Usuário:Gato Preto/Testes/5
Rui Veloso | |
---|---|
Informações gerais | |
Nome completo | Rui Manuel Gaudêncio Veloso |
Nascimento | 30 de julho de 1957 (67 anos) |
Origem | Lisboa |
País | Portugal |
Gênero(s) | Rock, Blues |
Instrumento(s) | vocal, guitarra, piano, harmónica |
Período em atividade | 1980–actualmente |
Editora(s) | Parlophone, |
Página oficial | - Rui Veloso.pt |
Rui Manuel Gaudêncio Veloso[1] CvIH • ComIH (Lisboa, 30 de Julho de 1957)[2] é um cantor e letrista português. É um dos principais músicos de Portugal, começou a sua carreira musical pública em 1980, década na qual prosperariam vários estilos propiciados pela obra de Rui Veloso e Carlos Tê.[1][3] É considerado por muitos como o "pai do rock português".[1][3]
Biografia
editar1957–1979: Infância, juventude e primeiros anos
editarNasceu em Lisboa a 30 de Julho de 1957, porém, seria criado desde os três meses de idade no Porto. É filho do engenheiro Aureliano Capelo Veloso, ex-presidente da Câmara Municipal do Porto e de Emília Veloso.[2][4] É igualmente sobrinho paterno do General Pires Veloso (morto em 2014), ex-governador de São Tomé e Príncipe.[5]
Começou a tocar harmónica com apenas seis anos.[2][6] Seria influenciado mais tarde por nomes como Muddy Waters, B. B. King[7] e Eric Clapton; apaixonando-se pela música blues.[6][8] Foi na sua juventude que começou a compor música mas só seria com vinte e três anos que iria lançar o seu primeiro disco Ar de Rock.[2] Com quinze anos formou a banda "Magara Blues Band",[9] a qual atuava nos lares dos amigos e cantava em inglês.[8][10]
Aos dezanove anos conhece Carlos Tê, quem viria a tornar-se no letrista que compôs os seus maiores êxitos e com o qual teria uma parceria musical de longa duração.[8][9] Em 1979 assinou um contrato com a EMI-Valentim de Carvalho e formou a conhecida como "Banda Sonora", constituida por Ramón Galarza na bateria e Zé Nabo no baixo.[8]
1980–1983: Ar de Rock e Fora de Moda
editarCom vinte e três anos lançou o álbum Ar de Rock gravado com a Banda Sonora (Ramón Galarza e Zé Nabo)[11][12] e que contou com Carlos Tê na escrita das letras em português e com a colaboração de António Avelar de Pinho da EMI-Valentim de Carvalho.[4] A gravação do álbum começou em Abril de 1980.[11] No disco destaca o tema "Chico Fininho" que foi um marco na música rock cantada em português, outras canções notórias foram "Rapariguinha do Shopping" e "Sei de uma Camponesa". O álbum seria um sucesso absoluto sendo considerado o melhor do ano e com o tema "Chico Fininho" tornando-se num disco de platina. Na sequência destes êxitos seria galardoado com um "Sete de Ouro" e escolhido Revelação do Ano.[8]
Em 1981 edita-se o single "Um Café e Um Bagaço", gravado na Espanha.[13] Este single tornar-se-ia num sucesso, sendo disco de ouro.[14]
O álbum Fora de Moda lançado em 1982[15] é já feito por uma Banda Sonora diferente, com Mano Zé e António Pinho; o último vinha do grupo Arte & Ofício.[13][14]
----------
Em 1981 é editado o single "Um Café e Um Bagaço". Verifica-se uma mudança na Banda Sonora com a saída de Zé Nabo e a entrada de António Pinho Vargas e Mano Zé. O álbum "Fora de Moda" é editado em 1982. Contém temas como "Estrela De Rock And Roll", "A Minha Namorada Até Fala Estrangeiro", "A gente Não Lê" e "Sayago Blues".
