Toby Ord

filósofo australiano

Toby David Godfrey Ord (Austrália, 1979[1]) é um filosofo australiano. Em 2009 ele fundou a sociedade internacional Giving What We Can, onde os membros se comprometem a doar pelo menos 10% de suas receitas para caridades e é uma figura chave no movumento altruísmo eficaz, que promove a utilização da razão e evidência para ajudar a melhorar as vidas dos demais o máximo possível.[2] Ele é um Senior Research Fellow no Future of Humanity Institute da Universidade de Oxford, onde foca na questão de risco existêncial.[3] Seu livro explorando o assunto, The Precipice: Existential Risk and the Future of Humanity foi publicado em março de 2020.[4]

Toby Ord
Toby Ord
Ord em 2019
Nome completo Toby David Godfrey Ord
Nascimento 1979 (45 anos)
Melbourne, Austrália
Cônjuge Bernadette Young
Alma mater
Empregador(a)
Escola/tradição Filosofia ocidental
Principais interesses
Ideias notáveis
Página oficial
www.tobyord.com
Tese Beyond Action: applying consequentialism to decision making and motivation (2009)

Educação e carreira

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Ord estudou na Universidade de Melbourne, onde inicialmente estudou ciência de computação. Após completar seu primeiro curso, mudou para filosofia com o objetivo de seguir seu interesse por ética.[5]

Em sua graduação, Ord foi para a Universidade de Oxford, onde obteve um PhB [en] e um PhD em filosofia. Tendo enviado sua tese de doutorado, "Beyond Action: applying consequentialism to decision making and motivation", Ord foi mantido como um pesquisador júnior no Balliol College.[6]

Desde 2014 Ord tem feito parte do Future of Humanity Institute, onde tem a posição de "Senior Research Fellow"[3][7] e descreve o foco de sua pesquisa como envolvendo "as grandes questões que a humanidade enfrenta".[8] Ele é um fiduciário do Centro por Altruísmo Eficáz[9] e da organização não lucrativa 80,000 Hours, que pesquisa carreiras com o maior impacto social e oferece conselhos baseados em suas pesquisas.[10]

Pesquisa

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Ética

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O trabalho de Ord foca-se primariamente em filosofia moral. Em ética aplicada, ele já trabalhou com bioética, as exigências da moralidade a definição das prioridades globais. Ele também realizou contribuições relacionadas com a saúde global como um conselheiro da terceira edição do Disease Control Priorities Project [en].[11]

Risco existêncial

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Seu interesse principal é a área de risco existêncial. Seu livro sobre o assunto, The Precipice, foi publicado em março de 2020.[4] The New Yorker caracteriza a motivação de Ord na seguinte forma:[12]

A preocupação com o risco existêncial parecia, para Ord, a próxima expansão lógica de um circulo moral em expansão. Se podemos aprender a valorizar as vidas de outras pessoas em outros lugares e circunstâncias da mesma forma que a nossa, então podemos fazer o mesmo com pessoas localizadas no futuro. Essas pessoas, cuja qualidade de vida e a própria existência será intimamente afetada por nossas escolhas, importam tanto quanto nós.

Hipercomputação

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Ord escreveu artigos sobre a viabilidade e potencial da hipercomputação, um modelo de computação que pode ter resultados que não são compatíveis com Turing, tais como uma máquina capaz de resolver o problema da parada.[13]

Giving What We Can

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Em 2009, Ord lançou o Giving What We Can, uma sociedade internacional onde os membros se comprometem a doarem pelo menos 10% de sua renda para as caridades de melhor custo-eficiência. A organização é alinhada e parte do movimento do altruísmo eficaz. Giving What We Can não apenas procura encorajar que as pessoas doem para a caridade, mas também sublinha a importância de doar para aquelas de melhor custo-eficiência,[14] argumentando que "a pesquisa mostra que algumas são até 1,000 vezes mais eficientes que outras."[15] Em fevereiro de 2020, Giving What We Can havia atingido a marca de 4,500 membros, que doaram mais de $1,5 bilhão para caridade.[16]

Inicialmente Ord decidiu que o teto de sua renda seria de £20,000 por ano e que doaria todo o excesso para caridades de melhor custo-eficácia. Um ano depois ele desceu o teto para £18,000.[17] Este limite cresce anualmente com a inflação.[18] Em dezembro de 2019 ele havia doado £106,000, ou 28% de sua renda.[19] No decorrer de sua carreira ele espera doar um total de £1 milhão.[20]

Vida pessoal

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Ord vive em Oxford com sua esposa, Bernadette Young, uma médica.[12][21] Young também faz parte do Giving What We Can.[20]

Bibliografia

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Livros

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Artigos selecionados

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Referências

  1. «Toby Ord. "A probabilidade de não sobrevivermos no próximo século é de uma em seis"». 5 de setembro de 2021. Consultado em 30 de junho de 2022 
  2. «Hachette Book Group, Toby Ord». Hachette Book Group. 9 de julho de 2019. Consultado em 7 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 7 de fevereiro de 2020 
  3. a b «Future of Humanity Institute, Team». Future of Humanity Institute. Consultado em 7 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 24 de dezembro de 2019 
  4. a b The Precipice: Existential Risk and the Future of Humanity. [S.l.]: Hachette. 9 de julho de 2019. Consultado em 23 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 7 de fevereiro de 2020 
  5. «Giving What We Can, Our Members». Giving What We Can. Consultado em 9 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 27 de março de 2012 
  6. «Toby Ord CV» (PDF). Consultado em 9 de dezembro de 2012 
  7. «Toby Ord CV» (PDF). Consultado em 23 de fevereiro de 2020 
  8. «Toby Ord». Consultado em 21 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 24 de dezembro de 2019 
  9. «Centre for Effective Altruism, Team». Centre for Effective Altruism. Consultado em 7 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 29 de abril de 2019 
  10. «80,000 Hours, Meet The Team». 80,000 Hours. Consultado em 7 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 29 de abril de 2019 
  11. Hutchinson, Michelle (13 de maio de 2014). «Toby Ord and DCP3». Giving What We Can. Consultado em 30 de junho de 2022. Cópia arquivada em 14 de maio de 2014 
  12. a b Purtill, Corinne (21 de novembro de 2020). «How Close Is Humanity to the Edge?». The New Yorker (em inglês). Consultado em 27 de novembro de 2020 
  13. «Search | arXiv e-print repository» 
  14. Tina Rosenberg (5 de dezembro de 2012). «Putting Charities to the Test». The New York Times. Consultado em 22 de junho de 2014 
  15. «Giving What We Can, Recommended Charities». Giving What We Can. Consultado em 9 de dezembro de 2012 
  16. «Giving What We Can». Giving What We Can. Consultado em 18 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 7 de fevereiro de 2020 
  17. Javier Espinoza (28 de novembro de 2011). «Small sacrifice, big return». The Wall Street Journal. Consultado em 22 de junho de 2014 
  18. Luke Freeman (28 de maio de 2021). «How much money should we donate to charity?». Giving What We Can. Consultado em 28 de maio de 2021 
  19. «This man has donated at least 10% of his salary to charity for 10 years running». Vox. Consultado em 21 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 2 de dezembro de 2019 
  20. a b «Toby Ord: Why I'm giving £1m to charity». BBC. 13 de dezembro de 2010. Consultado em 23 de fevereiro de 2020 
  21. Susanna Rustin (24 de dezembro de 2011). «The Saturday interview: Toby Ord and Bernadette Young on the joy of giving». The Guardian. Consultado em 22 de junho de 2014 

Ligações externas

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