Testamento de Boleslau III

O Testamento de Boleslau III foi um ato político de Boleslau III da Polónia, Grão-Duque da Polônia,[1] em que ele estabeleceu regras para a governança do Reino da Polônia pelos seus filhos após a sua morte. Ao fazê-lo, Bolesłau planejou garantir que os seus herdeiros não iriam lutar entre si, e quis preservar a unidade das suas terras sob o controle da Casa dos Piastas. No entanto, ele não teve êxito; logo após a sua morte, seus filhos lutaram entre si e a Polônia entrou no período de fragmentação com duração de cerca de 200 anos.[2]

Fragmentação da Polônia entre os filhos de Boleslau:
  Província da viúva de Boleslau, Salomé, composta da Terra de Lancícia - para ser revertida à Província do Seniorado após sua morte
  vassalos pomeranos do governo da Província do Seniorado

O testamento

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Bolesłau criou o documento por volta de 1115-1118 (entre o nascimento de seu filho Miecislau III, o Velho e a Rebelião de Escarbimir); ele seria promulgado após a sua morte em 1138.[3]

 
A Polônia subdividida em províncias entre os filhos de Boleslau

Boleslau dividiu o país em cinco principados:

A Casimiro II, o Justo não foi atribuída nenhuma província; especula-se que ele nasceu após a morte de Boleslau, ou ele estava destinado à carreira religiosa.

O princípio senhorial estabelecido no testamento declarou que em todos os tempos o membro mais velho da dinastia (o Príncipe Sênior, o príncipe, o grão-duque) teria o poder supremo sobre os demais (Dux, os duques) e era também para controlar uma indivisível "província do Seniorado" (Mazóvia): uma vasta faixa de terra de norte a sul no meio da Polônia, com a Cracóvia (a capital do Reino da Polônia) sua cidade principal. A prerrogativa do sênior também incluía o controle sobre a Pomerânia, um feudo. O sênior era incumbido de defesa das fronteiras, tinha direito a ter tropas nas províncias de outros duques, encarregava-se da política externa, da fiscalização do clero (incluindo o direito de nomear bispos e arcebispos), e da cunhagem de moeda.

Consequências

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O princípio senhorial logo foi quebrado, com a tentativa de Vladislau de aumentar o seu poder e a oposição dos outros duques. Após o sucesso inicial (com a tomada da Terra de Lancícia após a morte de Salomé), ele acabou por ser derrotado, e só com a ajuda do Sacro Império Romano-Germânico conseguiu manter a sua Província da Silésia, perdendo o Seniorado. Isso levou a um período de quase 200 anos de fragmentação feudal da Polônia; aprofundando-se depois da desastrosa Batalha de Legnica, em 1241. Quando Ladislau III, o Baixo foi coroado Rei da Polônia, em 1320, ele teria reinado sobre um domínio menor, com a Pomerânia e a Silésia estando fora da esfera de influência da Polônia.

Ver também

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Referências

  1. Norman Davies,God's Playground, Páginas: xxvii
  2. Norman Davies,God's Playground, página: 60
  3. Norman Davies, God's Playground, páginas: 53 acessado em 7 de janeiro de 2008

Leituras adicionais

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  • Janusz Bieniak, Powstanie księstwa opolsko-raciborskiego jako wyraz przekształcania się Polski w dzielnicową poliarchię, (w:) Sacra Silentii Provintia. 800 lat dziedzicznego księstwa opolskiego (1202-2002), Opole 2003, s. 37-81.
  • Bieniak J., Polska elita polityczna XII wieku, cz. I, (w:) Społeczeństwo Polski średniowiecznej t. II, Warszawa 1982, s. 29-61,
  • Karol Buczek, Jeszcze o testamencie Bolesława Krzywoustego, „Przegląd Historyczny” 60, 1969, z. 4, s. 621-637,
  • Jerzy Dowiat, Polska – państwem średniowiecznej Europy, Warszawa 1968, s. 225-229,
  • Dalewski Z., Władza Przestrzeń Ceremoniał. Miejsce i uroczystość stanowienia władcy w Polsce średniowiecznej do końca XIV w, Warszawa 1996, s. 72-85.
  • Dworsatschek M., Władysław II Wygnaniec, Wrocław 1998, s. 13, 36-51.
  • Sławomir Gawlas, O kształt zjednoczonego Królestwa. Niemieckie władztwo terytorialne a geneza społeczno-ustrojowej odrębności Polski, Warszawa 2000, s. 78-79.
  • Gerard Labuda, Testament Bolesława Krzywoustego, (w:) Opuscula Casimiro Tymieniecki septuagenario dedicata, Poznań 1959, s. 171-194.
  • Labuda G., Zabiegi o utrzymanie jedności państwa polskiego w latach 1138-1146, „Kwartalnik Historyczny” 66, 1959, z. 4, s. 1147-1167,
  • Henryk Łowmiański, Początki Polski, t. VI cz. I, Warszawa 1985, s. 134-165,
  • Karol Maleczyński, Testament Bolesława Krzywoustego (recenzja z: G. Labuda, Testament...), „Sobótka” 16, 1961, z. 1, s. 109-110
  • Natanson-Leski J., Nowy rzut oka na podziały według statutu Bolesława Krzywoustego, „Czasopismo Prawno-Historyczne”, t. 8, 1956, z. 2, s. 225-226.
  • Edward Rymar, Primogenitura zasadą regulującą następstwo w pryncypat w ustawie sukcesyjnej Bolesława Krzywoustego, cz. I „Sobótka” 48, 1993, z. I, s. 1-15, cz. II „Sobótka” 49, 1944, z. 1-2, s. 1-18,
  • Sosnowska A., Tytulatura pierwszej generacji książąt dzielnicowych z dynastii Piastów (1138-1202), „Historia” 5, 1997, nr 1, s. 7-28.
  • Spors J., Podział dzielnicowy Polski według statutu Bolesława Krzywoustego ze szczególnym uwzględnieniem dzielnicy seniorackiej, Słupsk 1978,
  • Teterycz A., Rządy księcia Henryka, syna Bolesława Krzywoustego w ziemi Sandomierskiej, (w:) Mazowsze, Pomorze, Prusy. Gdańskie Studia Historyczne z Dziejów Średniowiecza t. 7, red. B. Śliwiński, Gdańsk 2000, s. 245-269
  • Tadeusz Wojciechowski, Szkice historyczne jedenastego wieku, „Kwartalnik Historyczny” 31, 1917, s. 351 i następna.,