Tatu-de-rabo-mole
Os termos tatu-de-rabo-mole, cabaçu, cabuçu, tatuaíva e tatuxima são as designações comuns dos tatus do gênero Cabassous Mac Murt..[1] Se dividem em quatro espécies, das Américas Central e do Sul, sendo três delas encontradas no Brasil. Tais espécies contam com até 49 centímetros de comprimento, coloração dorsal marrom-escura ou quase negra, patas dianteiras providas de cinco grandes garras e cauda praticamente nua, coberta por poucas e espaçadas.
Tatu-de-rabo-mole | |
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Cabassous chacoensis | |
Classificação científica ![]() | |
Domínio: | Eukaryota |
Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Mammalia |
Ordem: | Cingulata |
Família: | Chlamyphoridae |
Subfamília: | Tolypeutinae |
Gênero: | Cabassous McMurtrie, 1831 |
Espécie-tipo | |
Dasypus unicinctus |
Etimologia
editar"Tatu-de-rabo-mole" é uma alusão ao fato de parte de sua cauda não estar revestida por placas.[1]
Há diversas etimologias propostas para o nome do gênero Cabassous.[2] O Novo Dicionário da Língua Portuguesa indica que "cabaçu" e "cabuçu" vêm do tupi kawa'su, "caba grande", significando vespa.[3] Essa origem tupi, no entanto, é apontada como mera semelhança fonética.[2] A língua guarani possui caaiguouazou, apontado por alguns como origem do nome, mas estudos recentes indicam que este não é o caso.[2] Já a língua galibi possui o termo kapasi, que é mais condizente como referente ao tatu, de acordo com fontes históricas.[2]
"Tatuaíva", outro nome popular, vem do tupi tatua'iva, "tatu ruim".[1]
Espécies
editar- Cabassous centralis (Miller, 1899) - Tatu-do-rabo-de-pedra
- Cabassous chacoensis Wetzel, 1980 - Tatu-de-rabo-mole-do-chaco
- Cabassous tatouay (Desmarest, 1804) - Tatu-de-rabo-mole-grande
- Cabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) - Tatu-de-rabo-mole-pequeno
Referências
- ↑ a b c FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 653
- ↑ a b c d Rigolon, R.G. (1 de dezembro de 2017). «Revisão etimológica do gênero Cabassous (Cingulata, Chlamyphoridae): os equívocos que os dicionários perpetuam». Edentata: The Newsletter of the IUCN/SSC Anteater, Sloth and Armadillo Specialist Group (18). doi:10.2305/iucn.ch.2017.edentata-18-1.2.en. Consultado em 11 de janeiro de 2025
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.299
- GARDNER, A. L. Order Cingulata. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 1, p. 94-99.