Vítor da Costa e Silva
Vítor da Costa e Silva GCA (Lagos, 12 de Abril de 1851 — Lisboa, 7 de Fevereiro de 1946), foi um artesão e político português.
Vítor da Costa e Silva | |
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Presidente da Câmara Municipal de Lagos | |
Período | 8 de Janeiro de 1913 até 31 de Dezembro de 1913 2 de Janeiro de 1915 até 31 de Dezembro de 1917 |
Antecessor(a) | Francisco Tavares Delrisco |
Dados pessoais | |
Nascimento | 12 de abril de 1851 Lagos |
Morte | 7 de fevereiro de 1946 (94 anos) Lagos |
Nacionalidade | Portugal |
Prêmio(s) | Ordem Militar de Cristo |
Biografia
editarPrimeiros anos e educação
editarNasceu na Freguesia de Santa Maria, na cidade de Lagos, em 12 de Abril de 1851, tendo como pais António José e de Ana do Carmo.[1]
Frequentou apenas a escola primária, tendo completado a 3.ª classe.[1]
Carreira artística e política
editarDepois de abandonar os estudos primários, começou a aprender o ofício de serralheiro; posteriormente, o seu pai emigrou para o Brasil, tendo Vítor da Costa e Silva ficado à responsabilidade de uma tia.[1] Deslocou-se para Lisboa, aonde foi trabalhar para uma serralharia, e, posteriormente, no Arsenal do Alfeite.[1] Algum tempo depois, voltou a Lagos, onde instalou uma serralharia.[1] Celebrizou-se pelo seu talento na moldagem dos metais, tendo o seu trabalho mais admirável sido a sacada em papo de rola presente na janela de uma habitação, na Rua Afonso de Almeida.[1] Trabalhou, igualmente, na indústria de conservas de peixe, em Lagos e Olhão, onde elaborava os cunhos e moldes necessários para cortar a chapa para as tampas das latas, e construiu máquinas de fabrico de pregos e chaves para abrir as latas de conservas.[1]
Após a Implantação da República, ocupou o cargo de vereador na Câmara Municipal de Lagos, tendo sido nomeado para presidente da autarquia de 8 de Janeiro de 1913 a 31 de Dezembro de 1913, e de 2 de Janeiro de 1915 a 31 de Dezembro de 1917.[1] Durante o seu mandato, assumiu um papel preponderante na vinda do transporte ferroviária até Lagos, completando o processo já iniciado pelo seu antecessor, Francisco Tavares Delrisco, e foi responsável pela preparação de uma zona de sapal, no Rossio de São João, para aí se localizar a feira franca.[1]
Família e falecimento
editarEstava casado com Gertrudes Magna de Cintra e Silva.[1]
Prémios e homenagens
editarVítor da Costa e Silva foi condecorado com a Ordem Militar de Cristo, pelo presidente Óscar Carmona.[1] Foi, igualmente, homenageado pela Câmara Municipal de Lagos, que colocou o seu nome numa rua da Freguesia de São Sebastião.[1][2]
Referências
Bibliografia
editar- FERRO, Silvestre Marchão (2007). Vultos na Toponímia de Lagos 2ª ed. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 358 páginas. ISBN 972-8773-00-5