Thomas (movimento)
O Thomas é um giro realizado no solo. Apoiado com as mãos, o ginasta forma um círculo em movimento lançando as pernas ao ar. Porém, sem perder a postura das mesmas, sempre retas e com a mesma abertura.
Executado pela primeira vez pelo ginasta L.J. Larson, natural do Arizona, o movimento fora erroneamente associado ao nome de Kurt[carece de fontes].
História
editarKurt Thomas, (29 de março de 1956 em Miami, Flórida – Estados Unidos) é um ex-ginasta norte-americano, tricampeão do mundo, três vezes vice-campeão do mundo e medalha de bronze em 1978 e 1979.[1]
Kurt entrou para a equipe nacional americana em 1976 para disputar os Jogos Olímpicos de Montreal,[2] no qual executou pela primeira vez o movimento que levou seu nome. Em seguida, ele se tornou o primeiro americano a ganhar um Campeonato Mundial, em 1978. Esperado como o favorito nos Jogos Olímpicos de Moscou em 1980, Thomas não participou, pois o governo americano boicotou esta edição olímpica.[3]
Em 1985, ele foi a estrela do filme Gymcata interpretando um atleta enviado pelo governo americano a uma competição mortal chamada “The game”. O filme ainda é a lembrança de um célebre achado. Em 1996, Thomas casou-se com Rebecca Jones, uma dançarina e tiveram dois filhos. Em 2003, Thomas foi inserido no International Gymnastics Hall of Fame e atualmente a sua esposa dá aulas no Kurt Thomas Gymnastics Training Center em Frisco no Texas.[3]
Análises
editarDescritiva
editarEste elemento, regularmente utilizado no solo para as séries em base de círculos rente ao tablado, teve sua origem como um movimento do cavalo com alças. Ele é uma espécie de derivado do círculo. Trata-se de separar as pernas em vista de obter uma forma de “cúpula”. As pernas não devem se cruzar, portanto é preciso manter uma considerável separação das mesmas.[1]
Técnica
editarO ginasta deve trabalhar sobre duas principais posições[1]:
- Em passagem para trás, a posição de tábua com as pernas separadas.
- Em passagem para frente: bacia em abertura, pernas separadas.
Portanto, o trabalho de fortalecimento técnico resulta destas duas posições de base. Na instrução e na correção técnica, o ginasta deve se esforçar para[1]:
Não modificar a qualidade de seu círculo com pernas fechadas e deve unicamente empregar uma modificação na sua saída de pernas. Na realidade, a maioria dos ginastas tenta compensar a falta da qualidade do círculo de base com uma saída de pernas de boa qualidade - esticadas.
A posição de partida é a que o ginasta deve baixar sua bacia e tentar dar o impulso abrindo as pernas com passagem para frente. Para esta, e na suposição de que o ginasta circula no sentido horário, sua perna direita deve efetuar um longo trajeto o levando na sua posição de bloqueio sobre o lado direito. A primeira passagem a frente constitui uma etapa importante no aprendizado e no domínio do gesto. Efetivamente seguindo a qualidade de seu engajamento inicial, o ginasta deve se estabelecer desde esta primeira passagem à posição ideal das pernas abertas (quase 180º) e a bacia em abertura. Em seguida, a harmonia entre os movimentos das pernas e dos braços, permite manter o giro em abertura, mantendo uma boa postura de realização. A saída do círculo então, é feita com a passagem da perna direita abaixo da esquerda. Ainda, a perna (direita) deve efetuar um longo trajeto permitindo ao ginasta terminar seu círculo em posição de tábua (reto).
Biomecânica
editarO centro de gravidade do ginasta deve efetuar um leve círculo em torno de seus apoios. Esta trajetória deve ser similar a de um círculo clássico já que a saída de pernas não deve mudar os apoios do executante. No nível dos apoios, o ginasta deve tentar acelerar a fixação das mãos e assim manter o afastamento das pernas necessário ao bom resultado técnico e a qualidade estética do elemento.[1]
Muscular
editarO trabalho que existe no nível dos membros superiores reagrupa o conjunto de ações musculares: Nas passagens em apoios faciais e dorsais, passando pelas situações de apoio único sobre as mãos direita ou esquerda, o ginasta deve alternativamente trabalhar em anti-pulsão (parte baixa), retro-pulsão, em abduction (movimento que esconde um membro ou uma parte não importando o plano médio do corpo), em adduction (movimento que aproxima um membro do plano que consegue visualizar o corpo).[1]
A partir desta função nota-se que o círculo de Thomas é antes de tudo um elemento de apoio, de braços. O trabalho de equilíbrio e o trabalho dos músculos nesta parte do corpo é uma das chaves para um bom resultado. Por fim, o conjunto da corrente abdominal (grande direita, transversal, oblíquo) é fortemente necessário no trabalho de conservação da postura como esta de colocação das pernas. Como pré-requisito ainda ressalta-se a flexibilidade, como contribuinte para que se mantenha as pernas separadas.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g «Le cercle Thomas au sol» (em francês). GymaWeb. Consultado em 16 de fevereiro de 2009
- ↑ «Kurt Thomas –USA» (em inglês). IGNF. Consultado em 16 de fevereiro de 2009
- ↑ a b «Kurt Thomas Biography» (em inglês). Kurt’s website. Consultado em 16 de fevereiro de 2009
Ver também
editarLigações externas
editar- «Federação Internacional de Ginástica» (em inglês)