Ecologia é uma palavra que foi usada pela primeira vez em 1869, por Ernest Haeckel. Ele definiu ecologia como “o estudo científico das interações entre os organismos e seu ambiente”. Posteriormente, C. J. Krebs, em 1972, definiu a Ecologia como “o estudo científico das interações que determinam a distribuição e abundância dos organismos”. Mesmo que a palavra ambiente não esteja inserida nesta definição, a ideia faz parte das interações, já que o ambiente consiste nas influências externas exercidas sobre o organismo, podendo ser por fatores abióticos e bióticos. Segundo M. Begon e colaboradores (2007), uma definição atual de Ecologia remete ao “estudo científico da distribuição e abundância dos organismos e das interações que determinam a distribuição e abundância”.[1] Desta forma ao conjunto de organismos que vivem numa determinada área bem como às interacções que se estabelecem entre esses seres vivos e entre eles e o meio designa-se por ecossistema. O meio não vivo que esses seres frequentam designa-se por biótopo. O conjunto dos seres vivos do ecossistema e das relações que entre eles se estabelecem constitui uma comunidade ou biocenose. Desta forma pode dizer-se que o ecossistema inclui o biótopo e a comunidade. Cada conjunto de organismos da mesma espécie, que faz parte de uma comunidade em determinado período de tempo constitui a população.[2]

Populações

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individuo de uma população

Indivíduos de uma mesma espécie que vivem em determinada região formam uma população. Por exemplo: as onças do pantanal formam uma população.[3]

Habitat

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Cisne no seu Habitat Natural

Habitat é o conjunto de circunstâncias físicas e geográficas que oferece condições favoráveis à vida e ao desenvolvimento de determinada espécie animal ou vegetal.

Nicho ecológico
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O nicho é um conjunto de condições em que o indivíduo (ou uma população) vive e se reproduz. Pode se dizer ainda que o nicho é o "modo de vida" de um organismo na natureza. E esse modo de vida inclui tanto os fatores físicos - como a umidade, a temperatura, etc - quanto os fatores biológicos - como o alimento e os seres que se alimentam desse indivíduo.[3]

Competição
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A competição é uma relação ecológica desarmônica que ocorre quando organismos da mesma espécie ou de espécies diferentes competem por um determinado recurso. Por essa razão, essa relação ecológica pode ser intraespecífica ou interespecífica.[4]

Tipos de competições
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  • Competição intraespecífica:
Roedor competindo com aves, competição interespecifica

Relação desarmônica entre indivíduos de espécies diferentes que causa redução na fecundidade, sobrevivência ou crescimento dos indivíduos que interagem

Essa relação ecológica ocorre quando indivíduos de uma mesma espécie competem por um mesmo recurso, como território, alimento, água ou até mesmo luz solar. Um fato interessante é que nessa competição, diferentemente da competição entre indivíduos de espécies diferentes (competição interespecífica), pode ocorrer disputa por parceiros sexuais. É importante destacar que plantas também realizam competição. Indivíduos muito próximos uns dos outros competem, por exemplo, por água e luz, o que pode levar alguns à morte. Para evitar a competição, várias plantas angiospermas desenvolveram mecanismos para garantir a dispersão de suas sementes.[5]

Densidade

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É o numero de indivíduos por unidade de área ou de volume. A densidade pode ser expressa em numero de indivíduos por Km2 (para populações terrestres) ou m3 (para populações aquáticas.

Obs.: Nem sempre é possível calcular densidade, especialmente de micro-organismos.

Quatro fatores influenciam a densidade:

Imigração: Número de indivíduos que, vindos de outras áreas, entram na população;

Emigração: Número de indivíduos que saem da população;

Natalidade: Número de indivíduos que nascem por unidade de tempo;

Mortalidade: Número de indivíduos que morrem.[6]

Medidas de Densidade Absoluta
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  • Contagem total- utilizada em vertebrados e invertebrados, tais como ostras ou mexilhões, ou ainda, em estudos fitossociológicos de plantas de porte arbóreo.
  • Métodos de amostragem- utilizam unidades amostrais que representam a população e cujos dados podem ser extrapolados para a área total a ser considerada.
  • Método dos quadrados- usado com grande freqüência em estudos sobre ecologia vegetal. Conta-se o número de indivíduos em quadrados (ou qualquer outra figura geométrica) com área conhecida. Critérios para o uso deste método:- a população dentro da unidade de amostragem tem que ser estimada exatamente;- a área de cada unidade deve ser estimada com grande precisão e não deve variar;- os quadrados devem ser plotados aleatoriamente
  • Método da marcação e recaptura- Muito usado em vertebrados Também permite estimar as taxas de nascimentos e de mortes, além da densidade de uma população. Tem sido usado com muito sucesso em borboletas, cobras, besouros, peixes e vários vertebrados. No entanto apresenta algumas limitações:- os animais marcados devem ter a mesma taxa de mortalidade que os não marcados, ou seja, a técnica de marcação não deve expor os animais a uma maior taxa de predação;- as marcas não devem desaparecer ou causar equívocos para serem reconhecidas.[7]

Dispersão

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Natalidade
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Mortalidade
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Taxa de crescimento bruto
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Potencial do meio

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Resistência do meio

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Referências

  1. Hernández, Peroni, Nivaldo, Malva Isabel Medina (2011). ecologia de populações. Florianopolis: Biologia 
  2. «ecologia». Atlas mundial. Consultado em 13 de julho de 2017 
  3. a b «Termos utilizados na Ecologia». Só biologia. Consultado em 13 de julho de 2017 
  4. «competição». Biologia net. Consultado em 13 de julho de 2017 
  5. Sardinha, Vanessa. «Relações ecológicas intraespecífica». Biologia net. Consultado em 20 de julho de 2017 
  6. Moniz, Priscilla. «Dinâmica de populações». globo educação. Consultado em 20 de julho de 2017 
  7. Filho, Francisco. «Conceitos em Ecologia: o estudo de Populações, Comunidades e Ecossistemas.» (PDF). UESP. Consultado em 20 de julho de 2017