O álbum "Guardador de Margens" de 1983 tem o seu maior sucesso no tema "Máquina Zero". O tema título e "A Ilha" são outros temas marcantes deste disco. Grava o single "Rock da Liberdade" de apoio à eleição de Mário Soares.
Em 1986 foi lançado o álbum homónimo, que esteve para se chamar "Os Vês pelos Bês", com temas como "Porto Covo", "Beirâ", "Negro do Rádio de Pilhas" e "Porto Sentido". O disco torna-se um grande sucesso. Em 1988 é editado o duplo álbum "Ao Vivo".
1990 é o ano de "Mingos & Os Samurais" com temas como "Não Há Estrelas No Céu", "A Paixão (Segundo Nicolau da Viola)" e "Baile da Paróquia". O disco vendeu mais de 140.000 cópias. A seguir novo duplo-álbum com "Auto da Pimenta" desta vez em comemoração dos descobrimentos portugueses.
A 10 de Junho de 1992 foi feito Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente Mário Soares.[16]
Ainda em 1992 grava o single "Maubere", de apoio ao povo de Timor, gravado com Carlos Paredes, Nuno Bettencourt, Rão Kyao, Paulo Gonzo e Isabel Campelo. Em 1995 é editado o álbum Lado Lunar cujo tema principal é o tema que dá nome ao disco.
Ainda na década de 1990 integrou os Rio Grande, formado por Tim, João Gil, Jorge Palma e Vitorino, num estilo de música popular com influências alentejanas que alcançou uma considerável popularidade. Dessa experiência resultariam dois discos, um de originais em 1996 e outro ao vivo, em 1998.
No ano de 1998 é editado o álbum Avenidas com temas como Todo O Tempo Do Mundo e Jura. Faz ainda o tema principal do filme "Jaime" de António Pedro Vasconcelos, "Não Me Mintas".
Em 2000 lançou a compilação O Melhor de Rui Veloso - 20 anos depois. Foi também editado um disco de tributo : 20 anos depois - Ar de Rock.
Em 2002, a mesma formação dos Rio Grande, mas sem Vitorino, voltou a juntar-se no projecto Cabeças no Ar, dedicado a canções nostálgicas que remontam aos tempos da escola, entre elas O Primeiro Beijo e A Seita Tem Um Radar.
O Concerto Acústico, de 2003, é editado nos formatos CD e DVD. Regressou aos discos de originais, em 2005, com A Espuma das Canções.
Rui Veloso foi elevado a Comendador da Ordem do Infante D. Henrique a 30 de Janeiro de 2006 pelo Presidente Jorge Sampaio[17].[16]
Em 2 de Junho de 2006 actuou no Rock in Rio em Lisboa, precedendo os concertos de Carlos Santana e de Roger Waters. No mesmo ano comemorou vinte e cinco anos de carreira, ocasião brindada com três concertos, dois no Coliseu do Porto e um no Pavilhão Atlântico.
Em 2007 é editado o livro "Os Vês Pelos Bês", de Ana Mesquita, com a biografia de Rui Veloso e um "Songook" com 30 das suas melhores canções.
Em 2008 colaborou com a banda Per7ume no tema Intervalo, que foi um sucesso radiofónico. Em 2009 lançou o álbum Rui Veloso ao Vivo no Pavilhão Atlântico. No ano de 2010 comemorou 30 anos de carreira com concertos no Coliseu de Lisboa e no Coliseu do Porto.
Como empresário abriu o seu próprio estúdio, o Estúdio de Vale de Lobos, situado em Vale de Lobos, perto de Belas, e fundou também a editora Maria Records, que acabou por fechar.
No ano de 2012 lança Rui Veloso E Amigos que contou com a colaboração de nomes como Jorge Palma, Camané, Luís Represas, Expensive Soul, Carlos do Carmo, Dany Silva, entre outros.
