Tipos de dentição em serpentes

Os diferentes tipos de dentição em serpentes possibilitam a diferenciação das espécies peçonhentas das não-peçonhentas.[1]

As serpentes podem apresentar quatro tipos de dentição: áglifa, opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa.

Áglifa

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Tipo de dentição característica das serpentes sem aparelho inoculador de peçonha. Os dentes são maciços e sem canal inoculador de peçonha. todos são semelhantes em forma e muitas vezes em tamanho. Quando os dentes variam em tamanho, como em algumas serpentes comedoras de pássaros, não variam em forma.

Algumas serpentes com dentição áglifa possuem veneno, porém, por não possuirem presas inoculadores, não são peçonhentas. Em caso de acidente, trata-se apenas de uma mordida e as complicações são provenientes de possíveis infecções na ferida e não do veneno.[2]

Estas serpentes atacam, geralmente, por constrição. Exemplos: sucuri, jiboia, pítons, etc.

Opistóglifa

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Tipo de dentição característica de determinadas espécies de serpentes, cujos dentes inoculadores de peçonha se encontram na parte anterior do maxilar superior, apresentando, assim, perigo altamente reduzido para o homem. Dentição característica de alguns membros da família Colubridae como a muçurana, falsas corais.

Proteróglifa

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Tipo de dentição característica das serpentes da família Elapidae como as corais-verdadeiras e as najas. Serpentes com dentição Proteróglifa têm a cabeça um pouco mais curta e poucos dentes.[2] Apresentam dois dentes inoculadores de peçonha na parte posterior do maxilar superior, de caráter marcadamente forte, não retráteis.

Solenóglifa

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Dentição característica das serpentes da família Viperidae. Os membros desta família possuem dois dentes retrácteis, inoculadores de uma potente peçonha de caráter neurotóxico, hemotóxico e ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar superior. Dependendo da espécie, a peçonha é mais ou menos forte, sendo normalmente o suficiente para ser fatal ao ser humano. Os dentes inoculadores são projetados para fora durante o ataque, permitindo ao animal inocular uma quantidade de peçonha maior do que uma serpente da família das proteroglifas. Isso agrava ainda mais a conseqüência da mordida. Exemplos: cascavel, jararaca, surucucu, urutu, etc.

Referências

  1. «O fantástico mundo das serpentes». Saúde Animal. Consultado em 15 de abril de 2012 
  2. a b «A dentição das serpentes». Tudo sobre animais. 27 de junho de 2021. Consultado em 11 de novembro de 2022 

Ligações externas

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