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Macrobrachium carcinus | |||||||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||||||
Vulnerável [1] | |||||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||
Macrobrachium carcinus (Lineu, 1758) | |||||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||||
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O pitu (nome científico: Macrobrachium carcinus), também popularmente conhecido como pitu, camarão-grande, cavaleiro, cutipaca, lagosta, lagosta-d’água-doce, lagosta-de-são-fidélis, lagostim[3] ou camarão-d'água-doce,[4] é um camarão da família dos palemonídeos (Palaemonidae). É nativa de córregos, rios e riachos da Flórida ao sul do Brasil.[1][5] É a maior espécie conhecida de camarão de água doce neotropical, crescendo até 30 centímetros de comprimento e pesando até 850 gramas,[6] embora espécimes de até 50 centímetros tenham sido relatados.[7][8] É uma espécie importante para a pesca comercial na região do São Francisco, sendo assim um grande auxílio alimentício para a população menos favorecida que habita em regiões de rios e riachos.[9] É onívoro, com uma dieta composta por moluscos, pequenos peixes, algas, serrapilheira e insetos.[10] Tem um corpo bronzeado ou amarelo com listras marrons escuras. Suas quelas são extraordinariamente longas e finas, para facilitar a busca de alimentos em pequenas fendas,[10] e podem ser de cor azul ou verde.[11]
Etimologia
editarMacrobrachium carcinus é um termo oriundo da língua grega, significando "crustáceo de grande braço", através da junção de makrós, á, ón (grande), brachíon, onos (braço) e karkínos, ou (crustáceo).[12] É uma referência às suas grande pinças.[4] Pitu é um termo oriundo da língua tupi, significando "casca escura".[4] Camarão-d'água-doce é uma referência ao meio onde vive.[4] Cutipaca, provavelmente uma alteração de potipaca, deriva do tupi po'tĩ ("camarão") com elemento final de difícil identificação.[13]
Conservação
editarO macrobrachium carcinus é considerado como vulnerável na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN).[1] No Brasil, em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[14] em 2007, como vulnerável na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[15] em 2011 como vulnerável na Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina;[16] em 2014, foi classificado como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;[17] e em 2018, sob a rubrica de "dados insuficientes" na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)[18][19] e vulnerável na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[20]
Referências
- ↑ a b c De Grave, S. (2013). «Macrobrachium carcinus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2013: e.T198003A2508328. doi:10.2305/IUCN.UK.2013-1.RLTS.T198003A2508328.en . Consultado em 24 de abril de 2022
- ↑ «Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758)». Integrated Taxonomic Information System - Report (ITIS). Consultado em 24 de abril de 2022
- ↑ «Pitu». Michaelis. Consultado em 24 de abril de 2022
- ↑ a b c d Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1 342
- ↑ «Macrobrachium carcinus Bigclaw River Shrimp». Encyclopedia of Life. Consultado em 1 de junho de 2012
- ↑ Methil Narayanan Kutty; Wagner C. Valenti (2009). «Culture of other freshwater prawn species». In: Michael Bernard New; Wagner Cotroni Valenti; James H. Tidwell; Louis R. D'Abramo; Methil Narayanan Kutty. Freshwater Prawns: Biology and Farming. Hoboquém, Nova Jérsei: John Wiley & Sons. pp. 502–523. ISBN 978-1-4051-4861-0 Verifique o valor de
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(ajuda) - ↑ «Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758)» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Consultado em 24 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 24 de abril de 2022
- ↑ «Field & Stream». Field & Stream 2007-08: 78. Junho de 1998. ISSN 8755-8599. Consultado em 1 de junho de 2012
- ↑ Joachim Carolsfeld (1 de novembro de 2003). Migratory Fishes of South America: Biology, Fisheries and Conservation Status. [S.l.]: IDRC. p. 218. ISBN 978-0-9683958-2-0. Consultado em 1 de junho de 2012
- ↑ a b Douglas P. Reagan (1 de setembro de 1996). The Food Web of a Tropical Rain Forest. Chicago: Imprensa da Universidade de Chicago. p. 452. ISBN 978-0-226-70599-6. Consultado em 1 de junho de 2012
- ↑ Jerry G. Walls (1 de abril de 2009). Crawfishes of Louisiana. Baton Rouge, Luisiana: Imprensa da Universidade Estadual da Luisiana. p. 220. ISBN 978-0-8071-3409-2. Consultado em 1 de junho de 2012
- ↑ Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1 060, 283, 350
- ↑ Grande Dicionário Houaiss, verbete cutipaca
- ↑ «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022
- ↑ Extinção Zero. Está é a nossa meta (PDF). Belém: Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará. 2007. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022
- ↑ Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina - Relatório Técnico Final. Florianópolis: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Fundação do Meio Ambiente (FATMA). 2010
- ↑ Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022
- ↑ «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018
- ↑ «Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 23 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022
- ↑ «Texto publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro contendo a listagem das 257 espécies» (PDF). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro. 2018. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022