Tecnologia pré-histórica

tecnologia que antecede a história registrada

A tecnologia pré-histórica é a tecnologia que antecede a história registrada.[1] Qualquer coisa antes dos primeiros relatos escritos de história é pré-histórico, incluindo tecnologias. Cerca de 2,5 milhões anos antes da escrita ser desenvolvida, a tecnologia começou com os primeiros hominídeos que usaram ferramentas de pedra, que eles podem ter usado para criar fogo, caçar, e enterrar seus mortos.[2][3] Pesquisadores reconstritaram projéteis pré-históricos e pontas de sítios antigos e estudaram as qualidades que fariam para uma arma de caça letal[4][5][6]

Idade da Pedra

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 Ver artigo principal: Idade da Pedra

A Idade da Pedra é um amplo período pré-histórico durante o qual a pedra foi amplamente utilizada na fabricação de instrumentos com uma borda afiada, uma ponta, ou uma superfície de percussão.[7][8][9][10]

Paleolítico Inferior

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 Ver artigo principal: Paleolítico Inferior

O período Paleolítico Inferior foi a primeira subdivisão da Idade da Pedra Lascada. Ela abrange o tempo de cerca de 2,5 milhões de anos atrás, quando a primeira evidência de artesanato e uso de ferramentas de pedra por hominídeos aparece no registro arqueológico atual, até que cerca de 300.000 anos atrás.[11] Nesse período o Homo habilis aprendeu a usar o fogo como método de apoio na caça.[12][13]

Paleolítico Médio

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 Ver artigo principal: Paleolítico Médio

O período Paleolítico Médio ocorreu na Europa e no Oriente Médio, durante a qual os neandertais viviam.[14] Os primeiros indícios (Homem de Mungo) de colonização na Austrália datadas de cerca de 40.000 anos atrás, quando os humanos modernos provavelmente cruzaram da Ásia "pulando" de ilha para ilha.[15]

Paleolítico Superior

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 Ver artigo principal: Paleolítico Superior

Durante a revolução do Paleolítico Superior, os avanços na inteligência humana e tecnologia mudou radicalmente com o advento da modernidade comportamental entre 60.000 e 30.000 anos atrás[16]. O período também é caracterizado pela arte rupestre, o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação à natureza. Com esses avanços tecnológicos, foi possível a sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.[17][18]

Mesolítico

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 Ver artigo principal: Mesolítico

O período Mesolítico foi uma época de transição entre os caçadores-colectores do Paleolítico, com início no período Holoceno quente há cerca de 11,6 mil anos e terminando com a introdução da agricultura neolítica, cuja data varia em cada região geográfica[19]. Ferramentas de pedra pequenas chamadas micrólitos, incluindo pequenos bisturis e microburiles, emergiram durante este período[20]

Revolução Agrícola

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 Ver artigo principal: Revolução neolítica

A Revolução Agrícola ou neolítica que caracteriza o movimento na Pré-História, que marcou a transição do nomadismo para a sedentarização do Homo sapiens[21]. No Período Neolítico, as sociedades humanas desenvolveram técnicas de cultivo agrícola e passaram a ter condições de armazenar alimentos. Essa fase deu a passagem do ser humano "de parasita a sócio ativo da natureza"e levou o homo sapiens a se fixar definitivamente em um local e o adaptar às suas necessidades, tendo por base uma economia produtora. O processo de transformação da relação do Homem com os animais e plantas proporcionou um maior controle tecnológico das fontes de alimentação[22].

A arquitetura neolítica incluía casas e aldeias construídas de tijolos de barro e pau a pique e a construção de armazéns, túmulos e monumentos[23]. A manutenção de registros numéricos evoluiu para um sistema de contagem usando pequenos símbolos de barro que começaram na Suméria cerca de 8000 a.C.[24].

Idade do Bronze

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 Ver artigo principal: Idade do Bronze

A Revolução Neolítica foi o último estágio de desenvolvimento tecnológico da Idade da Pedra abrindo a porta para a Idade do Bronze. A Idade do Bronze foi um período da civilização no qual ocorreu o desenvolvimento desta liga metálica, resultante da mistura de cobre com estanho.[25] Iniciou-se no Oriente Médio em torno de 3300 a.C. substituindo o Calcolítico, embora noutras regiões esta última idade seja desconhecida e a do bronze tenha substituído diretamente o período neolítico (popularmente conhecida como Idade da Pedra). Na África subsaariana, o neolítico é seguido da idade do ferro.[26]

Idade do Ferro

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 Ver artigo principal: Idade do Ferro

A Idade do Ferro vem caracterizada pela utilização do ferro como metal, que a partir de 1 200 a.C. começaram a chegar a Europa Ocidental, e o seu período alcança até a época romana e na Escandinávia até a época dos viquingues (por volta do ano 1000). A Idade do Ferro é o último dos três principais períodos no Sistema de Três Idades.

