Superliga Brasileira de Voleibol Masculino

A Superliga Brasileira de Voleibol Masculino (Superliga Bet7k por razões de patrocínio) é a principal divisão do voleibol masculino no Brasil. A denominação "Série A" passou a ser utilizada a partir da temporada 2011/2012, na qual foi criada a Série B. Todos os campeões anteriores da Superliga são reconhecidos como campeões brasileiros de voleibol, assim como todos os campeões da Série A desta temporada em diante.

Superliga Série A
Voleibol
Superliga Brasileira de Voleibol Masculino
País  Brasil
Confederação CSV
Organizador CBV
Informações gerais
Número de equipes 12
Divisão Série A
Rebaixamento Série B
Copa nacional Copa Brasil
Torneios internacionais Sul-Americano de Clubes
Temporadas
Primeira temporada 1976
Última temporada 2023–24
Primeiro campeão Rio de Janeiro Botafogo
Atual campeão São Paulo Sesi-Bauru (2.º título)
Maior campeão Minas Gerais Sada Cruzeiro Vôlei (8 títulos)
Página oficial da competição

O torneio é organizado anualmente pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e dá acesso ao seu campeão ao Campeonato Sul-Americano de Clubes. Os dois últimos colocados são rebaixados à Série B na temporada seguinte.

Os direitos de transmissão da Superliga no Brasil pertencem a Rede Globo em parceria com a TV Cultura em TV aberta e ao SporTV em TV fechada.[1][2]

Histórico

editar

Até a década de 1960, as competições de voleibol no Brasil só ocorriam em nível estadual, sem nenhuma competição nacional oficial. Em 1962 e 1963 disputou-se a Taça Guarani de Clubes Campeões vencidas pelo Grêmio Náutico União do Rio Grande do Sul e pelo Minas Tênis Clube de Minas Gerais, respectivamente. Em 1964 disputou-se a única edição do Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões, vencido novamente pela equipes do Minas Tênis Clube. De 1968 a 1975 (com exceção de 1970) disputou-se a Taça Brasil. O Botafogo do Rio de Janeiro foi o grande vencedor, conquistando as edições de 1971, 1972 e 1975. Seu grande rival da época, o Paulistano, venceu as edições de 1973 e 1974. Santos (1968) e Randi (1969) venceram as outras edições.

Em 1976 surge o Campeonato Brasileiro de Clubes, competição que previamente seria disputada a cada dois anos, de 1976 a 1980, começou a ser disputada anualmente a partir de 1981 contando somente com equipes profissionais. O primeiro vencedor da era profissional foi o Atlântica Boavista do Rio de Janeiro, equipe que se consolidou como uma das maiores forças do voleibol brasileiro na década de 1980.

Na temporada 1988–89 o campeonato passa a ocorrer entre o segundo semestre de um ano e o primeiro do outro, adaptando-se assim às principais competições mundiais, surgindo a Liga Nacional. A Superliga foi disputada pela primeira vez na temporada 1994–95, com o fim da Liga Nacional. O número de participantes varia a cada ano. Desde a temporada 2011–12 o torneio passou a contar com duas divisões – Série A e Série B.

Série A

editar

A Série A é a principal divisão do torneio nacional. Uma das características históricas da Superliga Masculina foi a falta de uma padronização no sistema de disputa, que mudava a cada ano, assim como as regras e o número de participantes. Desde a temporada 2009–10 a forma de disputa tem sido com uma fase classificatória em pontos corridos, turno e returno, quartas de final definidas em série melhor-de-três, semifinais em melhor-de-três e final em jogo único.

Equipes participantes

editar

Participantes da Superliga Brasileira de Voleibol Masculino na edição de 2024–25.

Escudo Equipe Cidade Ginásio Cap. Temporada 2023–24
  APAN/Roll-on   Blumenau Ginásio Galegão 3 000 10º (A)
  Itambé/Minas   Belo Horizonte Arena UniBH 3 650 (A)
  Joinville Vôlei   Joinville Centreventos Cau Hansen 4 000 (A)
  Neurologia Ativa   Goiânia Ginásio Rio Vermelho 5 000 Vice-campeão (B)
  Praia Clube   Uberlândia Arena do Praia 2 200 (A)
  Sada Cruzeiro Vôlei   Contagem Ginásio do Riacho 2 000 (A)
  Saneago Goiás Vôlei   Goiânia Goiânia Arena 11 000 Campeão (B)
  Sesi-Bauru   Bauru Arena Paulo Skaf 5 000 Campeão (A)
  Viapol Vôlei São José   São José dos Campos Farma Conde Arena 5 000 (A)
  Suzano Vôlei   Suzano Arena Suzano 4 000 (A)
  Vedacit/Vôlei Guarulhos   Guarulhos Ginásio Ponte Grande 3 000 (A)
  Vôlei Renata/Campinas   Campinas Ginásio do Taquaral 2 600 Vice-Campeão (A)

