Thamnodynastes rutilus
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A espécie Mesotes rutilus (nome atualizado pela última revisão taxonômica), também conhecida como Thamnodynastes rutilus, foi originalmente descrita como Dryophylax rutilus por Prado (1942). Pertence à família Colubridae e pode ser facilmente identificada através de uma mancha avermelhada na sexta infralabial.[1][2]
Mesotes rutilus | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
![]() Dados deficientes (IUCN 3.1) | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Distribuição geográfica e habitat
editarM. rutilus possui uma ampla distribuição no Brasil, ocorrendo nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. A espécie está associada a cursos d’água e pode ser encontrada tanto em áreas florestais quanto em paisagens abertas de interflúvio. Em Minas Gerais, no Parque Nacional da Serra da Canastra, foi registrada em vegetação arbustiva próxima ao Rio São Francisco, cerca de 1 metro acima do curso d’água (Barros, 2023).[3]
Hábitos e ecologia
editarA espécie apresenta atividade noturna e hábito semi-aquático (França et al., 2008). Sua dieta é baseada principalmente em anfíbios e peixes. Foi observada em ambientes florestais e abertos, mostrando adaptação a diferentes biomas (Franco & Ferreira, 2003; França et al., 2008).[4]
Reprodução
editarMesotes rutilus é uma espécie vivípara, ou seja, dá à luz filhotes já desenvolvidos, sem a deposição de ovos (França et al., 2008).[4]
Comportamento Defensivo e Mimetismo
editarQuando ameaçada, M. rutilus apresenta uma série de comportamentos defensivos que incluem:
- Descarga cloacal
- Ataque com mordida
- Fugas locomotoras
- Triangulação da cabeça
- Ataque falso
- Movimentos erráticos
- Postura em S
- Elevação da porção anterior do corpo (Tozetti et al., 2009).
Ataques com mordida e descarga cloacal foram registrados apenas durante a manipulação do animal, sugerindo que esses comportamentos são utilizados como mecanismo defensivo extremo contra predadores (Tozetti et al., 2009).[2]
Estudos indicam que M. rutilus pode mimetizar serpentes do gênero Bothrops, que são altamente peçonhentas. O comportamento defensivo semelhante, aliado à coloração críptica, sugere que esse mimetismo pode desencorajar ataques de predadores, uma estratégia já observada em outros estudos com serpentes (Sazima, 1988; Araújo & Martins, 2006; Dell’Aglio et al., 2012).[2]
Status de conservação
editarA espécie é classificada como Dados Deficientes (DD) na lista de espécies ameaçadas do estado de São Paulo, devido à escassez de informações sobre sua biologia e distribuição (São Paulo, 2008).[4]
Importância e necessidade de estudos
editarMesotes rutilus é uma serpente pouco conhecida, e há lacunas significativas em seu estudo, especialmente no que se refere à sua biologia, ecologia e distribuição. Dados adicionais são fundamentais para estratégias de conservação, manejo da espécie e possíveis programas de reprodução em cativeiro (Tozetti et al., 2009).[2]
Referências
- ↑ Franco, Francisco. «Descrição de uma nova espécie de Thamnodynastes Wagler, 1830 (Serpentes, Colubridae) do nordeste brasileiro, com comentários sobre o gênero». Consultado em 10 de fevereiro de 2025
- ↑ a b c d Guedes, Jhonny José Magalhães; Assis, Clodoaldo Lopes de; Silva, Douglas Henrique da; Feio, Renato Neves (28 de abril de 2017). «New records and notes on defensive behavior of Thamnodynastes rutilus (Prado 1942)». Neotropical Biology and Conservation (2). ISSN 2236-3777. doi:10.4013/nbc.2017.122.09. Consultado em 15 de fevereiro de 2025
- ↑ Barros, Ana Bárbara. «HERPETOFAUNA DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CANASTRA MINAS GERAIS BRASIL». Consultado em 10 de fevereiro de 2025
- ↑ a b c Condez, Thais Helena; Sawaya, Ricardo Jannini; Dixo, Marianna (março de 2009). «Herpetofauna dos remanescentes de Mata Atlântica da região de Tapiraí e Piedade, SP, sudeste do Brasil». Biota Neotropica: 157–185. ISSN 1676-0611. doi:10.1590/S1676-06032009000100018. Consultado em 15 de fevereiro de 2025