O primeiro exponente tecnológico conhecido do uso do ferro pela fundição e forja se dá na cultura de Noque, na atual Nigéria, por volta do século XI a.C.[27][28][29] Porém se acredita que o ferro meteorítico, uma liga de ferro-níquel, fosse já usado por diversos povos antigos milhares de anos antes da Idade do Ferro, [30][31]

Galeria

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Ver também

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Referências

  1. Toth, Nicholas; Blades, Brooke; Wright, Rita P.; Killick, David (2021). «Prehistoric technology». Access Science (em inglês). doi:10.1036/1097-8542.543250. Consultado em 3 de abril de 2021 
  2. Dobres, Marcia-Anne; Hoffman, Christopher R. (1994). «Social Agency and the Dynamics of Prehistoric Technology». Journal of Archaeological Method and Theory (3): 211–258. ISSN 1072-5369. Consultado em 3 de abril de 2021 
  3. Kennedy, Lesley. «The Prehistoric Ages: How Humans Lived Before Written Records». HISTORY (em inglês). Consultado em 3 de abril de 2021 
  4. Reconstructing an ancient lethal weapon publicado pela Universidade de Washington (2018)
  5. «First Technologies: Fire and Tools [ushistory.org]». www.ushistory.org. Consultado em 3 de abril de 2021 
  6. «As ferramentas na Pré-história. Evolução humana na Pré-história». Mundo Educação. Consultado em 5 de abril de 2021 
  7. escola.britannica.com.br https://escola.britannica.com.br/artigo/Idade-da-Pedra/482586. Consultado em 26 de setembro de 2020  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  8. «Prehistoric humans ate bone marrow like canned soup 400,000 years ago: Bone and skin preserved the nutritious marrow for later consumption». ScienceDaily (em inglês). Consultado em 14 de outubro de 2019 
  9. «Neolithic Vinca was a metallurgical culture». Archaeo News. Reuters. 17 de novembro 2007. Consultado em 25 de janeiro 2011 
  10. «ASA Statement on the use of 'primitive' as a descriptor of contemporary human groups». ASA News. Association of Social Anthropologists of the UK and Commonwealth. 27 de agosto de 2007 
  11. «Lower Paleolithic - an overview | ScienceDirect Topics». www.sciencedirect.com. Consultado em 3 de abril de 2021 
  12. «Paleolithic period | Infoplease». www.infoplease.com (em inglês). Consultado em 3 de abril de 2021 
  13. Dinçer, Berkay (2016). Harvati, Katerina; Roksandic, Mirjana, eds. «The Lower Paleolithic in Turkey: Anatolia and Hominin Dispersals Out of Africa». Dordrecht: Springer Netherlands. Vertebrate Paleobiology and Paleoanthropology (em inglês): 213–228. ISBN 978-94-024-0874-4. doi:10.1007/978-94-024-0874-4_13. Consultado em 3 de abril de 2021 
  14. Pettitt, Paul (2012). The British Palaeolithic : hominin societies at the edge of the Pleistocene world. Mark White. London: Routledge. OCLC 706022656 
  15. 1948-, Miller, Barbara D., (2006). Anthropology. [S.l.]: Pearson/Allyn and Bacon. OCLC 1131544356 
  16. Lieberman, Philip (1991). Uniquely Human. Cambridge: Harvard University Press. p. 162. ISBN 0-674-92183-6.
  17. Rightmire, G. Philip (22 de setembro de 2009). «Middle and later Pleistocene hominins in Africa and Southwest Asia». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (38): 16046–16050. ISSN 0027-8424. PMC 2752549 . PMID 19581595. doi:10.1073/pnas.0903930106. Consultado em 3 de abril de 2021 
  18. Mickelson, E.M.; Nisperos, B.; Layrisse, Z.; Thomas, E.D.; Hansen, J.A. (outubro de 1982). «Comparative study of HLA-Dw8 in three distinct populations». Human Immunology (2). 161 páginas. ISSN 0198-8859. doi:10.1016/0198-8859(82)90096-9. Consultado em 3 de abril de 2021 
  19. «El Mesolítico en Europa». Universidad de Cantabria. Consultado em 4 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 17 de outubro de 2010 
  20. Ian Shaw, Robert Jameson. (2002). A Dictionary of Archaeology. Oxford: Blackwell Publishers. pgs. 394, 396. ISBN 0-631-17423-0.
  21. Ian Shaw, Robert Jameson. (2002). A Dictionary of Archaeology. Oxford: Blackwell Publishers. pp. 422-423. ISBN 0-631-17423-0.
  22. CHILDE, Vere Gordon. A Evolução Cultural do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1978
  23. Ian Shaw, Robert Jameson. (2002). A Dictionary of Archaeology. Oxford: Blackwell Publishers. pp. 72, 390, 422-423, 466. ISBN 0-631-17423-0.
  24. Schmandt-Besserat, Denise. (1997). How Writing Came About. University of Texas Press. p. 102. ISBN 0-292-77704-3.
  25. Dvorsky, George (15 de outubro de 2019). «Desigualdade social, hábitos de casamento e outras pistas sobre a vida na Idade do Bronze são reveladas em novo estudo». Gizmodo Brasil. Consultado em 5 de abril de 2021 
  26. Nolasco, Gláucia (24 de junho de 2015). «Idade do Bronze». Mais Engenharia. Consultado em 5 de abril de 2021 
  27. Miller; Van Der Merwe, 1994; Stuiver; Van Der Merwe, 1968.
  28. Duncan E. Miller; N. J. Van Der Merwe: «Primeros trabajos en metal en el África subsahariana», Revista de Historia de África, 35, págs. 1-36, 1994.
  29. Stuiver Minze; N. J. Van Der Merwe: «Cronología de radiocarbono de la Edad del Hierro en África subsahariana», Current Anthropology, 1968.
  30. Archeomineralogia, p. 164, George Robert Rapp, Springer, 2002
  31. Understanding materials science, p. 125, Rolf E. Hummel, Springer, 2004.(em inglês)
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