Terra Indígena Mãe Maria
A Terra Indígena Mãe Maria é uma terra indígena brasileira, localizada no município de Bom Jesus do Tocantins, no estado do Pará. Regularizada e tradicionalmente ocupada, tem uma área de 62 488 hectares e uma população de 670 pessoas, do povo Gavião Parkatejê e grupos Gavião do Oeste e Gavião da Montanha.[3][4][5] Foi homologada em 20 de agosto de 1986, pelo então presidente José Sarney[4][6] possuindo área de 62.488 hectares.[4] Apresenta como limites os igarapés Flecheiras e Jacundá, afluentes da margem direita do curso médio do rio Tocantins.[3][5] Segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), sua população em 2010 era de 782 habitantes.[7]
Terra Indígena Mãe Maria | |
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Imagem de satélite da Terra Indígena Mãe Maria em 2021. | |
Localização | Região Norte do Brasil |
País | Brasil |
Estado | Pará |
Municípios | Bom Jesus do Tocantins (Pará) |
Área | 62 488 ha[1] |
População | 670 (Funasa, 2010[2]) |
Povos | Gavião Parkatejê |
Status | Regularizada |
Modalidade | Tradicionalmente ocupada |
Os principais povos Gaviões remanescentes encontram-se na Terra Indígena Mãe Maria, aldeados ao longo da BR-222. O Grupo que habita no Km 30 se autodenomina Parakatejê ou Rorokateyê, os que habitam no Km 34 se autodenominam Kyikatejê ou Koykateyê. A primeira aldeia construída na terra indígena também chamada de Kaikoturé, foi inaugurada em julho de 1984, está localizada a cerca de 30 km da cidade de Marabá, o principal núcleo urbano da região, e a 16 km do distrito de Morada Nova e a cerca de um quilometro da rodovia que cruza a reserva.[5]
A terra indígena é cortada por uma linha de transmissão da Eletronorte, originada na Usina Hidrelétrica de Tucuruí e pela Estrada de Ferro Carajás,[5] da Vale, em um trecho de 18 quilômetros.[8] De acordo com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a título de compensação pelos danos sócio-ambientais causados pela presença da estrada de ferro dentro da área indígena, são pagos aos dois povos que habitam a reserva R$ 394 mil por mês.[8] Além disso, a reserva também é cortada pela Rodovia BR-222, numa extensão de 20,8 quilômetros e com abrangência de 80 metros de largura.[6]
Referências
- ↑ «Terras indígenas». Fundação Nacional do Índio. Consultado em 3 de abril de 2014
- ↑ Povos Indígenas no Brasil: 2006-2010 2011, p. 408-10.
- ↑ a b ARHU, Guerreiro Gavião Parkatêjê, Tempo-UFRJ[ligação inativa]
- ↑ a b c Povos Indígenas do Brasil - Caracterização da TI Mãe Maria
- ↑ a b c d http://pib.socioambiental.org/pt/povo/gaviao-parkateje/513
- ↑ a b Decreto Presidencial Nº 93.148, De 20 de agosto de 1986.
- ↑ Povos indígenas do Brasil - Gavião Parkatêjê
- ↑ a b Sindinotícias - Ferrovia da Vale cresce e índios pedem compensação do impacto ambiental
Bibliografia
editar- Beto Ricardo; Fany Ricardo, ed. (2011). Povos Indígenas no Brasil: 2006-2010. São Paulo: Instituto Socioambiental. 763 páginas. ISBN 9788585994853. Consultado em 3 de abril de 2014