Torre de Hércules
outubro de 2016 foi marcada para revisão devido a incoerências ou dados de confiabilidade duvidosa. |
A Torre de Hércules localiza-se no extremo Norte da península corunhesa, a cerca de 1600 metros do centro da cidade da Corunha, na Galiza, Espanha.
Torre de Hércules ★
| |
---|---|
Torre de Hércules | |
Critérios | iii |
Referência | 1312 en fr es |
País | Espanha |
Coordenadas | 43° 23,14′ N, 8° 24,39′ O |
Histórico de inscrição | |
Inscrição | 2009 |
★ Nome usado na lista do Património Mundial |
Torre de Hércules | |
---|---|
Informação geral | |
Coordenadas | 43° 23,14′ N, 8° 24,39′ O |
Sítio | Corunha |
Localização | Corunha, Espanha |
País | Espanha |
Corpo de água | Oceano Atlântico |
Luz característica | Fl(4) W 20s, [(L 0 3 oc 3 0)3 veces]L 0 3 oc 9 8 |
Alcance | 23 milha náutica |
Altura | 49 metro |
Altura focal | 106 metro |
Construção | século I |
Códigos internacionais | |
№ internacional | D1704 |
№ da NGA | 113-2548 |
Online List of Lights | 11944 |
№ da ARLHS | SPA276 |
GeoNames | 10281499 |
Monumento nacional, é o mais antigo, ilustre e representativo da Corunha, e o elemento principal do seu escudo. É o único farol romano que existe no mundo e que continua a cumprir a sua função.[1]
História
editarA torre foi construída na cidade de Brigâncio, no século II, durante os mandatos dos imperadores Trajano e Adriano, pelo arquitecto Gaio Sévio Lupo,[2] natural da cidade de Emínio (atual Coimbra) na Lusitânia, e tinha como função servir de farol de navegação.
A torre terá perdido o seu uso marítimo possivelmente durante a Idade Média, quando foi convertida em fortificação.
Em 1682, o duque de Uceda incumbiu o arquitecto Amaro Antune da restauração da estrutura. Este construiu uma escada de madeira que atravessa as abóbadas para a parte superior, onde dispôs as pequenas torres que suportam o farol.
Foi no reinado de Carlos IV de Espanha que ficou completa a sua reconstrução, tendo os trabalhos sido iniciados em 1788. A obra neoclássica terminou em 1791 sob a direcção de Eustaquio Giannini.
Em 27 de junho de 2009 foi classificada como Património da Humanidade pela UNESCO.
Características
editarA torre era, antes da reforma, um corpo prismático com base quadrada, apresentando no exterior um muro de pedra com duas portas na parte baixa e janelas assimétricas que chegavam ao piso superior.
Após as reformas, passou a constituir-se numa torre e num farol. De planta quadrada, ergue-se a uma altura de 68 metros. O conjunto é constituído por três corpos: o inferior, de base quadrada com 11,60 metros de largura e 34,60 metros de altura; um intermédio, de menores dimensões, de secção octogonal; e um terceiro, menor ainda, também de secção octogonal, que suporta a construção cilíndrica em vidro que protege a lanterna do farol.
Ao subir os seus 242 degraus, pode-se apreciar a vista panorâmica da linha de costa e do oceano Atlântico.
Lendas
editarHá várias lendas locais relacionadas à sua construção. Uma delas conta que Hércules chegou de barco às costas que rodeiam actualmente a torre e que foi, precisamente ali, o lugar onde enterrou a cabeça do gigante Gerião, depois de o vencer em combate.
Gerião, rei de Brigâncio, era um tirano que obrigava os seus súditos a entregarem a metade dos seus bens, incluindo os seus filhos. Um dia decidiram pedir ajuda a Hércules. Este derrotou o rei, enterrou-o, e levantou, à guisa de túmulo, a Torre de Hércules; esta lenda está representada no escudo de Corunha.
Outra lenda, esta de origem Irlandesa e constante do "Livro das Invasões da Irlanda", apontaria Breogán, líder do mítico Povo Milesiano que colonizou a Irlanda, como construtor da alta torre.[3] De acordo com a mesma lenda, Ith, filho de Breogán, teria avistado a Irlanda pela primeira vez do alto da mítica Torre de Breogán.
Galeria
editarReferências
- ↑ Tower of Hercules - UNESCO World Heritage Centre
- ↑ «Investigaciones sobre la fundación de la torre llamada de Hércules, situada a la entrada del puerto de La Coruña». Arquivado do original em 17 de dezembro de 2007
- ↑ QUINTINO, Claudio Crow. O Livro da Mitologia Celta. São Paulo: Hi-Brasil Editora, 2002. p. 49.