Mestre de campo general
O mestre de campo general constituía um posto de oficial general, existente em vários exércitos da Europa, até ao século XVIII.
Mestre de campo general em vários países
editarFrança
editarNo Exército Francês do Antigo Regime, os mestres de campo generais constituíam os oficiais imediatos dos coronéis-generais das armas de cavalaria e de dragões. As suas funções eram essencialmente honoríficas, mas podiam comandar as tropas de cavalaria ou de dragões nos locais onde se encontrassem.
Portugal
editarEm Portugal, o posto de mestre de campo general foi criado durante o reinado de D. Sebastião.
A partir do período da Guerra da Restauração, os mestres de campo generais constituíam os oficiais generais que exerciam a função de segundo comandante de um governador das armas de uma província ou de um general de um exército em operações. Para além de segundos comandantes, exerciam também a função de comandante da infantaria da província ou do exército respetivo.
Até 1707, os mestres de campo-generais eram coadjuvados por oficiais designados "tenentes de mestre de campo general" (designação frequentemente abreviada para "tenente-general"), altura em que este cargo foi extinto.
Em 1707, as patentes de governador das armas, de general de infantaria e de general de artilharia foram extintas como tal e passaram a ser apenas funções, as quais passaram a ser desempenhadas por oficiais com o posto de mestre de campo general. Na sequência da reorganização da infantaria e da cavalaria do Exército Português, decretada a 15 de novembro de 1707 pelo Rei D. João V, passou a estar estabelecido que os mestres de campo generais portugueses seriam equiparados aos tenentes-generais estrangeiros. Esta equiparação destinava-se a clarificar as hierarquias dentro do exército conjunto inglês, neerlandês e português que estava então empenhado na Guerra da Sucessão de Espanha.
Pelo Decreto de 5 de abril de 1762, o posto de mestre de campo general foi transformado no posto de tenente-general.
A insígnia dos mestres de campo generais era constituída por um bastão. A partir de 1761, passaram a usar nos seus uniformes um distintivo de posto constituído por um galão largo e outro estreito, ambos dourados, bordados nas casacas e nas véstias.
Ligações externas
editar- «SOBRAL, José, Postos e Cargos Militares Portugueses, Audaces, 2008»
- «FREITAS, Jorge P. de, Postos do exército português (17) – o mestre de campo general, Guerra da Restauração, 2009»
- «FREITAS, Jorge P. de, Postos do exército português (16) – o tenente de mestre de campo general, Guerra da Restauração, 17 de Maio de 2009»