Travessia São Luís–Alcântara
A Travessia São Luís–Alcântara é um sistema de embarcações do tipo balsa que faz o transporte de pessoas e veículos entre os municípios de São Luís e Alcântara, no Golfão Maranhense.
Atualmente, a ilha de Upaon Açu possui uma única ligação via transporte rodoviário, através da ponte Marcelino Machado sobre o Estreito dos Mosquitos, na BR-135, sendo o transporte por ferry-boat uma alternativa para quem deseja fazer a travessia entre a ilha e o continente, além de ser a única que permite o transporte de veículos sobre embarcações.[1]
Histórico
editarA travessia por balsas cruzando a Baía de São Marcos foi inaugurada nos anos 1970. As viagens pelos ferry-boats, veículos maiores e mais modernos, começaram a ser feitas em 1988 e, em 2018, completaram 30 anos, transportando pessoas, veículos leves, ônibus, caminhões e mercadorias entre as duas cidades.
A travessia se caracteriza por ser a ligação mais curta para o escoamento de produtos para a Baixada Maranhense, além de ser uma importante alternativa de ligação entre São Luís e Belém.[1]
Possui aproximadamente 20 quilômetros, que são percorridos em pouco mais de 1 hora e meia pelas balsas. O serviço também beneficia cerca de 35 municípios e 2,5 milhões de habitantes que residem nestes locais. O uso da embarcação reduz a viagem São Luís/Baixada Maranhense em até 350 km.[1]
O serviço pode ser uma opção economicamente viável em comparação ao uso da BR-135, reduzindo os custos de manutenção da via, os congestionamentos e consequente poluição.[1]
Administração
editarA Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) administra o Porto do Itaqui e os Terminais de Ferryboat da Ponta da Espera, em São Luís, e Cujupe, no município de Alcântara. É responsável por:[2]
- Infraestrutura dos terminais (acesso, rampas e instalações físicas, elétricas e sanitárias)
- Preservação ambiental nas áreas dos terminais e entorno
- Segurança portuária em terra
A Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana (MOB), criada em 2015, é responsável pelo planejamento, coordenação, concessão, permissão, autorização, regulamentação, inspeção e fiscalização dos serviços públicos de transporte aquaviário intermunicipal de passageiros, cargas e veículos.[2]
Também ocorre a fiscalização pela Capitania dos Portos.[2]
Atualmente, quatro empresas marítimas do Maranhão fazem essa travessia: a Servi-porto, a Internacional Marítima,[2] a Henvil e a Banav.
Frota
editarNa década de 1990, o único ferry a ligar São Luís e o Cujupe era o "Itaúna" da Internacional Marítima, inaugurado em setembro de 1995. Hoje, várias outras embarcações fazem a mesma travessia.
Para o transporte de passageiros e cargas, a Servi-porto possui: Ferry-Boat Tutóia, Ferry-Boat Baía de São José e Ferry-Boat Araioses, com capacidade para mais de 1000 passageiros e 70 veículos, em média, por embarcação.[3]
A Internacional Marítima possui o: Ferry Boat Alcântara, Ferry Boat Baía de Marcos I, Ferry Boat Cidade de Cururupu e Ferry Boat Cidade de Pinheiro, além do Ferry Boat Itaúna.[4]
A Henvil possui o: Ferry Boat São Gabriel.[5]
A Banav possui o: José Humberto
Diariamente, são realizadas 12 viagens no sentido Ponta da Espera-Cujupe e vice-versa, podendo ser feitas viagens extras em dias de maior movimento, como nos feriados, somando até 20 viagens.[6]
Resultados
editarA movimentação nos terminais de ferryboat da Ponta da Espera e do Cujupe, em 2017, foi a maior da história, com 1,8 milhão de passageiros e 371,5 mil veículos.[7]
Cais da Praia Grande
editarTambém é possível fazer a travessia em barcos menores e catamarãs, através do Cais da Praia Grande, na Rampa Campos Melo, no Centro de São Luís (próximo ao Palácio dos Leões), até o Porto de Jacaré–Terminal Hidroviário de Alcântara, em viagens em torno de 1 hora e 20 minutos, com partida conforme a variação da maré.[8]
Projetos Futuros
editarHá um projeto de implantação de uma nova rota, interligando a cidade de São Luís e o município de Icatu, proporcionando a diminuição do tempo de viagem para Barreirinhas e os Lençóis Maranhenses.[9]
Outro projeto é a construção de um atracadouro no Espigão Costeiro da Ponta D'Areia, em São Luís, que teria maior profundidade que o Cais da Praia Grande, que depende da maré alta para o funcionamento das embarcações, permitindo mais viagens ao longo do dia para Alcântara.[10]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c d «Ferry-Boat-Cujupe» (PDF)
- ↑ a b c d Maximize. «Serviços - Ferry-boat». Serviços - Ferry-boat (em inglês). Consultado em 28 de junho de 2018
- ↑ «SERVIPORTO». www.serviporto.com.br. Consultado em 28 de junho de 2018
- ↑ «Internacional Marítima | Internacional Marítima - Frota». internacionalmaritima.com.br. Consultado em 28 de junho de 2018
- ↑ «Henvil Transportes | Henvil Transportes horários, tarifas e estruturas». Consultado em 31 de julho de 2023
- ↑ «Viagens de ferry-boat para o feriado estão quase esgotadas». Jornal O Estado do Maranhão
- ↑ «Em 2017 passaram pela Ponta da Espera e Cujupe 1,8 milhão de...». Maranhão de Todos Nós. 8 de janeiro de 2018. Consultado em 24 de junho de 2018. Cópia arquivada em 24 de junho de 2018
- ↑ «Cais da Praia Grande recebe serviços de sinalização e organização...». Maranhão de Todos Nós. 10 de abril de 2017. Consultado em 30 de junho de 2018. Cópia arquivada em 30 de junho de 2018
- ↑ «Ferryboat terá nova rota | O Imparcial». O Imparcial. 8 de janeiro de 2017
- ↑ OAB-MA. «PROJETO "TRAPICHE DA PONTA D' AREIA" É APRESENTADO NA REUNIÃO DA COMISSÃO DE DIREITO MARÍTIMO, PORTUÁRIO E ADUANEIRO - OAB-MA». www.oabma.org.br. Consultado em 27 de julho de 2018