O Teatro Camões é um espaço cultural de Lisboa, Portugal, localizado no Parque das Nações, junto ao Oceanário.

Teatro Camões
Teatro Camões
Informações gerais
Estilo dominante eclético
Arquiteto(a) Manuel Salgado
Geografia
País Portugal
Cidade Lisboa
Coordenadas 38° 45′ 39″ N, 9° 05′ 36″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

História e Enquadramento

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O Teatro Camões foi construído nos anos de 1997-1998, englobado no projecto Expo 98. Foi inaugurado o 26 de Setembre de 1998 com a estreia absoluta da ópera O Corvo Branco de Philip Glass sobre um libreto da escritora portuguesa Luísa Costa Gomes na encenação de Robert Wilson.

Integrou a EXPO'98, hoje "Parque das Nações", e confronta-se com dois edifícios de forte volumetria: o Pavilhão do Conhecimento e o Oceanário de Lisboa.

A sua composição figurativa é simples e dá continuidade aos materiais do espaço público, o que é visível no arranjo exterior junto ao passeio ribeirinho.

Da autoria do Gabinete de Arquitectura Risco, sob a direcção do Arquitecto Manuel Salgado, este edifício tem uma presença forte e simbólica nesta zona da cidade dedicada ao lazer e à fruição dos espaços livres.

Debruçado sobre o Tejo, o teatro desfruta de uma vista ao longo do passeio do Neptuno e da proximidade do Jardim da Água, que lhe fica ao lado.

Após a Expo’98, foi realizado o projecto de ampliação do edifício do Teatro, por forma a dotá-lo de condições para a instalação da sede da Orquestra Sinfónica Portuguesa.

O Teatro Camões, inicialmente integrado no Instituto Português das Artes e Espectáculo ( IPAE) enquanto unidade de extensão artística, foi, nos termos e para os efeitos do disposto no Decreto–Lei nº 354/99, de 3 de Setembro, integrado no Teatro Nacional de São Carlos enquanto unidade de extensão artística para utilização da Orquestra Sinfónica Portuguesa.

O Decreto-Lei nº 88/98, de 2 de Abril, define as unidades de extensão artística como “unidades de produção cultural de carácter artístico e técnico onde se produzem, realizam ou acolhem espectáculos de teatro, música e dança e se programam actividades complementares no domínio artístico e cultural”.

Em 2002 a Companhia Nacional de Bailado assume a programação e gestão do Teatro.

Por Despacho nº 7721/2002, de 13 de Março de 2002, o então Ministro da Cultura, Sr. Dr. Augusto Santos Silva, realizou a transição das responsabilidades jurídicas e financeiras referentes ao Teatro Luís de Camões, do Teatro Nacional de São Carlos para a Companhia Nacional de Bailado, ficando esta última autorizada a assumir, a partir dessa data, a programação e gestão do Teatro Luís de Camões, considerando que a CNB não dispunha de um espaço próprio para apresentação das suas produções.

Em 2003 a Companhia Nacional de Bailado integra definitivamente a gestão do Teatro

Nos termos do Decreto-Lei nº 61/2003, de 2 de Abril, o Teatro Luís de Camões foi integrado na Companhia Nacional de Bailado, tendo em vista a produção e a apresentação dos espectáculos da sua programação, em virtude desta não dispor de um espaço próprio para o efeito, o que vinha a prejudicar a adequada prossecução das suas atribuições pela dependência de espaços de outras estruturas culturais.

A partir desta data compete-lhe realizar a sua gestão, promovendo a sua utilização, a título oneroso ou gratuito, por outras entidades, publicas ou privadas, nos períodos em que não o esteja a utilizar.

O Teatro a gestão é da responsabilidade do OPART – Organismo de Produção Artística, E.P.E.

Em 2024 foi requalificado por 3,5 milhões de euros. No plano foi feita a limpeza e a renovação dos blocos de betão split e o restauro das chapas metálicas das fachadas, elevando a durabilidade e a estética do edifício e realçando as suas linhas arquitetónicas. O plano incluiu ainda melhorias no acesso às coberturas, novos portões automáticos para uma maior segurança do edifício, iluminação noturna redesenhada para garantir visibilidade e segurança através de perfis de iluminação LED embutidos e luzes projetadas na caixa de palco. Internamente, o teatro passou por uma reorganização dos espaços, com uma nova bilheteira onde passou a funcionar uma loja, remodelando o foyer e o auditório, e otimizando bastidores e camarins com novos equipamentos e acessos para pessoas com mobilidade reduzida.[1]

Espaços

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A entrada faz-se por um átrio com um grande envidraçado para o Mar da Palha, em que o espaço exterior e o interior se ligam intimamente e que se articula em dois níveis com duas amplas zonas de pé direito duplo.

Possui três foyers , com 304 metros quadrados no rés-do-chão e 233 metros quadrados no 1º andar , com 2 bares de apoio.

O auditório tem actualmente uma capacidade para 873 lugares.[2]

Ver Visita Virtual no sitio oficial da CNB.

Características Técnicas

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O Teatro Camões possui um tecto técnico sobre toda a plateia, o que permite projectos criativos de utilização deste espaço. O tecto técnico da sala (sobre a plateia) possui 19 metros de largura e 24 metros de profundidade. A caixa de palco possui 26 metros de largura, 19 metros de profundidade e 22,7 metros de altura (do palco à teia). O Fosso de Orquestra possui 16 metros de largura e 5,5 metros de profundidade. Possui uma concha acústica no palco para Orquestra.

Referências

Ligações externas

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