dados de 2018 do INAF (Índice Nacional de Alfabetismo Funcional).[8].

Referências

  1. «SUPER XUXA CONTRA O BAIXO ASTRAL». Cinemateca Brasileira. Consultado em 15 de janeiro de 2018 
  2. «Xuxa Ataca O Baixo Astral». Folha de S.Paulo. 30 de junho de 1988 
  3. «Xuxa e Trapalhões levam 2,8 milhões aos cinemas». Folha de S.Paulo. 13 de julho de 1988 
  4. «"Adeus Meninos e "O Siciliano" entram em cartaz». Folha de S.Paulo. 27 de junho de 1988 
  5. Ciocheti, Ermetes (Ed) (1991). Vídeo Infantil Guias Práticos Nova Cultural. São Paulo: Nova Cultural. 107 páginas 
  6. Super Xuxa vs. the Down Mood. The Spinning Image. Consultado em 25 de outubro de 2024
  7. "Super Xuxa Contra o Baixo Astral" completa 30 anos e fã faz homenagem ao filme. GZH. Consultado em 25 de outubro de 2024
  8. a b SILVA, Bruno de Oliveira da. «O Brasil em "Baixo Astral": o Cenário Nacional da Década de 1980 Retratado por "Super Xuxa"». Revista Temática. pp. 139–155 

Ligações externas

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