William Alexander Morgan
William Alexander Morgan (19 de abril de 1928 - 11 de março de 1961) foi um americano que combateu o ditador Fulgencio Batista durante a Revolução cubana, fazendo parte do grupo Segunda Frente Nacional de Escambray.[1] Morgan foi um entre cerca de duas dúzias de cidadãos americanos a lutar na revolução ao lado das forças de Fidel Castro e um dos três únicos estrangeiros a ocupar o posto de comandante nas forças rebeldes. Nos anos após a revolução, Morgan ficou desencantado com a virada de Castro para o comunismo e se tornou um dos líderes da Rebelião de Escambray, instigada pela CIA.[2][3]
William Alexander Morgan | |
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William em 1959
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Nascimento | 19 de abril de 1928 Cleveland, Ohio |
Morte | 11 de março de 1961 (32 anos) Havana, Cuba |
Causa da morte | Fuzilamento |
Nacionalidade | norte-americano |
Cônjuge | Olga Morgan |
Em 1961, foi preso pelo governo cubano castrista e, após um julgamento militar, acabou executado por um pelotão de fuzilamento na presença de Fidel e Raúl Castro.
Biografia
editarChegado a cuba em 1958, não luta ao lado de Fidel Castro e sim na segunda frente, ao lado de Santa-Clara. Junta as suas forças com as de Che Guevara para tomar a cidade a 31 de dezembro de 1958. Morgan e suas tropas tomam a cidade de Cienfuegos a 2 de janeiro de 1959.[4]
Conhecido por ser anti-comunista e opondo-se a Che Guevara, ele é contactado pelos membros do antigo regime que preparam uma invasão a partir de São Domingos. Morgan que não acredita que Castro irá implementar um governo comunista, denuncia a tentativa de invasão e a 12 de agosto de 1959 todos os invasores são presos no aeroporto de Trinidad. A 15 de agosto Fidel Castro declara William Morgan como "herói nacional".
Opondo-se à orientação cada vez mais pro-soviética do governo, Margan prepara, juntamente com outros membros do exército, um movimento para remover o regisme castrista, e fornece armamento aos guerrilheiros anti-castristas. Morgan é preso em outubro de 1960 e é enviado para a fortaleza de la Cabaña.
A 11 de março de 1961, ele foi executado, acusado de ser um agente da CIA e de ter participado na explosão do la Coubre. A sua esposa Olga Morgan, uma cubana que conhecera quando guerrilheiro, é presa durante 12 anos.
Referências
- ↑ «An 'Americano' Revolutionary in Castro's Cuba». National Public Radio. 19 de agosto de 2007. Consultado em 19 de agosto de 2007
- ↑ Varona, Arnoldo (16 de maio de 2012). «The American Comandante in the Cuban Revolutionary Forces: William Morgan». The Cuban History. Consultado em 7 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2017
- ↑ Grann, David (28 de maio de 2012). «The Yankee Comandante». The New Yorker. Consultado em 23 de julho de 2014. Cópia arquivada em 25 de julho de 2014
- ↑ Miguel A.Faria, Jr., Cuba in Revolution--Escape from a Lost Paradise, (2002), p.69
Bibliografia
editar- Aran Shetterly, (2007) The Americano: Fighting for Freedom in Castro's Cuba. Algonquin Books (ISBN 1-56512-458-8).
- Alex Abella (2000) The Great American: A Novel. Simon & Schuster (ISBN 0-7432-0548-0).
- Jornal Toledo Blade (2002); The Miami Herald, 2007.
- Miguel A. Faria (2002) Cuba in Revolution-- Escape from a Lost Paradise. p. 69, 107. (ISBN 0-9641077-3-2)