Usuário:Music01/Testes/Crazy in Love (canção de Beyoncé Knowles)
"Best Thing I Never Had" | ||||||||
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Single de Beyoncé do álbum 4 | ||||||||
Lançamento | 1 de junho de 2011 | |||||||
Formato(s) | CD single, download digital | |||||||
Gravação | 2010 | |||||||
Estúdio(s) | MSR Studio, KMA Studio (Nova Iorque) | |||||||
Gênero(s) | Pop, R&B | |||||||
Duração | 4:13 | |||||||
Gravadora(s) | Columbia | |||||||
Composição | Antonio Dixon, Kenneth Edmonds, Larry Griffin, Jr., Beyoncé Knowles, Caleb McCampbell, Patrick Smith, Shea Taylor | |||||||
Produção | Babyface, Symbolyc One, Antonio Dixon, Caleb McCampbell, Shea Taylor, Beyoncé | |||||||
Cronologia de singles de Beyoncé | ||||||||
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Lista de faixas de 4 | ||||||||
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"Best Thing I Never Had" é uma canção da cantora estadunidense Beyoncé, contida em seu quarto álbum de estúdio 4 (2011). Foi composta e produzida pela própria em conjunto com Babyface, Symbolyc One, Antonio Dixon e Shea Taylor, com escrita adicional por Patrick Smith. Com o seu quarto trabalho de inéditas, Beyoncé tencionou mudar o então estado atual das rádios urban contemporary, experimentando fundir no R&B contemporâneo diferentes métodos e estilos musicais, de modo a trazer o gênero essencialmente de volta às estações, e também pretendeu realizar um projeto mais artístico em sua carreira. "Best Thing I Never Had" foi primeiramente escrita por Smith e Dixon numa das diversas sessões de composição realizadas para o disco, tendo originalmente uma estrutura de hip hop dos anos 1980 feita com base em "The Snow", de Doug E. Fresh. Após modificações realizadas por Babyface, o material foi levado à Nova Iorque, onde Beyoncé estava gravando o álbum; seis das cinco canções desenvolvidas foram gravadas, incluindo "Best Thing I Never Had" — pela qual a cantora admirou-se de primeira.
"Best Thing I Never Had" foi oficialmente lançada como o segundo single de 4 em 1º de junho de 2011, quando estreou nas rádios estadunidenses e foi lançada para download digital, através da Columbia Records. Mais tarde, foi comercializada fisicamente e promovida com um extended play (EP) digital contendo diversos remixes. Gravada em 2011 nos MSR Studio e KMA Studio, ambos situados em Nova Iorque, é uma balada musicalmente derivada dos gêneros pop e R&B que incorpora elementos da música gospel em sua composição, com piano, bumbos, guitarra e cordas constituindo sua instrumentação. Com uma entrega vocal ocasionalmente agressiva, Beyoncé detalha o término de uma relação e constata que se sente feliz em ter deixado seu companheiro, que não reconheceu o potencial de uma vida feliz com ela. Vingança e carma também fazem parte da temática lírica da canção.
Críticos reagiram de forma mista à "Best Thing I Never Had". Alguns elogiaram os vocais de Beyoncé, sua produção e a mensagem da faixa, com muitos interpretando-a como uma sequela de "Irreplaceable", e a selecionaram como destaque de 4, enquanto outros viram de forma negativa parte do conteúdo lírico e sentiram que ela não era uma representação fiel do som do disco. Recebeu o prêmio de Award-Winning R&B/Hip-Hop Song nos ASCAP Rhythm & Soul Awards de 2012, e indicações nas cerimônias Soul Train Music Awards e NAACP Image Awards, tendo sido inclusa em lista de melhores do ano do The Guardian. Comercialmente, a faixa entrou nas vinte melhores posições na Austrália, Brasil, Japão, Nova Zelândia e Reino Unido, bem como nos Estados Unidos, onde atingiu a 16.ª colocação da Billboard Hot 100 — sendo o single de melhor desempenho do álbum na região — e liderou a Hot Dance Club Songs.
O vídeo musical correspondente foi dirigido por Diane Martel e filmado entre 15 e 16 de junho de 2011, em locais adjacentes a Nova Iorque. Lançado em 7 de julho de 2011, sendo disponibilizado para compra dois dias depois, o trabalho retrata Beyoncé se preparando para a sua cerimônia de casamento enquanto relembra-se de seu antigo companheiro, que nunca lhe deu a atenção devida. A gravação foi bem recebida criticamente, com jornalistas elogiando o estilo e a presença de Beyoncé e a produção dos cenários. Uma edição alternativa, apresentando fotos de casamentos e bailes de fãs de Beyoncé, foi lançada em outubro do mesmo ano. Para a divulgação de "Best Thing I Never Had", Beyoncé apresentou-se em programas como o The View e o Good Morning America, bem como na edição de 2011 do Glastonbruy Festival, vindo a incluir no repertório da residência 4 Intimate Nights with Beyoncé, realizada no Roseland Ballroom em Nova Iorque.
Antecedentes
editarApós o lançamento de seu terceiro álbum de estúdio I Am... Sash Fierce (2008), e de sua turnê mundial acompanhante, Beyoncé decidiu fazer uma pausa na carreira em 2010 "para viver a vida [e] se inspirar por coisas novamente". Durante este tempo, ela "matou" o alter-ego Sasha Fierce, usado em boa parte da divulgação de seu disco anterior, afirmando que sentiu que já poderia fundir as suas duas personalidades. Ela também rompeu ligações profissionais com o seu pai e também empresario, Mathew Knowles, que gerenciou sua carreira desde o início das Destiny's Child — uma decisão que, segundo a própria, a fez sentir-se vulnerável. Em entrevista com o jornalista Gabriel Alvarez, da revista Complex, a cantora expressou insatisfação com as canções tocadas nas rádios e revelou que tencionava mudar o estado musical das estações em seu novo álbum de estúdio, comentando: "Descobrir uma maneira de trazer de volta o R&B às estações de rádio é um desafio. Com 4, eu tentei misturar o R&B dos anos 1970 e 90 com o rock 'n' roll e vários trompetes para criar algo novo e excitante. Eu queria mudanças musicais, pontes, vibrato, instrumentação ao vivo e composição clássica".
