Venâncio Mondlane
A neutralidade deste artigo foi questionada. (Dezembro de 2024) |
Venâncio António Bila Mondlane (Lichinga, 17 de janeiro de 1974) é um politico moçambicano, antigo membro dos partidos Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).[1] É engenheiro florestal e bancário de profissão, não obstante ser conhecido publicamente como político, uma vez ser deputado da Assembleia da República desde 2015.[2]
Venâncio Mondlane | |
---|---|
Nascimento | 17 de janeiro de 1974 (51 anos) Lichinga |
Cidadania | Moçambique |
Alma mater | |
Ocupação | político, Candidato Presidencial, engenheiro, ativista, banqueiro |
Biografia
editarEstudou na Universidade Eduardo Mondlane e obteve o título de engenheiro florestal.[3]
Entre 1990 a 2000, coordenou o Movimento “Jovens Solidários” no distrito Kambukwana, na cidade de Maputo, para apoio às vítimas das cheias de 2000, tendo sido objecto de uma cobertura jornalística exclusiva pela TVM.[4] No princípio da década destacou-se com a criação dos Édipos e da Oficina Artístico – Literária no Ateliê doméstico do artista Mikas.[carece de fontes]
Ao nível profissional, entre 2000 a 2002, actuou como especializado em elaboração e implementação de normas internacionais ISSO para certificação de produtos florestais e outros produtos de importação e exportação a grande escala nos portos e aeroportos na multinacional de origem suíça, a Société Générale de Surveillance (SGG).[4] E em 2002, foi técnico sénior no grupo Millennium bim, especializado em análise económico-financeira de grandes empresas para operações de crédito, factoring, leasing e grandes investimentos; gestor corporate de grandes empresas; técnico sénior para elaboração de normas e procedimentos bancários.
Carreira política
editarIniciou o seu percurso político em 2013, depois de 10 anos (2003–2013) destacando-se na esfera pública moçambicana pelas suas abordagens como comentador-residente de vários programas televisivos e radiofónicos, com ênfase para “Especial Eleições” e “Pontos de Vista” da STV; “21.ª Hora Informação” e “A Hora da Verdade” da TIM; “A voz do Povo” e “O Grande Debate (rádio)” da TV Miramar (Moçambique); “Mais Jovem” da TVM; e comentador político da RDP África.[carece de fontes]
Durante quase o mesmo período, foi colunista de várias publicações literário-culturais, com realce para a maior revista literária do país, a “Lua Nova” da Associação dos Escritores Moçambicanos; o “Universitário” da UEM; “Proler” do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa; e a separata “Cultural” do Jornal Notícias. Também foi colunista de vários semanários nacionais, com destaque para o “Savana” e “Canal de Moçambique”.[carece de fontes]
Ainda ao nível cívico-cultural, foi, em 2013, o único jovem da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa seleccionado para o Programa International Leadership Program (IVLP) da iniciativa do então Presidente americano Barack Obama e coordenado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.[carece de fontes]
A porta de entrada do seu percurso político foi o então recém-fundado Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Foi candidato a Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo pelo MDM, nas eleições autárquicas de 2013, tendo pela primeira na história levado a oposição a conseguir uma cifra de 42 por cento dos assentos. Tornou-se, por conseguinte, Chefe da Bancada do MDM na Assembleia Municipal da capital do país, entre 2014 a 2015, ano em que foi eleito deputado na Assembleia da República pelo Partido MDM, assumindo as funções de relator da bancada.[carece de fontes]
Mudou-se depois para o partido Renamo, maior partido da oposição no país, onde em 2019 passou a ser assessor particular do Presidente da RENAMO para Assuntos Políticos e Mandatário Nacional deste partido.[carece de fontes]
No ano seguinte, foi eleito deputado na Assembleia da República pelo partido RENAMO para IX Legislatura, assumindo as funções de relator da bancada, seu cargo actual.[carece de fontes]
Participou nas eleições autárquicas de 2023 pela RENAMO, para a cidade de Maputo.[carece de fontes]
Durante essas eleições, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) foi inicialmente declarada vencedora em Maputo com 58,78% dos votos, enquanto a RENAMO obteve 33,59% e o MDM 6,8%.[carece de fontes] No entanto, Mondlane e a RENAMO contestaram esses resultados, alegando fraude eleitoral e irregularidades, e reivindicaram a vitória com base em suas contagens paralelas que indicavam 55% dos votos para a RENAMO.[5]
A insatisfação com a condução do processo eleitoral e a subsequente disputa interna na RENAMO levaram Mondlane a fundar seu próprio partido político, o Coligação Aliança Democrática (CAD), após não ser aceito como candidato à presidência da RENAMO. O partido indicou que Mondlane não possuía os 15 anos de experiência exigidos para concorrer ao cargo de presidente da RENAMO.[6]
Venâncio Mondlane concorreu às eleições de 9 de outubro de 2024, com a candidatura suportada pelo partido PODEMOS.[7]
Vida religiosa
editarEm 2015, tornou-se pastor cristão pentecostal da Igreja Ministério Divina Esperança em Maputo. [8]
Referências
- ↑ Bernardo, Selemane (5 de janeiro de 2024). «Venâncio Mondlane admite avançar para corrida às presidenciais». Rádio Moçambique. Consultado em 18 de abril de 2024
- ↑ «Notas biográficas de Venâncio Mondlane – Revista Biografia». Consultado em 8 de julho de 2024
- ↑ «Venâncio Mondlane submete sua candidatura para o cargo de Presidente da República na quinta-feira». INTEGRITY-MOÇAMBIQUE. Integrity Magazine. 4 de junho de 2024
- ↑ a b Sitoe, Dalton (17 de outubro de 2023). «Notas biográficas de Venâncio Mondlane». biografia.co.mz. Consultado em 3 de novembro de 2024
- ↑ «Mais Integridade: RENAMO venceu em Maputo e Matola – DW – 22/10/2023». dw.com. Consultado em 29 de dezembro de 2024
- ↑ «Mondlane excluído dos candidatos à presidência da RENAMO – DW – 14/05/2024». dw.com. Consultado em 29 de dezembro de 2024
- ↑ «Mondlane entrega candidatura para "nova era" na Presidência – DW – 06/06/2024». dw.com. Consultado em 29 de dezembro de 2024
- ↑ Dulce Neto, Moçambique. Quem é Venâncio Mondlane: herói ou "irresponsável"?, observador.pt, 13 de janeiro de 2025