Três Críticos do Iluminismo: Vico, Hamann, Herder

Três Críticos do Iluminismo: Vico, Hamann, Herder (título original em inglês: Three Critics of the Enlightenment: Vico, Hamann, Herder) é uma colectânea de ensaios sobre a história da filosofia pelo filósofo e historiador das ideias Isaiah Berlin que viveu no século XX. Editada por Henry Hardy e lançada postumamente em 2000, a colectânea reúne as seguintes obras publicadas anteriormente: Vico and Herder: Two Studies in the History of Ideas (1976) – um ensaio sobre os pensadores contrailuministas Giambattista Vico e Johann Gottfried Herder – e The Magus of the North: J. G. Hamann and the Origins of Modern Irrationalism (1993), respeitante ao irracionalista Johann Georg Hamann.

Three Critics of the Enlightenment: Vico, Hamann, Herder
Vico, Hamann, Herder.gif
A primeira edição de 2000 capa dura
Autor(es) Isaiah Berlin
Idioma Inglês
Gênero Filosofia
Editora Pimlico
ISBN 0-7126-6492-0

O início do interesse de Berlin pelos críticos do Iluminismo surgiu através da leitura das obras do historiador marxista das ideias Georgi Plekhanov.[1]

Vico e Herder são retratados por Berlin como alternativas para a epistemologia do racionalismo, que caracteriza o iluminismo. Sugerindo que de facto pode ser melhor teorizar ousadamente do que envolver- se em projetos delimitados, Berlin caracteriza a "imaginação criativa" e a "reconstrução imaginativa de formas de vida", em Vico e Herder como críticas legítimas do racionalismo científico e do Iluminismo...Na teoria, bem como na arte, a imaginação representa uma alternativa à árida racionalidade [2] Berlin sustenta que a agenda do Iluminismo pode ser entendida de vários modos, e que analisá-la a partir das perspectivas dos seus críticos (ou seja, os Senhores Vico, Herder e Hamann) permitia apresentar com nitidez os seus aspectos distintivos e controversos.[3]

Três Críticos foi uma das muitas publicações de Berlin sobre o Iluminismo e os seus inimigos o que muito contribuiu para a vulgarização do conceito de movimento do contrailuminismo que ele caracteriza como relativista, antirracionalista, vitalista e orgânico,[4] e que ele associava estreitamente ao Romanticismo alemão.

Berlin identifica Hamann como um dos primeiros pensadores a conceber a cognição humana como linguagem – a articulação e o uso de símbolos. Berlin considerou Hamann como tendo reconhecido como falácia racionalista cartesiana a noção de que existem ideias "claras e distintas" "que podem ser contempladas por uma espécie de olho interno", sem o uso da linguagem.[5] Herder, que cunhou o termo Nazionalismus (nacionalismo), é retratado por Berlin como tendo concebido a nação como uma "cultura do povo", a maneira de vida única de um determinado povo, coeso por laços de parentesco e por vínculos à terra, definida pela sua história única.[6]

História da publicação (em inglês)

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Referências

  1. Cherniss, Joshua; Hardy, Henry (1 de fevereiro de 2008). Isaiah Berlin. [S.l.: s.n.] 
  2. Password, F. (2006). «Secularism, Criticism, and Religious Studies Pedagogy». Teaching Theology & Religion. 9 (4): 203–210. doi:10.1111/j.1467-9647.2006.00285.x. Suggesting in effect that it can be better to theorize boldly than to engage in circumscribed projects, Berlin characterizes the "creative imagination" and "imaginative reconstruction of forms of life" in Vico and Herder as legitimate criticisms of scientific rationalism and the Enlightenment…In theory as well as in art, imagination represents an alternative to arid rationality. 
  3. McGrath, A.E. (2001). A Scientific Theology: Nature. 1. [S.l.]: Edinburgh; New York: T\&T Clark. ISBN 0-567-03122-5 
  4. Darrin M. McMahon, "The Counter-Enlightenment and the Low-Life of Literature in Pre-Revolutionary France" Past and Present No. 159 (May 1998:77-112) p. 79 note 7.
  5. Bleich, D. (2006). «The Materiality of Reading». New Literary History. 37 (3): 607–629. doi:10.1353/nlh.2006.0000. Consultado em 19 de junho de 2008 
  6. Cosgrove, Charles (2005). W.B. Eerdmans Pub. Co, ed. Cross-Cultural Paul. Grand Rapids: [s.n.] ISBN 0-8028-2843-4 
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