Campeões nacionais

editar

O campeonato nacional de voleibol masculino no Brasil foi fundado em 1976, substituindo a antiga Taça Brasil. O campeonato teve seu nome alterado duas vezes até se estabelecer como a Superliga, na temporada 1994-95[3]. Dessa forma, é considerado como campeão da atual Série A o clube o qual foi campeão a partir da edição de 1976.[4]

Campeões Nacionais de Vôlei[5][6][7]
Ano Campeão Vice-campeão Terceiro lugar
Taça Guarani de Clubes Campeões
1962   Grêmio Náutico União
1963   Minas
Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões
1964   Minas
Taça Brasil
1968   Santos
1969   Randi
1971   Botafogo[8]   Santos
1972   Botafogo   Minas[8]
1973   Paulistano
1974   Paulistano
1975   Botafogo   Santos[8]
Campeonato Brasileiro de Clubes
1976   Botafogo[8]   Paulistano[8]
1978   Paulistano   Flamengo   ADC Pirelli
1980   ADC Pirelli   Fluminense   Botafogo
1981   ADC Bradesco Atlântica   ADC Pirelli   Fluminense
1982   ADC Pirelli   ADC Bradesco Atlântica   Minas
1983   ADC Pirelli   ADC Bradesco Atlântica   Clube Atlético Mineiro
1984   Minas   ADC Bradesco Atlântica   ADC Pirelli
1985   Minas   ADC Bradesco Atlântica  Copagaz
1986   Minas   ADC Bradesco Atlântica   ADC Pirelli
1987   Banespa   ADC Pirelli   SER Sadia
Liga Nacional de Vôlei
1988–89   ADC Pirelli   Minas   SER Sadia
1989–90   Banespa   ADC Pirelli   União Suzano
1990–91   Banespa   AA Frangosul   ADC Pirelli
1991–92   Banespa   ADC Pirelli   Frangosul
1992–93   União Suzano   ADC Pirelli   Banespa
1993–94   União Suzano   Palmeiras   Banespa
Superliga Brasileira de Vôlei
1994–95   AA Frangosul   União Suzano   Palmeiras
1995–96   Olympikus   União Suzano   AA Frangosul
1996–97   União Suzano   Banespa   Olympikus
1997–98   Ulbra   Olympikus   União Suzano
1998–99   Ulbra   União Suzano   Olympikus
1999–00   Minas   Unisul   Banespa
2000–01   Minas   Ulbra   Unisul[9]
2001–02   Minas   Banespa   Náutico Araraquara
2002–03   Ulbra   Unisul   Banespa
2003–04   Unisul   Ulbra   Minas
2004–05   Banespa   Minas   On Line
2005–06   Cimed   Minas   Banespa
2006–07   Minas   Cimed   Banespa
2007–08   Cimed   Minas   Ulbra
2008–09   Cimed   Minas   Sada Cruzeiro Vôlei
2009–10   Cimed   FUNADEM Montes Claros   EC Pinheiros
2010–11   SESI-SP   Sada Cruzeiro Vôlei   Vôlei Futuro
2011–12   Sada Cruzeiro Vôlei   Vôlei Futuro   Minas
2012–13   AD RJX   Sada Cruzeiro Vôlei   SESI-SP
2013–14   Sada Cruzeiro Vôlei   SESI-SP   BVC Campinas
2014–15   Sada Cruzeiro Vôlei   SESI-SP   Vôlei Taubaté
2015–16   Sada Cruzeiro Vôlei[10]   BVC Campinas   Vôlei Taubaté
2016–17[11]   Sada Cruzeiro Vôlei[12]   Vôlei Taubaté   SESI-SP
2017–18   Sada Cruzeiro Vôlei   SESI-SP   Sesc RJ
2018–19   Vôlei Taubaté   SESI-SP   Sada Cruzeiro Vôlei
2019–20 Temporada cancelada devido à pandemia de COVID-19.[13]
2020–21   Vôlei Taubaté   Minas   Vôlei Renata
2021–22   Sada Cruzeiro Vôlei   Minas   SESI-SP
2022–23   Sada Cruzeiro Vôlei   Minas   Farma Conde/São José
2023–24   Sesi-Bauru   Vôlei Renata/Campinas   Vedacit/Vôlei Guarulhos
2024–25

