Túnel Alaor Prata

Inauguração da duplicação do Túnel Alaor Prata, 1970.
Acima: entrada do Túnel Velho, aberto em 1892.
Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
Informação
Tipo Túnel urbano
Comprimento 182 m (597 ft)
Cruza Morro da Saudade
Localização
Localização Rio de Janeiro-RJ
Coordenadas 22° 57' 44.5" S 43° 11' 28.4" O
Histórico
Projetista Eng. José de Cupertino Coelho Cintra
Abertura 6 de julho de 1892 (132 anos) (Túnel Velho)

6 de dezembro de 1970 (53 anos) (2º túnel)

Especificação
Galeria 1 galeria
Vias 2 vias por galeria
Largura 5,50 m

O Túnel Alaor Prata, inaugurado como Túnel Real Grandeza, mas mais popularmente conhecido hoje como Túnel Velho, localiza-se na cidade do Rio de Janeiro, entre os bairros de Botafogo e Copacabana. O seu atual nome é uma homenagem a Alaor Prata, prefeito da cidade na gestão de 15 de janeiro de 1922 a 15 de novembro de 1926.

História

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Túnel Velho, c. 1893-1894: vista da extremidade do túnel a partir da atual rua Siqueira Campos (Fotografia de Juan Gutierrez, Galeria do Museu Histórico Nacional.

A perfuração do Túnel Real Grandeza foi promovida pela Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico, dentro de uma estratégia do mercado imobiliário que, no início da República, pretendia investir na região litorânea de Copacabana, promovendo-a como um novo estilo de vida na cidade que pretendia se modernizar. O difícil acesso a esse trecho, isolado pelos morros, foi superado com a abertura ao tráfego, no mesmo ano da inauguração do túnel, da primeira linha de bondes para este bairro.

O túnel, com 182 metros de comprimento por 5,50 metros de largura, atravessava a garganta entre o Morro da Saudade e o Morro de São João, permitindo a extensão da linha de bondes que a companhia explorava, da rua Real Grandeza, em Botafogo, para a rua Barroso (atual Rua Siqueira Campos), em Copacabana, terminando na praça Malvino Reis (atual praça Serzedelo Correia). As obras ficaram a cargo do engenheiro José de Cupertino Coelho Cintra, tendo durado oito meses.

Inaugurado no dia 6 de julho de 1892, em cerimônia prestigiada pelo marechal Floriano Peixoto, então vice-presidente da república, em pouco tempo a linha do bonde era ampliada em direção à ponta do Leme e à ponta de Copacabana, permitindo a comercialização dos loteamentos. Essa data é, por essa razão, considerada por muitos como a de fundação do bairro de Copacabana.[1]

O túnel foi reformado entre os anos de 1924 e 1925, na administração do então prefeito Alaor Prata, quando foi dotado de passeios laterais e alargado para treze metros.[2] Entre 1967 e 1970 o túnel foi duplicado em desnível. Um novo túnel construído sob o existente, que foi reformado, tendo as obras custado 5 milhões de cruzeiros.[3][4][5]

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Ver também

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Referências

  1. Carlos Vieira Cruz (6 de julho de 1967). «Copacabana e o túnel». Correio da manhã, ano LXVII, edição 22776, Segundo Caderno, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 9 de julho de 2020 
  2. Claudia Mesquitta. «Alaor Prata» (PDF). Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 9 de julho de 2020 
  3. «Túnel velho será reaberto dentro de 45 dias». Correio da manhã, ano LXX, edição 23701, página 5/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 22 de julho de 1970. Consultado em 9 de julho de 2020 
  4. «Atenção, trânsito muda hoje com o novo Túnel Velho». Correio da manhã, ano LXX, edição 23818, página 13/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 5 de dezembro de 1970. Consultado em 9 de julho de 2020 
  5. «Túnel Velho abriu, mas trânsito virou confusão». Correio da manhã, ano LXX, edição 23818, página 4/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 7 de dezembro de 1970. Consultado em 9 de julho de 2020 
  6. Nilson Xavier (2015). «O Espigão». Teledramaturgia. Consultado em 9 de julho de 2020 

Ligações externas

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