Verinha Darcy
Vera Dulce Perez Teixeira de Carvalho, mais conhecida como Verinha Darcy (São Paulo, 30 de outubro de 1946 - 30 de setembro de 1979), foi uma atriz brasileira. Foi uma das primeiras estrelas mirins da televisão brasileira. Seu papel mais notável foi em Pollyana, novela da TV Tupi São Paulo.[1] Foi também a primeira estrela infanto-juvenil da TV Cultura, tendo protagonizado duas novelas na recém-fundada emissora paulistana.
Verinha Darcy | |
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Nome completo | Vera Dulce Perez Teixeira de Carvalho |
Outros nomes | Verinha Darcy |
Nascimento | 30 de outubro de 1946 São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileira |
Morte | 30 de setembro de 1979 (32 anos) São Paulo, SP |
Causa da morte | Feminicídio |
Ocupação | Atriz |
Atividade | 1952 - 1968 |
Progenitores | Mãe: Elizabeth Darcy Pai: Fabio Teixeira de Carvalho |
Parentesco | Silvio Luiz (irmão) |
Cônjuge | Murillo de Oliveira Villela (1968- 1979) |
Filho(a)(s) | Maurício Villela Teixeira |
Era filha da locutora, atriz e apresentadora Elizabeth Darcy e irmã do locutor esportivo Silvio Luiz.
Biografia
editarEstreou como atriz de radio-teatro aos cinco anos.[1] Com a ida de sua mãe, Elizabeth Darcy, para a TV Tupi, Verinha Darcy começou a fazer televisão. Trabalhou com Júlio Gouveia e Tatiana Belinky que tinham o grupo do Tesp e eram responsáveis na emissora pelos programas infantis.[1]
Com sete anos, em 1954, estrelou A Pequena Vendedora de Fósforos, adaptação do conto de Andersen para o programa Música e Fantasia, na Tupi.[2] Em 1955, participou de Amor à Terra, para o programa TV de Vanguarda.[3]
Em 1956, Verinha Darcy protagonizou a telenovela Pollyana, um grande sucesso da emissora.[1][4]
Permaneceu ativa até o fim da década de 1960. Protagonizou a telenovela A Cabeçuda, em 1960, pela TV Cultura, trama esta direcionada ao público juvenil.[5][6] Outra telenovela estrelada por Verinha na Cultura foi Clarissa, de 1961, história baseada na obra de Érico Veríssimo.[7] Esteve no elenco da telenovela Redenção, da Excelsior, em 1967.[8] Sua última novela que se tem registro foi A Última Testemunha, da Record, em 1968.[9]
Morreu em 30 de setembro de 1979.[1] Sua morte sequer foi noticiada na época e permaneceu pouco comentada desde então. Irmão da atriz, o locutor esportivo Silvio Luiz, disse em entrevista ao podcast Entre Amigos, do jornalista Flávio Prado, que Verinha foi assassinada pelo marido, Murillo de Oliveira Villela, após uma briga doméstica. De acordo com Silvio, o marido da atriz tinha amizades influentes que ajudaram a abafar o caso.[10]
Na cultura popular
editarA atriz foi a inspiração para a canção Verinha, composta e cantada por Juca Chaves. A artista manifestou admiração pelo cantor, embora negasse que houvesse um relacionamento — Verinha tinha 14 anos na época.[11][12]
Filmografia
editarAno | Título | Personagem | Notas |
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1954 | Música e Fantasia | Menina | Episódio: "A Pequena Vendedora de Fósforos" |
1954-1956 | TV de Vanguarda | Vários personagens | 6 episódios |
1956-1957 | Pollyanna | Pollyanna Whittier | |
1956 | Heidi | Heidi | |
1958 | Pollyana Moça | Pollyanna Whittier | |
1958 | As Aventuras de Tom Sawyer | — | |
1959 | Angélika | Inge | |
1960-1961 | A Cabeçuda | — | |
1961 | Clarissa | Clarissa | |
1966-1968 | Redenção | Glória Camargo Maia | |
1968 | A Última Testemunha | Isabel |
Referências
- ↑ a b c d e «VERINHA DARCY - MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão». web.archive.org. 22 de abril de 2024. Consultado em 22 de abril de 2024
- ↑ «A Pequena Vendedora de Fósforos na TV». Diário da Noite. 23 de dezembro de 1954
- ↑ RODRIGUES, Airton (25 de outubro de 1955). «Rádio e TV». Diário da Noite
- ↑ «Polyana - Rádio e TV». Diário da Noite. 18 de dezembro de 1956
- ↑ «Apresentação da novela A Cabeçuda pelo canal 2». Diário da Noite. 5 de outubro de 1960
- ↑ «Rádio & TV». Diário da Noite. 30 de dezembro de 1960
- ↑ «Rádio & TV». Diário da Noite. 6 de abril de 1961
- ↑ «Redenção: A Cidade que mais Cresce... na TV». Intervalo (nº 221): p. 16-17. 1967
- ↑ «A Muralha é novela no 9». A Tribuna. 24 de julho de 1968
- ↑ PodCast Entre Amigos - Silvio Luiz #012, consultado em 22 de abril de 2024
- ↑ «Êste brotinho é o amor de Juca Chaves». Revista do Rádio (nº 591): p. 8. 1961
- ↑ «Dizem os outros». Radiolândia (nº 356): p. 15