Usuário(a):Lumbricusblack/Testes

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAnnelida
Ocorrência: Pré-cambriano - Recente
Lumbricus sp.
Lumbricus sp.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Annelida
Lamarck, 1809
Classes e subclasses
Classe Polychaeta - parafilético?

Classe Clitellata*
    Sub-classe Oligochaeta (minhocas)
    Sub-classe Hirudinea (sanguessugas)
'*'Alguns autores consideram as subclasses dos Clitellata como classe

Annelida (do latim annelus, pequeno anel + ida, sufixo plural) é um filo de animais portadores de metâmeros, segmentados, o qual são divididos em três grupos: Polychaetas (muitas cerdas), Olygochaeta (poucas cerdas) e Hyrudinea (ausência de cerdas). Existem cerca de 15.000 espécies destes indivíduos, entre os ambientes de água doce ou salgada e solos úmidos. Encontram-se anelídeos com tamanhos de menos de 1mm até mais de 3m. Seu corpo e dividido em anéis que dá a característica do filo. Podem ser carnívoros, hemátofogos ou se alimentam de detritos orgânicos. Armazenam o alimento no papo depois trituram na moela. Sua respiração é cutânea. Alguns anelídeos são de importância médica, e outros, como a minhoca, assumem um papel importante na fertilização do solo e aeração, ajudando no desenvolvimento e crescimento de plantas.

Anelídeos

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Annelida

alguns "Scolecida" e "Aciculata"

alguns "Canalipalpata"

Sipuncula, anteriormente um filo separado

alguns "Oligochaeta"

Hirudines

alguns "Oligochaeta"

alguns "Oligochaeta"

Aeolosomatidae[1]

alguns "Scolecida" e "Canalipalpata"

alguns "Scolecida"

Echiura, anteriormente um filo separado.

alguns "Scolecida"

alguns "Canalipalpata"

Siboglinidae, anteriormente um filo Pogonophora

alguns "Canalipalpata"

alguns "Scolecida", "Canalipalpata" e "Aciculata"

Grupos de anelídeos e filos incorporados aos anelídeos (2007; simplificado). [2] (Versión completa.)[3]
Destaque a importantes alterações nas antigas classificações.

Os anelídeos são chamados assim por terem seu corpo dividido em segmentos, ou seja, é dividido em anéis. O animal mais popular do filo dos Annelida, é a minhoca. Mas o filo não é apenas constituído pela minhoca, nele estão inseridos os poliquetas e as sanguessugas. Os anelídeos são divididos em duas classes, que são: Polychaeta e a classe Clitellata que por sua vez é constituída pelas sub-classes Oligochaeta e Hirudinea.[4]

Os anelídeos são animais com corpo alongado podendo ser homônomos (corpo sem muitas modificações)ou heterônomos, com simetria bilateral, segmentado, triblásticos, protostômios e celomados. São dioicos ou hermafroditas, muitos possuem a forma de larva trocófora em seu desenvolvimento, além de possuírem crescimento teloblástico.[5]

Os oligoquetas e os poliquetas possuem celoma grande, mas, nas sanguessugas, o celoma é reduzido a um sistema de estreitos canais (botrioidais)[5] ; em alguns arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O celoma pode estar dividido numa série de compartimentos por septos. Em geral, cada compartimento corresponde a um segmento e inclui uma porção dos sistemas nervoso e circulatório, permitindo-lhes funcionar com relativa independência. Cada segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, sendo coberto por uma cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de músculos longitudinais. Estas características são parcialmente comuns aos nematódeos e aos artrópodes e, por isso, eles foram durante algum tempo colocados no mesmo grupo sistemático, o filo Articulata, mas estudos mais recentes revelaram que essas características devem ser consideradas como convergências evolutivas.

