Usuário(a):Mauricio.nrj95/Testes
Design de jogos
editarProcessos de Desenvolvimento de Jogos Digitais
editarO processo de desenvolvimento de jogos digitais é complexo e tem a participação de diversas áreas profissionais. Além das necessidades do desenvolvimento do software, outras área como o enredo, mecânicas de jogo, design de ambiente, design de efeitos sonoros, trilha sonora, design de personagens e interação entre o jogo e o jogador, foram recebendo mais investimentos dos estúdios, trazendo outros profissionais como roteiristas, artistas 3D, ilustradores, animadores e músicos.[1] Não é necessário possuir um grande capital para se criar um jogo, diversos projetos de sucesso foram inicialmente produzidos por uma única pessoa, como o jogo Stardew Valley[2] produzido por Eric Barone. Para produtores independentes, é necessário criatividade e pesquisa com jogadores para produzir jogos com menos recursos.
Com a evolução do mercado de jogos digitais, surgiram ferramentas para auxiliar os desenvolvedores na elaboração de seus jogos. Ferramentas como programas de modelagem 3D, motores para simulação de efeitos gráficos e de luz, motores de jogo e programas para animação. Os motores de jogos são uma das principais ferramentas para fazer todas as simulações necessárias para o funcionamento de um jogos, e os dois principais encontrados no mercado são a Unreal Engine e a Unity.[3]
Vários autores propõem diferentes processos de desenvolvimento de jogos digitais, porém todos concordam que é necessário partir de um conceito de jogo e seguir um processo altamente interativo, pois é necessário entender como o jogo funciona quando jogado desde muito cedo.
Práticas comuns do design de jogos incluem a criação de um Game Design Document, ou a Bíblia do Jogo, o uso de protótipos, inclusive de papel e de baixa fidelidade, preocupação extreme com os testes e metodologias ágeis como Scrum.
Design de Jogos no Brasil
editarNo Brasil, a história do design de jogos vem antes mesmo da chegada dos europeus no continente americano. Povos nativos na região onde atualmente se encontra o Brasil, já produziam jogos como Peteca e Jogo da onça[4], o primeiro jogo de tabuleiro criado no Brasil. Esses jogos além de ser uma forma de entretenimento, muitas vezes também serviam como forma de promover cooperação, senso de estratégia e diversas outras habilidades.
Jogos de Tabuleiro
editarO primeiro jogo de tabuleiro criado no Brasil foi o Jogo da Onça. O jogo foi criado pelos bororos, povo indígena que habita o estado do Mato Grosso. Inicialmente o tabuleiro era feito no chão, com marcações na areia e utilizando 15 pedras ou sementes como peças, onde um das peças representa a onça e as outras 14 representavam os cachorros. Um dos jogadores controla a peça da onça, tendo como objetivo comer pelo menos 6 cachorros. Já o jogador que utiliza os cachorros, tem como objetivo cercar a onça.
No século XX, alguns títulos estrangeiros como Monopoly[5] e Risk foram trazidos para o Brasil, onde foram traduzidos e adaptados para a realidade brasileira. A Estrela foi a responsável pela adaptação do jogo Monopoly, lançando então no mercado brasileiro como Banco Imobiliário[5], que modificava os endereços americanos de seu tabuleiro por bairros brasileiros.
Jogos eletrônicos
editarO primeiro jogo produzido comercialmente no Brasil foi o "Aeroporto 83"[6], produzido por Renato Degiovani e sua primeira edição lançada em 1983 pela revista Micro Sistemas, uma revista especializada em Computador doméstico. O título foi produzido para computadores da linha Sinclair ZX81 e vinha na forma de fita cassete, formato utilizado normalmente para gravação e reprodução de músicas.
Uma pesquisa feita pela PGB (Pesquisa Game Brasil), 74,5% dos entrevistados possuem o habito de jogar jogos eletrônicos, sendo o smartphone a plataforma mais utilizada pra jogar.
A produção e consumo de jogos vem crescendo mundialmente ao longo dos anos, ultrapassando o faturamento de mercados como de cinema e de música[7]. Por mais que o mercado de jogos no Brasil tenha arrecadado cerca de R$ 12 bilhões em 2021, se tornando o 12º maior consumidor do mundo[8][3], a produção nacional de jogos ainda é discreta se comparado à produção em países como Estados Unidos, China e Japão. Como o consumo de jogos no país possui mais engajamento em celulares[1], a produção nacional se concentra nessa plataforma.
Referências
editar- ↑ a b De Oliveira Amélio, Camila (2018). «A Industria e o Mercado de jogos digitais no Brasil» (PDF). sbgames. Consultado em 11 de Fevereiro de 2023
- ↑ Prata, Dori (14 de abril de 2016). «O surpreendente Stardew Valley chega a um milhão de cópias vendidas». Meio Bit. Consultado em 11 de fevereiro de 2023
- ↑ a b «Pesquisa Gamer Brasil 9° Edição Gratuita 2022»
- ↑ «O "Jogo da Onça" – Conexão Escola SME». Consultado em 11 de fevereiro de 2023
- ↑ a b «Monopoly: como jogo inventado para denunciar os males do capitalismo teve efeito oposto». BBC News Brasil. Consultado em 11 de fevereiro de 2023
- ↑ Couto, Lucas (13 de maio de 2017). «Aeroporto 83 (Micro Sistemas, 1983)». Bojogá. Consultado em 11 de fevereiro de 2023
- ↑ «INDÚSTRIA DE GAMES VAI FATURAR SEIS VEZES MAIS DO QUE OS CINEMAS». Insper. 19 de setembro de 2022. Consultado em 11 de fevereiro de 2023
- ↑ «Mercado de games cresce no país e atrai cada vez mais empreendedores». Folha de S.Paulo. 19 de agosto de 2022. Consultado em 11 de fevereiro de 2023