Teresa Cárdenas Angulo (Matanzas, 1970) é uma escritora, roteirista, atriz, bailarina e ativista social cubana.[1] É integrante da Associação de Escritores da União de Escritores e Artistas de Cuba.[2]

Teresa Cárdenas
Teresa Cárdenas
Teresa Cárdenas faz palestra no Festival Latinidades durante a mesa: Rotas e Roteiros - Produção Audiovisual e Literatura (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Nome completo Teresa Cárdenas Angulo
Nascimento 1970 (54 anos)
Matanzas
Nacionalidade Cuba Cubana
Ocupação Escritora, roteirista, atriz, bailarina e ativista social
Principais trabalhos Cachorro velho
Prémios Prêmio Casa de las Américas (2005)

A autora escreve romances, contos e antologias que abordam principalmente temas afrodiaspóricos como ancestralidade, negritude e preconceito racial e resistência.[3] É um grande nome da literatura infantojuvenil na América Latina. Sua motivação para tornar-se escritora veio na infância, com a frustração de perceber a ausência de representações de personagens negras nos livros infantis[4]. Além de Cuba, seu país natal, Cárdenas já foi traduzida para vários idiomas e publicada em vários países, como por exemplo Canadá, Estados Unidos, Venezuela, Coreia do Sul, Suécia, Brasil, Alemanha, Espanha e República Dominicana.[5]

Teresa participou de diversos eventos e festivais literários no Brasil, como a FLIP[6], Bienais do Livro[7], Fliaraxá[8] e Festival Latinidades.[9]

Publicado em 1997, Cartas al Cielo (Cartas para Minha Mãe, em português) foi seu livro de estreia.

Biografia

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Atualmente radicada no Rio de Janeiro,[10] Teresa nasceu na província de Matanzas, local onde viveu até sua juventude com sua mãe e seu irmão. A infância da escritora foi humilde, porém também foi marcada pelo refúgio para o mundo dos livros. Ela, sua mãe e seu irmão moravam em um solar, uma espécie de corredor coletivo compartilhado por várias famílias em um único prédio, o que para ela foi uma experiência ao mesmo tempo difícil e formativa.[11]

Desde que aprendeu a ler e a escrever, Teresa se apaixonou pela literatura e começou a escrever suas próprias histórias, inspirada principalmente por poetas cubanos como Georgina Herrera, Rogelio Martínez Furé e Nancy Morejón.[12]

Cárdenas também é mãe solteira de três filhos.[2]

As obras de Teresa Cárdenas se destacam por trazer representatividade negra para a literatura infantojuvenil, com temas sempre relacionados a ancestralidade, valorização e a reivindicação da vida de negros e negras. Além disso, a escritora acredita na importância de tratar sobre temas difíceis e controversos com crianças.[2]

Também é possível notar grande influência da religião santeria e das mitologias africanas na obra de Cárdenas.[12]

  • 1997 - Cartas al Cielo
  • 2005 - Perro Viejo
  • 2001 - Cuentos de Macucupé
  • 2006 - Tatanene Cimarrón
  • 2007 - Cuentos de Olofi
  • 2007 - Pedrito y el Bebé
  • 2007 - Ikú
  • 2008 - Oloyu
  • 2008 - Barakikeño y el Pavo Real
  • 2018 - Madre Sirena

Obras traduzidas para o português

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  • 2010 - Cartas para Minha Mãe
  • 2010 - Cachorro Velho
  • 2017 - Contos de Olófi
  • 2018 - Mãe Sereia
  • 2022 - Awon Baba
  • 2023 - Meu Avô Tatanene

Obras traduzidas para o inglês

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Prêmios

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  • 1997 - Prêmio David[15]
  • 1997 - Premio de la Crítica[16]
  • 1997 - Prêmio da Asociación Hermanos Saíz[16]
  • 2000 - Prêmio Nacional da Crítica Literária[16]
  • 2001 - Prêmio La Edad de Oro[17]
  • 2003 - Prêmio do Concurso Hermanos Loynaz[17]
  • 2005 - Prêmio Casa de las Américas[16]
  • 2005 - Premio de la Crítica[16]
  • 2008 - Crítica Literaria en Literatura Infantil La Rosa Blanca al Libro Integral[17]
  • 2008 - Internacional Latino Book Award a la Mejor Novela de Ficción Histórica[17]

Menções Honrosas

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Referências

  1. Teresa Cárdenas Angulo y sus fábulas afrocubanas para niños. Cubaliteraria, 16 de maio de 2011 (em espanhol)
  2. a b c «Escritora defende que pais falem com filhos sobre tudo: 'mentes deles são mais abertas que as nossas'». GQ. 21 de agosto de 2022. Consultado em 9 de novembro de 2024 
  3. «Mafuá » "Memória, identidade e resistência na literatura latino-americana", entrevista com Teresa Cárdenas». mafua.ufsc.br. Consultado em 7 de novembro de 2024 
  4. Latinidades debate literatura, produção audiovisual e estética da periferia. EBC, 24 de julho de 2015
  5. Pasko, Priscila (2 de abril de 2018). «Teresa Cárdenas: griot dos princípios e finais». Nonada Jornalismo. Consultado em 7 de novembro de 2024 
  6. «Teresa Cárdenas». Flip. Consultado em 9 de novembro de 2024 
  7. «Consciência Negra - Teresa Cárdenas e Elisa Lucinda - TV Câmara». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 9 de novembro de 2024 
  8. «Teresa Cárdenas». 12º. Fliaraxá. Consultado em 9 de novembro de 2024 
  9. Preta, Notícia (12 de novembro de 2023). «Livro de Teresa Cárdenas sobre ancestralidade aborda relação de afeto entre avô quilombola e sua neta». Noticia Preta - NP. Consultado em 9 de novembro de 2024 
  10. Behling, Romar (14 de abril de 2024). «Teresa Cárdenas: "Senti que aqui me sentiria em família"». GAZ - Notícias de Santa Cruz do Sul e Região. Consultado em 9 de novembro de 2024 
  11. Pereira, Marina (31 de dezembro de 2022). «AOS QUE VIRÃO | Entrevista com a escritora cubana Teresa Cárdenas». Sesc São Paulo. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  12. a b Geral, Admin (1 de novembro de 2022). «A África dentro de mim». Quatro cinco um. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  13. O Globo (8 de novembro de 2024). «Tereza Cárdenas, escritora: 'No princípio, o universo era todo branco'». O Globo. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  14. Notícia Preta (11 de dezembro de 2023). Notícia Preta https://noticiapreta.com.br/livro-de-teresa-cardenas-aborda-relacao-entre-avo-quilombola-e-sua-neta/. Consultado em 9 de novembro de 2024  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  15. «Conversa com a escritora cubana Teresa Cárdenas – Instituto de Letras». 9 de outubro de 2018. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  16. a b c d e «Vamos Ler Ed. 14». Comunicação, Cultura e Eventos - Campus GV. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  17. a b c d e f g «Teresa Cárdenas». www.claustrofobias.com (em espanhol). Consultado em 8 de novembro de 2024 

Ligações externas

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