Nas minhocas (Oligochaeta), os músculos são reforçados por lamelas de colágeno sanguessugas (Hirudinea) têm uma camada dupla de músculos, sendo os exteriores circulares e os interiores longitudinais, o músculo oblico se situa entre esses músculos. Os Hirudineas possuem também músculos dorso-vetrais.

A maioria dos anelídeos possui, em cada segmento, um par de cerdas, mas os Polychaeta (minhocas marinhas) possuem ainda um par de apêndices denominados parapódios. Na extremidade anterior do corpo, antes dos verdadeiros segmentos - a cabeça -, encontra-se o protostómio onde podem ser encontrados os olhos e outros órgãos dos sentidos. No segmento seguinte, peristómio, encontra-se a boca. A extremidade posterior do corpo é o pigídio, onde está localizado o ânus e células com capacidade de diferenciação nos diversos tecidos, durante o crescimento. Muitos poliquetos possuem órgãos de sentidos bastante elaborados, mas as formas sésseis muitas vezes apresentam tentáculos em forma de pluma, que eles utilizam para se alimentarem. Para além disso, muitas espécies têm fortes maxilas, por vezes mineralizadas com óxido de ferro.

Os oligoquetas possuem grande importância ecológica, principalmente pela formação do humús e a aeração promovida pelos túneis formados pelo mecanismo de movimentação dos animais.[5]

História Taxonômica e Classificação

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Historicamente, Annelida foi dividida em três classes: oligoquetas, poliquetas e Hirundineos. No entanto, análises moleculares e filogenéticas acabaram por unir Oligochaeta e Hirudinea num mesmo grupo, chamado Clitellata. Dentro da classe Polychaeta, temos a ordem Myzostomida, os representantes dessa ordem se diferem de forma tão acentuada dos outros Polychaetas que alguns autores sugerem que os Myzostomida deviriam constituir uma classe própria.[4]

Respiração, Circulação e Excreção

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As minhocas não apresentam órgãos respiratórios especializados; as trocas gasosas com o ambiente ocorrem através de toda a epiderme (respiração cutânea). Os poliquetos também respiram pela superfície do corpo, podendo ainda ter brânquias nos parapódios. Nas espécies tubícolas, as brânquias concentra-se na região anterior do corpo, projetando-se como um “espanador” para fora do tubo. O sistema circulatatório é fechado, com geralmente dois vasos (Oligochaeta possui três), um dorsal e um ventral que possuem irradiações laterais. Seus vasos podem apresentar pigmentos como hemoglobina, hemoeritrina e clorocruorina. A sua excreção é mediada por meio de nefridióporos, cujas excretas são metabolizadas na maioria das vezes por metanefrídios, ou menos comumente por protonefrídios.[5]

Sistema digestório

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Trato digetivo completo, geralmente com especializações regionais. Anelídeos podem ser predadores, comedores de detritos, parasitas dentre outros. Os hirudíneos possuem cecos intestinas que lhe conferem grande capacidade de armazenamento de sangue, fazendo com que possam ficar muitos dias, até meses sem se alimentar. Alguns poliquetas predadores apresentam probóscide eversível com mandíbulas para a captura do alimento. Oligoquetas possuem células cloragógenas que servem módulos de metabolismo secundário.[5]

Sistema nervoso

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O sistema nervoso geralmente é formado por um cérebro ganglionar que se estende a um gânglio subesofágico com conectivos sub-entéricos que se estende para todo o corpo em forma de gânglios em cada segmento ligados por cordões nervosos.[5]

Em Polychaetas:

O cerébro é dorsal e situado no prostômio, esse cérebro é dividido em três regiões, são elas:

-Região anterior: inervam os palpos.

-Região mediana: inervam os olhos, antenas, tentáculos e faringe.

-Região posterior: inervam os órgãos nucais.

