Tebas (Grécia)
Tebas foi uma cidade-estado grega, antiga aliada de Esparta. Aproveitando o enfraquecimento do exército espartano após a Guerra do Peloponeso, rebelou-se e expulsou os exércitos espartanos de seu território (batalha de Leuctra, em 371 a.C.).
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Cidade | ||||
Ruínas da Cadmeia, a fortaleza central da antiga Tebas | ||||
Localização | ||||
Coordenadas | ||||
País | Grécia | |||
Região | Grécia Central | |||
Unidade regional | Beócia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 830 112 km² | |||
• Un. municipal | 321 015 km² | |||
População total (2011) | 6 477 hab. | |||
Densidade | 0 hab./km² | |||
• Un. municipal | 25 845 | |||
• Densidade un. municipal | 0,1 hab./km² | |||
Altitude | 215 m | |||
Fuso horário | EET (UTC+2) | |||
Horário de verão | EEST (UTC+3) | |||
Sítio | www |
Esparta não passaria, desde então, de uma cidade de segunda categoria, limitada na sua ação ao Peloponeso, sobre o qual nunca mais conseguiria restabelecer a sua antiga dominação. Em 377 a.C. Esparta, Atenas e Tebas começaram a lutar entre si, acabando por eliminar as poucas forças que haviam sobrado das antigas cidades-estados, poderosas e independentes. Em 335 a.C., quando os exércitos macedónios invadiram Tebas (Batalha de Queroneia em 338 a.C.) a cidade foi destruída e os tebanos mortos ou escravizados. As cidades gregas não conseguiram resistir, pois encontravam-se seriamente debilitadas por causa da luta interna, caindo sob domínio dos macedônios.
Mitologia
editarA fundação de Tebas
editarCadmus, filho do príncipe da Fenícia, Agenor, foi enviado por seu pai com a missão de recuperar Europa, que havia sido raptada.[1] Como Agenor proibira a volta dos filhos até que Europa fosse encontrada, Cadmo, que havia viajado com sua mãe Teléfassa, desistiu da busca, e se fixou na Trácia.[1]
Quando Teléfassa morreu, Cadmus foi ao oráculo de Delfos perguntar sobre a sua irmã, mas o oráculo disse para ele não se preocupar com ela, e para seguir uma vaca, e fundar uma cidade onde ela caísse de cansaço.[2] Assim ele fez, e encontrou uma vaca, do gado de Pelagon, na Fócida; ele seguiu-a até o local onde mais tarde seria fundada Tebas.[2]
Cadmo mandou seus companheiros buscarem água, mas a fonte era guardada por um dragão, enviado por Ares [3][4] (Pseudo-Apolodoro menciona que algumas versões diziam que o dragão era filho de Ares[2]), que matou quase todos que foram enviados.[2] Indignado, Cadmo matou o dragão,[5][6][2] e semeou os dentes do dragão na terra como uma colheita [6][7][2] da qual nasceram soldados totalmente armados,[7][2] que lutaram até a morte, até que só sobraram cinco,[8][2] quando Equionte, um deles, comandou que eles parassem de lutar.[8] Os nomes destes semeados (espartos) eram Equionte, Udeu, Ctônio, Hiperenor e Peloro.[2] Para propiciar Ares, Cadmo serviu dois ano (equivalente a oito dos anos atuais) a Ares, e depois disso casou-se com Harmonia, a filha da união de Ares com Afrodite.[9]
Reis mitológicos de Tebas
editarOs nomes em itálico são os regentes ou usurpadores, não ocupantes do trono por direito.
- Cadmo, fundador lendário da cidade (de onde Cadmeia) — abdicou em favor do neto Penteu
- Penteu
- Polidoro, filho de Cadmo (genro de Nicteu, irmão de Lico) — morto por Ménades
- Nicteu, regente em nome de seu neto Lábdaco
- Lico, regente em nome de seu sobrinho-neto Lábdaco
- Lábdaco, filho de Polidoro — também morto por ménades
- Lico, regente em nome de seu sobrinho-bisneto Laio
- Anfião e Zeto
- Laio, filho de Lábdaco — morto por Édipo
- Édipo, filho de Laio — abdicou do trono ao descobrir que matara o pai e desposara a própria mãe, Jocasta
- Polínice e Eteocles, filhos de Édipo, em revezamento
- guerra civil entre Polínice e Eteocles; ataque dos sete contra Tebas
- Creonte, usurpador
Referências
- ↑ a b Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.1.1
- ↑ a b c d e f g h i Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.4.1
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 9.10.5
- ↑ Ovídio, Metamorfoses, Livro III, 26-49
- ↑ Ovídio, Metamorfoses, Livro III, 50-94
- ↑ a b Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 9.10.1
- ↑ a b Ovídio, Metamorfoses, Livro III, 95-114
- ↑ a b Ovídio, Metamorfoses, Livro III, 115-130
- ↑ Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.4.2