Jaburu

espécie de ave
(Redirecionado de Tuiuiú)
 Nota: Para a residência oficial do vice-presidente do Brasil, veja Palácio do Jaburu.

Jabiru-americano[2], tuiuiú[3] ou jaburu (Jabiru mycteria), também conhecido como tuiuiú, tuiuguaçu, tuiú-quarteleiro, tuiupara, rei-dos-tuinins, tuim-de-papo-vermelho (no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), cauauá (no Amazonas), jabiru (na região Sul do Brasil) e jabiru-americano,[4] é uma ave ciconiforme da família Ciconiidae.[5] É considerado a ave-símbolo do Pantanal e pode ser encontrado desde o México até o Uruguai, sendo que as maiores populações estão no Pantanal e no Chaco oriental, no Paraguai.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaTuiuiú

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Ciconiidae
Género: Jabiru
Espécie: J. mycteria
Nome binomial
Jabiru mycteria
Linchtenstein, 1819
Distribuição geográfica

Em pleno voo, a ave atinge uma envergadura de quase três metros.

Etimologia

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Os termos "jaburu" e "tuiuiú" provêm do tupi îabyru e tuîuîu, respectivamente.[6] "Tuiuguaçu" formou-se a partir da junção de "tuiuiú" e do sufixo de origem tupi -gûasu, "grande". "Tuiupara" é de origem desconhecida.

Taxonomia

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Hinrich Lichtenstein descreveu o jaburu em 1819. O nome jabiru é também usado para se referir a cegonha-de-pescoço-preto (Ephippiornynchus asiaticus), também referido como jabiru-asiático e também a cegonha-de-lombo-preto, de mesmo gênero chamado de jabiru-asiático. As duas espécies são aceitas como os parentes vivos mais próximos do tuiuiú.[7] Atualmente, membro único do gênero Jabiru, é conhecida uma espécie fóssil similar, sendo este o Jabiru condorensis, encontrado na formação Condore do plioceno, perto de Urumaco, na Venezuela.[8]

Descrição

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O tuiuiú ou jaburu é uma ave pernalta, tem pescoço nu e preto e, na parte inferior, o papo também nu mas vermelho. A plumagem do corpo é branca e a das pernas é preta e a ave chega a ter 1,4 metro de comprimento e pesar oito quilogramas. A envergadura (a distância entre as pontas das asas abertas) pode chegar a quase três metros. O bico tem trinta centímetros, é preto e muito forte. O dimorfismo sexual é bem acentuado, com a fêmea sendo, geralmente, entre 20 a 25% menor e menos pesada que o macho. Devido a sua beleza exuberante, chama a atenção de todos os turistas que frequentam o Pantanal.

O habitat do jaburu são as margens dos rios, em árvores esparsas.[5] A fêmea forma seus ninhos no alto dessas árvores com ramos secos, com a ajuda do companheiro. Os ninhos são feitos em grupos de até seis, às vezes junto a garças e a outras aves. A fêmea põe de dois a cinco ovos brancos.

Sua alimentação é basicamente composta por peixes, moluscos, répteis, insetos e até pequenos mamíferos. Também se alimenta de pescado morto, ajudando a evitar a putrefação dos peixes que morrem por falta de oxigênio nas épocas de seca.

Pelagem flavística

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Flavismo é a ausência parcial de melanina, seja a feomelanina (pigmento vermelho ou alaranjado) ou a eumelanina (pigmento preto ou castanho). O indivíduo que apresenta flavismo tem coloração diluída, como é o caso de alguns jaburus.

Referências

  1. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome IUCN
  2. «Ciconiidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024 
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  4. Allen, Robert Porter (1980). O Grande Livro das Aves. [S.l.]: Editorial Verbo. p. 27 
  5. a b Ber van Perlo (2009). A Field Guide to the Birds of Brazil. [S.l.]: Oxford University Press. 480 páginas. ISBN 019974565X 
  6. Navarro, Eduardo de Almeida (2013). Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Global. ISBN 9788526019331 
  7. Hancock & Kushan, Storks, Ibises and Spoonbills of the World. Princeton University Press (1992), ISBN 978-0-12-322730-0
  8. Walsh, S. A.; Sánchez, R. (2008). «The first Cenozoic fossil bird from Venezuela». Paläontologische Zeitschrift. 82 (2): 105–112. Bibcode:2008PalZ...82..105W. doi:10.1007/bf02988402 
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Detalhe para o ninho com mais de 1 metro de diâmetro - MS