Vladimir Netto
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Publicar um livro sobre o juiz federal Sergio Moro e pelas coberturas jornalísticas à Operação Lava Jato. |
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Vladimir de Almeida Leitão Netto (Caratinga, 3 de agosto de 1973) é um jornalista brasileiro.
Biografia
editarVladimir é filho dos jornalistas Marcelo Netto e Miriam Leitão, irmão do também jornalista Matheus Leitão.[1] Vladimir nasceu em Caratinga, Minas Gerais.[2] Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), passou pelas redações de Jornal do Brasil, Veja e O Globo.[3][4]
Em 2009, conseguiu um furo de reportagem sobre o esquema chamado Mensalão do DEM, onde vídeos do então governador José Roberto Arruda mostraram ele recebendo maços de dinheiro em seu gabinete.[5]
Ganhou notoriedade ao escrever e publicar em 21 de junho de 2016 um livro sobre o juiz federal Sergio Moro e pela cobertura à Operação Lava Jato.[6][7][8] A obra de Netto tornou-se a mais popular dentre as que foram lançadas a respeito do juiz e em agosto de 2016 foi o livro mais vendido na categoria não ficção, posto que pertencia ao Padre Marcelo Rossi desde janeiro.[9] Vladmir é repórter da Rede Globo e vice-presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).[3]
No mesmo mês, o cineasta José Padilha comprou os direitos da obra de Vladimir, sendo que o conteúdo foi usado no roteiro da série "O Mecanismo" da Netflix. Tal seriado apresenta o escândalo de corrupção na Petrobras, estreando em 2018.[6][10]
Atualmente mora em Brasília com a esposa e também jornalista, Giselly Siqueira,[2] e as duas filhas, Manuela e Isabel.[3]
Controvérsias
editarVladimir é citado no livro Vaza Jato (lançado pela Intercept Brasil com base em material recebido de fonte anônima contendo conversas trocadas pelos procuradores e juízes envolvidos na Operação Lava Jato no aplicativo Telegram), a citação[11] revela que Deltan Dallagnol se consultou com Vladimir sobre pedindo uma orientação sobre uma nota que seria divulgada pelos procuradores da operação Lava Jato. Por ajudar uma fonte, o livro aponta desvio de conduta do jornalista além de demonstrar como os procuradores agiam para dar publicidade às ações vazando informações para a imprensa. O diálogo faz parte do material apreendido pela Polícia Federal no curso da chamada operação "spoofing"[12]. O jornalista nega a autenticidade das conversas apreendidas [13].
Em março de 2020, o Supremo tribunal federal (STF) julgou a suspeição do então juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro nos processos que envolviam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).[14] Ao votar pela suspeição de Moro no caso, o ministro Gilmar Mendes citou uma conversa de Vladimir com Deltan Dallagnol para evidenciar o que Gilmar chamou de "um consórcio com a mídia, um tipo de assessoria de imprensa fornecida pela mídia em relação à força tarefa."[15]
Premiações
editar- Embrapa de Reportagem, em 2008;[3]
- Rede Globo de Jornalismo, em 2009;[3]
- Rede Globo de Grande Furo de Reportagem, em 2012;[3]
- Jornalistas & Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, em 2013;[3]
- Furo de Reportagem, no Jornal Nacional, em 2013;[3]
- Melhor Reportagem no Bom Dia Brasil, em 2014;[3]
- Prêmio de Melhor Reportagem do Jornal Hoje, 2015, por ter revelado documentos de contas no exterior atribuídas a Eduardo Cunha e, em equipe, o de Grande Cobertura pelo noticiário sobre a Operação Lava Jato.[3]
Bibliografia
editar- Lava Jato – O juiz Sergio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil, Editora Sextante, ISBN 9788568377086.[16][17]
Referências
- ↑ Rondinelli Tomazelli (22 de agosto de 2014). «"Eu poderia nem ter nascido", diz filho de Miriam Leitão». Gazeta Online. Consultado em 22 de setembro de 2016
- ↑ a b Racy, Sonia (2019). «Assessora de imprensa de Moro pede demissão do Ministério da Justiça». Estadão. Cópia arquivada em 9 de julho de 2019
- ↑ a b c d e f g h i j Ricardo Brandt e Fausto Macedo. «A Lava Jato, detrás das câmeras». Estadão. Consultado em 18 de dezembro de 2016
- ↑ Lacerda, Lu (8 de julho de 2016). «Vladimir Netto lança 'Lava Jato' no fervor da Operação». Lu Lacerda. iG. Consultado em 10 de março de 2021
- ↑ «Há exatos 10 anos, começava a Operação Caixa de Pandora». Metrópoles. 27 de novembro de 2019. Consultado em 15 de novembro de 2021
- ↑ a b «Repórter da Globo, Vladimir Netto revela bastidores da Lava Jato em livro». Terra. 22 de junho de 2016. Consultado em 18 de dezembro de 2016
- ↑ «Jornalista Vladimir Netto lança livro sobre Sergio Moro e os bastidores da Lava-Jato». Correio Braziliense. 5 de julho de 2016. Consultado em 18 de dezembro de 2016
- ↑ Estelita Hass Carazzai (21 de junho de 2016). «Lançamento de livro vira celebração para Moro e Lava Jato». Folha de S. Paulo. Consultado em 18 de dezembro de 2016
- ↑ Leonardo Neto (14 de setembro de 2016). «Moro derruba padre Marcelo na lista Nielsen PublishNews». PublishNews. Consultado em 18 de dezembro de 2016
- ↑ «José Padilha: O mecanismo agradece». Folha de S.Paulo. 1 de abril de 2018
- ↑ Simonard, Juca (23 de novembro de 2020). «Livro sobre Vaza Jato mostra assessoria de jornalistas da Globo para Dallagnol». Brasil 247. Consultado em 28 de dezembro de 2020
- ↑ «Conversa entre procuradores da "lava jato" mostra uso estratégico de vazamentos». Consultor Jurídico. Consultado em 9 de março de 2021
- ↑ Nogueira, Kiko (9 de março de 2021). «VÍDEO: Gilmar expõe diálogos da Lava Jato com Vladimir Netto, filho de Míriam Leitão». Diário do Centro do Mundo. Consultado em 9 de março de 2021
- ↑ «Gilmar e Lewandowski votam pela suspeição de Moro; decisão é adiada após pedido de Nunes Marques». G1. 9 de março de 2021. Consultado em 10 de março de 2021
- ↑ Nogueira, Kiko (9 de março de 2021). «VÍDEO: Gilmar expõe diálogos da Lava Jato com Vladimir Netto, filho de Míriam Leitão». Diário do Centro do Mundo. Consultado em 10 de março de 2021
- ↑ «Lava Jato». Editor Sextante. Consultado em 18 de dezembro de 2016
- ↑ Programa do Jô | Vladimir Netto fala sobre o livro com histórias dos bastidores da Operação Lava Jato | Globoplay, consultado em 10 de março de 2021
Ligações externas
editar- Vladimir Netto no Facebook
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