O cantor anunciou em Agosto de 2014 que iria suspender a sua carreira, por considerar "difícil (...) aceitar a realidade do país".[18]
Em 6 de Novembro de 2015 comemorou os 35 anos de carreira com um concerto realizado no MEO Arena. [19] Neste concerto Rui Veloso estreeou uma canção chamada Do Meu País com letra do poeta moçambicano Eduardo Costly-White.[20] Do Meu País e Romeu E Juliana são os dois temas inéditos da compilação O Melhor de Rui Veloso lançada ainda em 2015.
Discografia
editarÁlbuns de estúdio
editar- 1980 - Ar de Rock
- 1982 - Fora de Moda
- 1983 - Guardador de Margens
- 1986 - Rui Veloso
- 1990 - Mingos & Os Samurais
- 1991 - Auto da Pimenta
- 1995 - Lado Lunar
- 1998 - Avenidas
- 2005 - A Espuma das Canções
- 2012 - Rui Veloso E Amigos[21][22]
Ao vivo
editar- 1988 - Ao Vivo
- 2003 - O Concerto Acústico
- 2009 - Rui Veloso Ao Vivo No Pavilhão Atlântico (CD+DVD)
Compilações
editarReferências
- ↑ a b c Group, Global Media (23 de janeiro de 2010). «Rui Veloso celebra 30 anos de carreira». JN
- ↑ a b c d «Veloso, Rui Manuel Gandêncio, 1957-, cantor rock - UP ATOM Production Server». arquivoatom.up.pt. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ a b Esteves, Pedro. «35 anos de rock sem nunca partir uma guitarra». Observador. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ a b Paulos, Pedro. «O segredo que esconderam do Chico Fininho». Observador. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ Lusa, Ana Cristina Marques, Agência. «Morreu António Pires Veloso, o "vice-rei do norte"». Observador. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ a b «Festa do Chicharro conta com a presença de Rui Veloso | |NORevista». norevista.pt. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ «Rui Veloso diz que aprendeu a gostar de blues com B.B King». SIC Notícias
- ↑ a b c d e «Artigo de apoio Infopédia - Rui Veloso». www.infopedia.pt. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ a b «Rui Veloso na Praça do Mar para celebrar Dia da Região». www.dnoticias.pt
- ↑ Corroios, JF. «Rui Veloso no Palco Carlos Paredes - Junta de Freguesia de Corroios». www.jf-corroios.pt. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ a b LUSA, RTP, Rádio e Televisão de Portugal - Agência. «Rui Veloso edita segunda-feira disco celebrativo dos 25 anos de carreira»
- ↑ «Rui Veloso prepara biografia de 25 anos de carreira». tvi24. 1 de março de 2005
- ↑ a b Melo, Manuel. «RUI VELOSO». www.sinfonias.org (em inglês). Consultado em 26 de novembro de 2017
- ↑ a b «Rui Veloso 25 anos». www.artbarreiro.com. Consultado em 26 de novembro de 2017
- ↑ Group, Global Media (25 de setembro de 2010). «Amanhã leve com o DN o CD de Rui Veloso 'Fora de Moda'». DN
- ↑ a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Rui Veloso". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de abril de 2013
- ↑ Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas (7 de março de 2006). «Ordem do Infante D. Henrique / Comendador» (PDF). Diário da República nº 47. Consultado em 11 de dezembro de 2012
- ↑ Rui Veloso retira-se dos palcos, Diário de Notícias (10-08-2014), página visitada em 11 de agosto 2014
- ↑ http://blitz.sapo.pt/rui-veloso-celebra-35-anos-de-carreira-com-concerto-especial-em-lisboa=f96518
- ↑ http://www.dn.pt/noticias-magazine/interior/se-nao-houvesse-crise-de-valores-nao-haveria-crise-economica-4863441.html
- ↑ «Oiça o novo álbum de Rui Veloso a partir desta segunda-feira no JN». Jornal de Notícias. 17 de Novembro de 2012. Consultado em 11 de dezembro de 2012
- ↑ «Emissão Especial Antena 1 / Rui Veloso e Amigos». RTP. Consultado em 11 de dezembro de 2012