Termocepção refere-se a percepção de um animal das alterações térmicas do ambiente, geralmente incluído no sentido do tato. A sensibilidade térmica aumenta conforme o organismo se adapta a uma temperatura, sendo assim um organismo adaptado ao calor é mais sensível ao frio e adaptado ao frio é mais sensível ao calor, tanto a curto prazo quanto a longo prazo por predisposições filogenéticas (da espécie) ou ontogenéticas (do organismo durante a vida).[1]

Algumas cobras usam receptores térmicos para localizar suas presas

A percepção térmica é fortemente alterada pela temperatura interna do organismo e podem ser alterados por inúmeras doenças. Tanto a febre quanto a hipotermia aumentam muito a sensibilidade ao frio.

Receptores

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As variações térmicas, são discriminadas por pelo menos três tipos de receptores sensoriais: receptores do frio (Corpúsculo de Krause), do calor (Corpúsculo de Ruffini) e ate dor (terminações nervosas livres). Os receptores de dor são estimulados apenas pelos graus extremos de calor ou frio, identificando as sensações de "frio congelante" e de "calor escaldante" com o objetivo de mobilizar o organismo a se esquivar ou se proteger da origem desse estímulo. [2]

Os receptores de frio e de calor estão localizados imediatamente abaixo da pele e espalhados pelo corpo todo inclusive na boca, nariz e orelha. Cada um deles tem um diâmetro estimulatório de 1 milímetro. Na maior parte das áreas do corpo há três a dez vezes mais receptores de frio que receptores de calor. A área mais sensível com 15 a 25 receptores de frio por cm² são os lábios, enquanto os dedos possuem apenas 3 a 5 receptores de frio por cm² e certas áreas mais amplas do tronco possuem menos de 1 receptor de frio por cm². [3]

Ver também

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Referências

  1. CAIO AUGUSTO DE SOUZA NERY, JOSÉ FELIPE MARION ALLOZA, FÁBIO BATISTA (2000) Sensibilidade térmica cutânea: estudo comparativo entre dois métodos de mensuração e proposta de simplificação. Revista Brasileira de Ortopedia
  2. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Fisiologia Humana e Mecanismos das doenças. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986.
  3. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.