Albert Sabin

médico polaco-estadunidense descobridor da vacina contra a poliomielite
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Albert Bruce Sabin (Białystok, 26 de agosto de 1906Washington, 3 de março de 1993) foi um pesquisador médico, sendo mais conhecido por ter desenvolvido a vacina oral (conhecida no Brasil como "gotinha") para a poliomielite.

Albert Sabin
Albert Sabin
Nascimento 26 de agosto de 1906
Białystok, Rússia
Morte 3 de março de 1993 (86 anos)
Washington, EUA
Nacionalidade estadunidense
Prêmios Prêmio E. Mead Johnson (1941), Prêmio Howard Taylor Ricketts (1956), Prêmio Robert Koch (1962), Prêmio Antonio Feltrinelli (1964), Prêmio Lasker-DeBakey (1965), Medalha Nacional de Ciências (1970), Prêmio John Howland (1974), Medalha Presidencial da Liberdade (1986)
Campo(s) medicina

Biografia

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Sabin nasceu em uma família de judeus, em 1906, na cidade de Białystok, então parte da Rússia (atualmente na Polônia), e emigrou em 1921 para os Estados Unidos com sua família. Sabin estudou medicina na Universidade de Nova Iorque e desenvolveu um intenso interesse em pesquisa, especialmente na área de doenças infecciosas. Em 1931, completou o doutorado em medicina. Passou uma temporada trabalhando em Londres em 1934, como representante do Conselho Americano de Pesquisas. De volta aos Estados Unidos, tornou-se pesquisador do Instituto Rockfeller de Pesquisas Médicas. Nesse instituto, demonstrou o crescimento do vírus da poliomielite em tecidos humanos.

Sabin esteve várias vezes no Brasil, acompanhando pessoalmente o combate à poliomielite, tendo se casado em 1972 com a brasileira Heloisa Dunshee de Abranches.[1] Centenas de escolas, hospitais, clínicas e instituições brasileiras levam o seu nome. O cientista recebeu do governo brasileiro, em 1967, a Grã-Cruz do Mérito Nacional.

Carreira

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Em 1946 Sabin tornou-se o líder de Pesquisa Pediátrica na Universidade de Cincinnati.

Publicou mais de 350 estudos, que incluem trabalhos sobre pneumonia, encefalite, câncer e dengue; foi o primeiro a isolar o vírus da dengue: o tipo I na área do mediterrâneo, durante a Segunda Guerra Mundial, e o tipo II na região do Pacífico.

Com o aumento do número de surtos da pólio crescendo, após a Segunda Guerra Mundial, ele e outros pesquisadores, como Hilary Kropowski, mas principalmente Jonas Salk em Pittsburgh, iniciaram a busca por uma vacina para prevenir ou amenizar a doença. A vacina de Salk, desenvolvida com vírus "inativado ou morto", foi testada e liberada para o uso em 1955. Ela era eficaz na prevenção da maioria das complicações da pólio, mas não prevenia a infecção inicial de acontecer.

 
Sabin (direita) com Robert Gallo, c. 1985

A vacina contra pólio desenvolvida por Sabin precisava de grandes testes clínicos para atestar a sua eficácia e segurança. No entanto ficou praticamente impossível realizar amplos testes clínicos nos Estados Unidos após o sucesso atingido pela vacina de Jonas Salk. Sabin então recorreu a colegas pesquisadores do outro lado da Cortina de Ferro, como a Tchecoslováquia, Polônia, Hungria e as Repúblicas da União Soviética.[2][3] Foi auxiliado nos teste clínicos pelo Dr. Mikhail Chumakov, diretor do Instituto de Pesquisas contra a Poliomielite em Moscou.[2] Os primeiros resultados positivos foram informados pelos médicos russos na Primeira Conferência Internacional pela vacina viva da Pólio, sediada em Washington na OPAS, em junho de 1959.[2] A vacinação iniciada em janeiro de 1959 superou a marca de 8 milhões de crianças imunizadas em outubro do mesmo ano só na União Soviética.[2] Após o êxito demonstrado pela vacinação em massa no Leste Europeu os Estados Unidos aprovaram o uso da vacina em 1960 e a partir de 1968 passaram usar exclusivamente a vacina desenvolvida por Albert Sabin. Seu produto, preparado com o vírus atenuado da pólio, poderia ser tomada oralmente, e prevenia a contração da moléstia. Esta é a vacina que eliminou efetivamente a pólio em quase todo o mundo (exceto em alguns países na África e Ásia).

Sabin renunciou aos direitos de patente da vacina que criou,[4] facilitando a difusão da mesma e permitindo que crianças de todo o mundo fossem imunizadas contra a poliomielite, que é mais conhecida como paralisia infantil no Brasil.

Albert Sabin morreu de ataque cardíaco, aos 86 anos, em sua casa em Washington, em 1993. No mesmo ano, foi fundado naquela cidade o Instituto Sabin de Vacinas, a fim de dar prosseguimento às pesquisas sobre vacinas e perpetuar o legado construído por ele.[5] Foi sepultado no Cemitério Nacional de Arlington, Arlington, Virgínia nos Estados Unidos.[6]

Ver também

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Referências

  1. Adriana Maximiliano (1 de junho de 2007). «Sabin, meu amor». Guia do Estudante. Consultado em 28 de dezembro de 2017 
  2. a b c d M. Hortsmann, Dorothy. «The Sabin live poliovirus vaccination trials in the USSR, 1959.». Yale Journal of Biology and Medicine/ National Center for Biotechnology Information. Consultado em 22 de março de 2021 
  3. «Polio Vaccination in Cold War Hungary». The history of vaccine/ The College of Physicians of Philadelphia. 21 de março de 2011. Consultado em 22 de março de 2021 
  4. «Albert Bruce Sabin - "Um Verdadeiro Benfeitor da Humanidade"». nossosaopaulo.com.br. Consultado em 28 de dezembro de 2017 
  5. Sabin Vaccine Institute Arquivado em 2 de outubro de 2008, no Wayback Machine. (em inglês)
  6. Albert Sabin (em inglês) no Find a Grave[fonte confiável?]

Ligações externas

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