Títulos

editar

Por clube

editar
Equipe      
  Minas Tênis Clube 9 8 2
  Sada Cruzeiro 8 2 2
  Vôlei Renata[nota 1] 5 4 6
  ADC Pirelli 4 5 0
  Cimed 4 1 0
  Botafogo 4 0 0
  União Suzano 3 3 1
  Ulbra[nota 2] 3 2 1
  Paulistano 3 1 0
  SESI-SP 2 4 3
  Vôlei Taubaté 2 1 2
  ADC Bradesco Atlântica 1 5 0
  Unisul 1 2 1
  Olympikus 1 0 1
  SG Novo Hamburgo 1 0 1
  Grêmio Náutico União 1 0 0
  Santos 1 0 0
  Randi 1 0 0
  AD RJX 1 0 0
  AA Frangosul 0 1 1
  Olympikus 0 1 1
  Vôlei Futuro 0 1 1
  Palmeiras 0 1 1
  Flamengo 0 1 0
  Fluminense 0 1 0
  FUNADEM Montes Claros 0 1 0
  Pinheiros 0 0 1
  Náutico Araraquara 0 0 1
  On Line 0 0 1
  Sesc RJ 0 0 1
  Vôlei Guarulhos 0 0 1

Por estado

editar
Estado      
  São Paulo 22 20 18
  Minas Gerais 17 10 4
  Rio de Janeiro 6 8 2
  Rio Grande do Sul 5 3 3
  Santa Catarina 5 3 1

MVPs por edição

editar

Ver também

editar

Notas e referências

Notas

  1. Jogou até a temporada 2005–06 como Banespa, entre 2006–07 a 2009–10 como Brasil Vôlei Clube, entre 2010–11 a 2016–17 como Brasil Vôlei Kirin e hoje joga como Vôlei Renata de Campinas.
  2. Jogou até a temporada 2007/2008 como Ulbra em Canoas (RS), mas nas temporadas de 2003–04 e 2005-06 junto ao SPFC mas com sede em Canoas-RS, na temporada 2007–08 junto a Suzano mas com sede também em Canoas-RS, mas já na 2008/2009 junto a Suzano a sede foi nessa cidade de (SP). Nas duas temporadas seguintes jogou junto ao São Caetano/Tamoyo nessa cidade paulista.

Referências

  1. «TV Cultura exibirá jogos da Superliga». Amo Voleibol. Consultado em 2 de novembro de 2019 
  2. «Rede TV! faz acordo com a Globo e Superliga de Vôlei volta à TV aberta». UOL. 8 de abril de 2015. Consultado em 3 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 8 de dezembro de 2016 
  3. «Superliga masculina de vôlei: veja lista com todos os campeões». GE. 30 de abril de 2023. Consultado em 19 de outubro de 2023 
  4. «História & Campeões». Superliga. Consultado em 19 de outubro de 2023 
  5. «História e Campeões». Site da Supeliga. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  6. «Os campeões do Brasil». Revista Placar. 5 de fevereiro de 1988. p. 59. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  7. «Brazilian Superliga». volleybox.net. 2023. Consultado em 10 de março de 2023 
  8. a b c d e Claudio Marinho Falcão (2016). César Olivira, ed. «DataFogo: Números Gloriosos do Botafogo de Futebol, Regatas e outros Esportes»: 18. ISBN 9788565193160. Consultado em 8 de dezembro de 2016 
  9. «SUPERLIGA 08/09: Histórico da Superliga». CBV. 27 de outubro de 2008. Consultado em 21 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 17 de outubro de 2014 
  10. Rocha, Danielle (10 de abril de 2016). «Cruzeiro passa sufoco, mas leva o tetra da Superliga e é "campeão de tudo"». globoesporte.com. Grupo Globo. Consultado em 11 de abril de 2016. Cópia arquivada em 11 de abril de 2016 
  11. «Classificação Final». CBV. Superliga.cbv.com.br. Consultado em 10 de maio de 2017. Arquivado do original em 10 de maio de 2017 
  12. Gabriel Rodrigues, João; Thaynara Amaral (7 de maio de 2017). «Azul é a cor do título: Cruzeiro domina Taubaté e é penta da Superliga». globoesporte.com. Grupo Globo. Consultado em 10 de maio de 2017. Cópia arquivada em 10 de maio de 2017 
  13. «Superliga masculina é cancelada por conta da pandemia do coronavírus». Rede do Esporte. 20 de abril de 2022. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  14. a b c d e f g «Superliga de Vôlei: histórico das competições desde 1994-Após 13 temporadas, oito times levaram o título em cada modalidade». Grupo RBS. 28 de novembro de 2007. Consultado em 3 de novembro de 2021 

Ligações externas

editar