Terra e água (em grego antigo: γῆ καί ὕδωρ, transl. ge kai hydor) é uma frase usada pelo historiador grego Heródoto em seus escritos para representar a exigência feita pelos persas às cidades e povos que se rendiam ao seu domínio.

Gravura em preto e branco, no cento se vê um home ajoelhado com uma bandeja de oferenda sendo recebida por um homem seguido de um exército.
Cerimônia de oferenda de terra e água

Utilização nas Histórias de Heródoto

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No livro 4 de suas Histórias, Heródoto menciona pela primeira vez o termo terra e água, na resposta do rei Idantirso dos citas ao rei Dario I.

No livro 5 relata que Dario teria enviado arautos exigindo terra e água do rei Amintas I da Macedônia.

No livro 6 Dario envia arautos por toda a Hélade, exigindo terra e água para o rei.

Interpretação

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A exigência de terra e água simbolizava que aqueles que se estregavam aos persas abriam mão de todos os seus direitos sobre suas terras e os produtos delas. Dar terra e água simbolizava que reconheciam a autoridade persa sobre tudo; até mesmo suas vidas pertencia ao rei dos persas. Negociações então eram realizadas, para especificar as obrigações e os benefícios dos vassalos.

A frase simboliza, mesmo no grego moderno, a rendição incondicional a um conquistador.

De acordo com o historiador atual J. M. Balcer, a importância da terra e da água se devia a serem símbolos do zoroastrismo, religião oficial do Império Aquemênida. "Arautos persas viajavam por toda a Grécia, exigindo o reconhecimento da soberania persa e dos símbolos zoroastristas da terra e da água, as marcas da vassalagem."[1]

Referências

  1. Balcer, J. M. "The Persian Wars Against Greece: A Reassessment", Historia;; 38 (1989) p. 130

Ver também

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Ligações externas

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