Tempestade subtropical Raoni (Invest N1)

décima-quarta tempestade a se formar desde o Furacão Catarina de 2004

Tempestade subtropical Raoni
imagem ilustrativa de artigo Tempestade subtropical Raoni (Invest N1)
Imagem satélite
História meteorológica
Formação 29 de junho de 2021
Dissipação 2 de julho de 2021
Tempestade tropical
1-minuto sustentado (SSHWS/NWS)
Ventos mais fortes 50 mph (85 km/h)
Efeitos gerais
Danos médios
Áreas afetadas Brasil, (Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e Uruguai (Montevidéo e Punta del Este)

Parte da Temporada de ciclones do Atlântico Sul de 2021

A tempestade subtropical Raoni (ou Invest N1) foi um ciclone subtropical que atingiu a costa da América do Sul, entre os dias 28 de junho e 2 de julho de 2021. Foi a décima-quarta tormenta a se formar desde o furacão Catarina de 2004.[1][2]

A trajetória do Raoni

A tempestade não chegou a tocar terra, mas seus ventos chegaram a cerca de 100 km/h em Porto Alegre entre os dias 28 e 29 de junho, sendo que no dia 1º de julho seus efeitos eram sentidos na costa Sudeste do Brasil e na da Bahia.

Controvérsias

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NOAA informara que a tormenta era tropical

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Inicialmente classificado como um ciclone extratropical, no dia 28 de junho os especialistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional NOAA afirmaram que ele é um ciclone tropical, enquanto a Marinha do Brasil e posteriormente o Met Office do Reino Unido o classificaram como subtropical, o que causou polêmica entre os meteorologistas.[3]

Decisão do CHM

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No dia 30 de junho, o Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil, que é o órgão responsável por nomear tormentas (subtropicais ou tropicais) que se formam ou entram em águas brasileiras, manteve a classificação do Raoni como "tempestade subtropical".[4]

Com algumas características de ciclone tropical, como a formação de um olho, o que deixou os meteorologista espantados foi:[5]

  • a formação de um ciclone tropical em pleno mês de junho, em latitudes tão ao Sul, em meio a uma poderosa onda de frio, não era comum;
  • o ciclone se separou da frente fria, com a qual vinha conectado, e passou a se deslocar independente da trajetória do sistema frontal;
  • o Raoni ganhou organização e passou a apresentar convecção ao redor do seu centro de circulação;
  • o sistema formou um olho.

Estragos no Uruguai

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O antecessor de Raoni causou estragos em Punta del Este e em Montevidéo. As rajadas de vento de 104 km/h destruíram árvores e prédios, deixaram o mar revolto e diminuíram muito as temperaturas.[6]

Onda de frio no Brasil em 2021

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 Ver artigo principal: Onda de frio no Brasil em 2021

A tormenta, junto com um outro ciclone extratropical e um vórtice polar derrubaram as temperaturas em quase todos os estados do Brasil. Trouxe neve que caiu nas serras gaúchas, catarinenses e no sul do Paraná[7]

Ver também

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Referências

  1. «[Atualização] NOTA À IMPRENSA SOBRE A FORMAÇÃO DA TEMPESTADE…». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 2 de julho de 2021 
  2. Climatempo. «Sistema raro: tempestade subtropical Raoni | Climatempo». www.climatempo.com.br. Consultado em 2 de julho de 2021 
  3. MetSul | 29/06/2021, Postado por (29 de junho de 2021). «Ciclone na costa chama atenção do mundo e suscita polêmica». MetSul Meteorologia. Consultado em 2 de julho de 2021 
  4. «Cartas Sinóticas | Centro de Hidrografia da Marinha». www.marinha.mil.br. Consultado em 2 de julho de 2021 
  5. MetSul | 29/06/2021, Postado por (30 de junho de 2021). «Ciclone Raoni na costa tem algumas características de furacão e não oferece perigo». MetSul Meteorologia. Consultado em 2 de julho de 2021 
  6. «Ciclone causa estragos no Uruguai e se aproxima do Rio Grande do Sul». MetSul Meteorologia. 28 de junho de 2021. Consultado em 10 de julho de 2021 
  7. «Neve, geada e queda na temperatura. O que esperar na onda de frio no Brasil?». G1. Grupo Globo. 30 de junho de 2021. Consultado em 10 de julho de 2021 – via BBC Brasil