Em Oligochaeta e Hirudineas o cérebro apresenta-se um pouco mais posterior, devido a redução da parte do prostômio, ademais, o sistema nervoso apresenta características parecidas, podendo ocorrer pequenas variações quanto a fusão de gânglios e de cordões nervosos: cordões nervosos quase sempre fusionados (Oligochaeta), e cordões ventrais separados em algumas áreas, porém com os gânglios unidos (Hirudinea).[5]

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Reprodução

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A forma de reprodução dos anelídeos varia de espécie para espécie, podendo ser tanto assexuada como sexuada. Na reprodução sexuada os indivíduos garantem variabilidade genética, inversamente a reprodução assexuada, como o brotamento.

Existem diferenças entre as Classes de Annelida quando se fala de reprodução:

Nos Polychaetas acontecem a reprodução assexuada por Epitoquia onde um átoco categorizado por ser um organismo incapaz de fazer reprodução sexuada dá origem a um organismo capaz de se reproduzir sexuadamente, no caso o epítoco.

A formação do epítoco pode ser por:

Transformação: o átoco se transforma (metamorfose) em um epítoco. (Epigamia).

Brotamento: o átoco brota epítocos em seu corpo.

Os Clitellata são animais hermafroditas. Elas se unem de forma a ficarem os gonóporos masculinos de uma encostados as espermatecas da outra, possibilitando assim a transferência de espermatozoides. Os Clitellata realizam fecundação cruzada, onde os dois indivíduos saem fertilizados. Existe uma diferença porém entre Oligochaeta e Hirudínea: o casulo recebe os gametas, a fertilização ocorre na matriz de albumina dentro do casulo formando os zigotos sendo que poucos chegam à eclosão (Oligochaeta) e fertilização ocorre no gonóporo feminino, os zigotos são transportados para dentro do casulo (Hirudínea).[5]

O casulo contém as reservas nutritivas para o desenvolvimento do embrião, que leva de 14 a 44 dias, com umamédia de 23 dias, ocorrendo então a eclosão das minhocas-filhas.Cada casulo pode dar origem a um número de minhocas que varia de1 a 9, com freqüência média de 3 minhocas por casulo.[6]

Referências

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  • Fundamentos da Biologia moderna : volume único/José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho. 4.ed.- São Paulo :Moderna,2006. Páginas 399,400,401,402,403
  • Barnes, Robert D. Zoologia dos Invertebrados,Editora Rocca São Paulo-SP 1984.
  • Zoologia dos invertebrados/ Ruppert, Edward E.; Barnes, Robert D.: | tradução Paulo M. Oliveira. 6° ed. São Paulo: Editora Roca, 1996.
  • Invertebrados, Brusca, Richard; Brusca, Gary. Tradução Alvaro Esteves Migotto et al.. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
  • Utilização de minhocas na estabilização de resíduos/Aquino, Adriana M.; et al, Embrapa, 1992.
  • Uso das minhocas como bioindicadoras ambientais: princípios e práticas-O 3° encontro latino americano de ecologia e taxonomia de oligoquetas, Brown, George G; Domínguez, Jorge; Acta Zool. Mex.2, 2010
  1. Um grupo de vermes classificado por alguns como poliquetos e por outros como clitelados, ver Rouse & Fauchald (1997): "Cladistics and polychaetes".
  2. Struck, T. H.; Schult, N., Kusen, T., Hickman, E., Bleidorn, C., McHugh, D. e Halanych, K. M. (2007): "Annelid phylogeny and the status of Sipuncula and Echiura". BMC Evolutionary Biology 7: 57. Resumo
  3. Versão completa
  4. a b Brusca, Richard (2007). Invertebrados. Rio de janeiro: Guanabara Koogan. pp. 402 e 403 
  5. a b c d e f g h Brusca, Richard (2007). Invertebrados. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 
  6. Aquino, Adriana (dezembro de 1992). «UTILIZAÇÃO DE MINHOCAS NA ESTABILIZAÇÃO DE RESÍDUOS» (PDF). Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia-CNPAB. Consultado em 22 de abril de 2017