Em sua página na Internet, Beyoncé escreveu: "O álbum é definitivamente uma evolução. É mais ousado do que as músicas dos meus álbuns anteriores porque eu estou mais ousada. Conforme amadureço mais e mais experiências de vida vou tendo, mais tenho sobre o que falar. Eu me foquei de verdade para que as canções fossem clássicas, canções que fossem durar, canções que eu pudesse cantar quando tivesse 40 ou 60 [anos de idade]". A artista revelou também que procurou fazer mais músicas artísticas ao invés de obras comerciais. Embora grande parte da inspiração para 4 tenha vindo de "estar em turnê, viagens, assistir bandas de rock e ir a festivais", a direção musical inicial para o álbum foi influenciada pelo músico nigeriano Fela Kuti, cuja paixão pela música motivou a interprete, com Beyoncé chegando a trabalhar com a banda de Fela!, um musical da Broadway baseada na vida do artista. Ela também usou o hip hop para um "som mais abrangente" e queria trazer de volta o canto no estilo de soul music, declarando: "Eu usei muito do tom e da ousadia na minha voz que as pessoas ouvem nas minhas performances ao vivo, mas não necessariamente nos meus discos".
Desenvolvimento e gravação
editarEm entrevista para o canal televisivo Black Entertainment Television (BET), o compositor e produtor Patrick "J. Que" Smith discutiu sobre o desenvolvimento de "Best Thing I Never Had". Ele estava em Los Angeles quando Antonio Dixon, com quem havia trabalhado anteriormente, telefonou-o dizendo que entraria em estúdio com Babyface e Beyoncé para escrever algumas canções. Enquanto viajava para o estúdio, Smith escreveu parte da canção e, no local, Babyface juntou-se à sessão de composição. Juntos, Dixon e Smith completaram-na, com Babyface realizando algumas modificações após ouvir a versão final. Posterior à composição, Smith foi convidado para uma sessão de gravação em Nova Iorque, onde Beyoncé estava gravando seu disco. Ele disse: "Sabe — uma palavra aqui, uma ali, uma melodia aqui, e de repente a música ganhou outra vida. Ele [Babyface] é absolutamente brilhante no que faz. E estou muito honrado em trabalhar com este homem".
Em Nova Iorque, Beyoncé havia iniciado as sessões com o engenheiro de som e produtor Jordan "DJ Swivel" Young no Roc the Mic Studio, de propriedade do seu marido e rapper Jay-Z, mas o projeto acabou sendo movido para o KMA Studio por uma semana e meia pois o estúdio Roc the Mic não era grande o suficiente. Lá, teve início a gravação de outras faixas do disco, incluindo "Best Thing I Never Had", que foi realizada por Young e finalizada nos MSR Studios — último local na cidade utilizado para as sessões do álbum e onde boa parte de 4 foi gravada, com apenas "Party" e "I Was Here" sendo gravadas em outros edifícios. Swivel teve assistência de Pete Wolford, Serge Nudel e Gloria Kaba no processo, com a mixagem sendo feita por Tony Maserati nos Jungle City Studios, também em Nova Iorque, sob assistência de Val Brathwaite. Na mesma cidade, Tom Coyne masterizou a faixa, juntamente com o resto do disco, nos Sterling Sound. Babyface, Dixon, Beyoncé, Caleb McCampbell, Shea Taylor e Larry Griffin, Jr. também contribuíram na composição e na produção — com Griffin, Jr. assinando profissionalmente como Symbolyc One.
“ | Nós fomos para Nova Iorque e fizemos uma gravação semanal. Escrevemos seis músicas e gravamos cinco. Quando [Beyoncé] ouviu 'Best Thing I Never Had', ela gostou muito. Tinha algumas coisas a ajustar. Mas ela estava em todos os lugares, literalmente. Eu fiquei absolutamente maravilhado como o quão linda ela era pessoalmente. Não estava preparado para isso. A sua ética de trabalho é incrível. Eu me lembro da noite em que ela veio e gravou 'Best Thing I Never Had', ela chegou no estúdio talvez às 21h. Ela saiu do avião e veio para o estúdio. Tocamos a música. Ela adorou! Foi para o estúdio e gravou três músicas daquela noite. E ela não começou até às 22h. Então, a habilidade dela em se esforçar e permanecer faminta e focada absolutamente me fascina. Ela estava incrivelmente agradecida por termos vindo. | ” |
— Smith explicando o processo de gravação.
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Em 28 de julho de 2011, uma semana após apresentar-se na Power 106 de Los Angeles, Smith divulgou a versão original de "Best Thing I Never Had" em sua página oficial na Internet. Ele comentou que a principal inspiração para a faixa veio das baterias de "The Snow", canção do rapper Doug E. Fresh, e que ela não seria originalmente uma balada, com a demo tendo uma sonoridade mais próxima do hip hop dos anos 1980. Byron Flitsch, da MTV, escreveu que Smith queria "evitar outra balada, e a versão original não é uma. O piano delicioso e o tom dramático é substituído com uma linha de baterias que é muito mais alegre do que a versão lançada".