Wanda Pimentel (Rio de Janeiro, 1943 - Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2019)[1][2] foi uma pintora, desenhista e escultora brasileira. Ficou conhecida especialmente por suas obras em que, com figuras geométricas e elementos do cotidiano, tratava particularmente do universo feminino.[2]

Wanda Pimentel
Wanda Pimentel
Nascimento 1943
Rio de Janeiro, Brasil
Morte 23 de dezembro de 2019 (76 anos)
Rio de Janeiro
Área Pintura, desenho, escultura

Carreira e obra

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Na primeira metade da década de 1960, Pimentel estudou pintura com Ivan Serpa, um dos pioneiros da arte construtiva no Brasil, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.[3] Envolvimento, um conjunto de obras que teve início no fim da década de 1960, inaugura sua trajetória artística, que se inicia em paralelo ao endurecimento do regime militar ditatorial brasileiro, marcado pelo AI-5.[2]

Segundo o crítico e curador Fernando Cocchiarale, esse conjunto de pinturas tanto marca sua identidade poética como promove desdobramentos em sua prática artística por quase dez anos. Essa primeira fase de pinturas da artista, com pinceladas lisas, chapadas, com cenas e objetos do cotidiano representados na tela, misturam, para Cocchiarale, a influência de seus primeiros anos de aprendizado com Serpa (Construtivismo), as assemblages da Nova Figuração (Antonio Dias e Rubens Gerchman), o universo icônico da Pop Art norte-americana e, finalmente, do design gráfico.[4] Parte das pinturas da série Envolvimento foi exposta em 2015, na exposição Artevida, com curadoria de Adriano Pedrosa e Rodrigo Moura. Ainda em 2015, a artista carioca expôs 35 obras inéditas, entre pinturas e esculturas, na Galeria de Arte Ipanema, e galeria Anita Schwartz Galeria, na Gávea.[5]

Em 1988, suas obras puderam ser vistas na novela Vale Tudo, em que apareciam como se fossem de autoria da personagem Heleninha Roitmann, pintora interpretada pela atriz Renata Sorrah.[6]

Wanda Pimentel faleceu no dia 23 de dezembro de 2019, de causa não divulgada, embora a notícia só tenha sido divulgada dia 27 de dezembro, pela Galeria Anita Schwartz, que a representava.[1]

Referências

  1. a b «Wanda Pimentel». Bolsa de Arte. Consultado em 24 de fevereiro de 2019 
  2. a b c «Morre Wanda Pimentel». O Globo. 27 de dezembro de 2019. Consultado em 28 de dezembro de 2019 
  3. «Wanda Pimentel lança livro de imagens que resume sua trajetória desde os anos 1960». O Globo. 11 de dezembro de 2012 
  4. Labra (org.), Daniela (2010). Wanda Pimentel (PDF). Niterói: Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Consultado em 24 de fevereiro de 2019 
  5. «Wanda Pimentel». Galeria de Arte Ipanema. Consultado em 5 de julho de 2017 
  6. Perktold, Carlos (dezembro de 2013). «Wanda Pimentel». Arte e Crítica: Jornal da ABCA. Consultado em 28 de dezembro de 2019 

Bibliografia

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  • COCCHIARALE, Fernando. Wanda Pimentel. Rio de Janeiro: Museu de Arte Moderna, 2004.
  • BITTENCOURT, Francisco; MORAIS, Frederico. Depoimento de uma geração, 1969­-1970. Rio de Ja neiro: Galeria de Arte BANERJ, 1986. (Ciclo de Exposições sobre Arte no Rio de Janeiro).
  • ROELS JR, Reynaldo. Wanda Pimentel: Pinturas e Desenhos. São Paulo: Galeria de Arte São Paulo, 1966.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • MORAIS, Frederico. Wanda Pimentel: pinturas e esculturas. Rio de Janeiro: Galeria Saramenha, 1987.
  • MORAIS, Frederico. Wanda Pimentel e a Estética da Solidão. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1994.
  • PONTUAL, Roberto. Arte/Brasil/hoje: 50 anos de­ pois. São Paulo: Collectio, 1973.
  • PONTUAL, Roberto. Arte brasileira contemporânea: Coleção Gilberto Chateaubriand. Tradução de John Knox; Florence Eleanor Irvin. Apresentação de Pe- reira Carneiro. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 1976.
  • PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Apresentação de Antônio Houaiss. Textos de Mário Barata et al. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.
  • PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasilei­ ra do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Prefácio de Gilberto Chateaubriand e Antônio Houaiss. Apresentação de M. F. do Nascimento Brito. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 1987.

Ligações externas

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